segunda-feira, 11 de abril de 2016

O Caso Poltergeist de Enfield: A Verdadeira História de Invocação do Mal 2



Quando Tudo Começou?

Verão de 1977 no município de Enfield, Grande Londres, Reino Unido. Peggy Hodgson põe dois de seus quatro filhos para dormir. Esta quente e tudo parece presagiar outra longa e tranquila noite de sono. Mas algo aconteceu naquela noite, algo que foi o começo de uma longa e terrível temporada de acontecimentos tidos como paranormais que, ainda hoje, seguem sem explicação.


Casa onde tudo aconteceu em Enfield


A senhora Hodgson era uma divorciada de 40 anos que vivia com seus filhos em uma bonita casa anexa em um popular bairro operário de Enfield. Seus quatro filhos se chamavam: Margareth, de 13 anos; Janet, de 11; Jhonny, de 10, e Billy; de 7 anos. Naquela madrugada de 30 de agosto de 1977, os gritos de seus filhos Jhonny e Janet acordaram Peggy e esta alarmada, subiu até o quarto. Tudo estava calmo, mas seus filhos, entre soluços, contaram a sua mamãe que a cama de Janet havia começado a se mover por si só e Peggy, achando que se tratava apenas de um pesadelo, acalmou os garotos e ficou com eles até que voltassem a dormir.

Na noite seguinte, as crianças voltaram a gritar e nessa ocasião, relatam a sua mãe como depois de fortes ruídos, uma cadeira que estava em um canto do quarto começou a se mover sozinha. Peggy segue sem ver nada estranho na habitação e para tranquilizar às crianças, trata de levar a cadeira ao seu quarto, mas quando apaga a luz e está prestes a sair do dormitório das crianças, ela mesma escuta fortes ruídos procedentes do piso.

Ela acende novamente a luz e observa que tudo está em ordem; as crianças estão na cama e todos os móveis em seus lugares. Volta a apagar a luz e os ruídos seguidos de fortes pancadas começam de novo a soar...Ao acender de novo a luz, contempla assombrada como uma enorme cômoda que estava encostado contra uma parede lateral, se moveu dois palmos...Peggy, começa a suspeitar que o ocorrido não é uma coisa da imaginação das crianças. Ela volta a pôr a cômoda em seu lugar e apenas ao dar às costas, o móvel volta a se arrastar por si só até a posição anterior. Desta vez com a luz acesa e ante seus olhos.



Peggy Hodson e tres de seus filhos sentados no sofa. As duas meninas foram os epicentro dos acontecimentos, com destaque para Janet de apenas 11 anos


Janet de 11 anos (ao centro) e Margareth de 13 eram o centro das manifestações.


Buscando Ajuda com os Vizinhos

O medo se apodera imediatamente da senhora Hodgson que sem pensar duas vezes, tira os filhos da habitação e sai em busca de auxílio nas proximidades. Um grupo de vizinhos revistam a casa e o jardim em busca de algum possível intruso que estivesse causando os ruídos que Peggy lhes relatou completamente horrorizada, mas não encontram ninguém. Em vez disso, quando estão tranquilizando Peggy, todos escutam as pancadas que ocorrem em curtos intervalos e que provêm do interior da casa. Ato seguido, chamam à polícia que, em uma ata de serviço surpreendente, um policial deu testemunho em declaração escrita, de como uma cadeira se movia inexplicavelmente pela casa e como escutavam batidas de procedência desconhecida.

Durante os seguintes dias, os acontecimentos continuaram. Móveis que se mexiam sozinhos, brinquedos que volitavam pela habitação das crianças...



