segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O HOTEL NO FIM DA ESTRADA-Stephen King

- Estou atingindo 120 agora! – disse Kelso Black.
- Os tiras estão logo atrás de nós – disse Riviera – acelere até 130. 
Ele se apoiou para fora da janela. Atrás do carro fugitivo estava uma viatura, com a sirene apitando e a luz vermelha piscando.
- Estou indo para a estrada lateral à frente! Grunhiu Black.
Ele girou o volante e o carro entrou na sinuosa estrada espalhando pedregulhos. O policial coçou sua cabeça.
- Onde eles foram?
Seu parceiro carranqueado:
- Eu não sei. Eles simplesmente... sumiram!
- Veja – disse Black – Luzes a frente.
- É um hotel – Riviera disse maravilhado – Nesse fim de mundo, um hotel! Isso serve perfeitamente! Os tiras nunca irão nos procurar lá.
Black, não dando atenção aos pneus do carro, puxou o freio. Riviera pegou uma mala preta no banco de trás do carro. Eles entraram. O hotel parecia uma cena do inicio de 1900. Riviera tocou o sino impacientemente. Um velho apareceu.
- Queremos um quarto! – disse Black
O homem os fitava silenciosamente.
- Um quarto! – Black repetiu.
O homem deu a volta e entrou no seu escritório.
- Ei, velhaco – Tommy Riviera disse – Eu não levo desaforo de ninguém! – ele sacou sua 38 – Agora você nos dá um quarto.
O homem parecia pronto para continuar andando, mas por último disse:
- Quarto cinco, final do corredor.
Ele não deu nenhum registro para eles assinarem, então eles foram pro quarto. O quarto estava estéril, exceto por uma cama de ferro dobrável, um espelho rachado e um papel de parede sujo.
- Ahh, que chiqueiro! – Black disse com desgosto – Aposto que existem baratas suficientes para encher cinco galões.
Na manhã seguinte quando Riviera acordou, ele não conseguia sair da cama. Não podia mover um músculo. Estava paralisado. Então o velho entrou no quarto. Ele tinha uma agulha que colocou no braço de Black.
- Então você está desperto – ele disse – Minha nossa, vocês dois são minhas primeiras peças para o museu em 25 anos. Mas vocês serão bem preservados. Vocês não morreram.Ficaram com o resto da minha coleção do museu vivo. Bons espécimes.
Tommy Riviera simplesmente não conseguia expressar seu horror.


fonte: http://www.flogao.com.br/rachelmoranguinho/blog/354015