O estado dos móveis depois dos acontecimentos


A Imprensa Descobre o Caso e Ajuda

Os acontecimentos chegam à imprensa e o diário Daily Mirror envia uma equipe de experimentados repórteres para investigar o caso. Ali, a equipe do jornal pôde contemplar os acontecimentos inexplicáveis. Uma peça de lego saiu disparada e atingiu a testa do fotógrafo do Daily Mirror, Graham Morris quando este tentava tomar uma foto. A BBC foi até à casa, mas a equipe constatou que os componentes de metal de seus equipamentos de gravação, haviam sido entortados e as gravações apagadas. O repórter George Fallows, vendo que a coisa não era uma brincadeira, pôs a Peggy em contato com Maurice Grosse, membro da Society for Psychical Research.




Maurice Grosse foi o principal investigador da hnistória


Depois de uma semana sofrendo todo tipo de efeitos poltergeist inexplicáveis, em 5 de setembro chega à casa Grosse e os acontecimentos pausam durante os seguintes três dias até que, ao cair da noite do dia 8, retomam os som de pancadas procedentes da habitação de Janet. O pesquisador junto aos jornalistas subiram as escadas e ao abrir a porta do quarto, encontraram a Janet dormindo em sua cama e ao seu lado, uma cadeira levitando no ar a mais de meio metro de altura.

Imediatamente a cadeira baixou até seu lugar e não voltou a se mover até uma hora mais tarde, quando voltou a repetir o mesmo efeito. Desta vez o fotógrafo Morris capturou o acontecimento com sua câmera. Nesse mesmo momento, Grosse e seus acompanhantes puderam ver como as portas dos armários se abriram por si mesmas e como um brinquedo cruzou o quarto de um lado a outro suspenso no ar. Grosse também notou uma brisa fria percorrendo todo o seu corpo.

Dois dias mais tarde, o caso Enfield era capa do jornal Daily e todos os meios fizeram eco da notícia. Inclusive naquele mesmo dia, Grosse e a senhora Hodgson participaram em um programa de televisão.

Grosse chegou a se comunicar em várias sessões com as supostas entidades inteligentes que estavam atormentando à família. As perguntas de Grosse eram respondidas com toques onde uma pancada queria dizer "sim" e duas para dizer "não". Grosse perguntou à entidade que afirmava ter morrido na casa, por quantos anos teria morado ali, ao que soaram 53 batidas.

O parapsicólogo Guy Lyon Playfair se uniu à investigação de Maurice Grosse e os dois passaram os dois anos seguintes estudando o caso.

Janet Hodgson disse que ela e sua irmã Margaret estavam jogado com um tabuleiro Ouija pouco antes do início da atividade sobrenatural.



Capa do Daily Mirror de 10 de setembro de 1977 cobrindo o caso Enfield


Alguns dos Acontecimento na Casa

Mesmo com vários investigadores, polícia e vizinhos diretamente envolvidos, os acontecimentos continuaram e inclusive chegaram a se converter em algo bastante perigoso para a família.

- Os objetos que se moviam ou desapareciam mudando de lugar
- interferências elétricas avariavam os sistemas de gravação dos repórteres
- poças d'água que apareciam sem motivo algum
- móveis que eram lançados escadas abaixo ou gavetas que saíam disparadas de seus lugares. Qualquer objeto da casa era suscetível de sair voando a qualquer momento, com o perigo de chocar contra alguém na sua rota...
- De vez em quando, focos de incêndio surgiam do nada e do mesmo modo, se extinguiam sem deixar marca alguma de queimaduras



A Cadeira jogada






Sequência de fotografias tomadas com uma câmera no quarto de Janet, onde se vê como o travesseiro "pula" da cama e faz com que a pequena desperte assustada.


Janet: O Principal Foco

Janet era o principal alvo das manifestações. Quando entrava nesses transes, era preciso que segurassem forte a Janet porque ela adquiria uma força descomunal para uma criança de apenas 11 anos. Às vezes saía correndo e chocava a cabeça contra a parede enquanto praguejava e amaldiçoava com sua verborreia sórdida. Uma vez inclusive derrubou de um só golpe a um assistente social que era ex -policial e muito corpulento, ao tentar tranquilizá-la junto a sua cama.



Janet durante um de seus transes


Grosse contendo a Janet durante um de seus transes


Maurice segurando Janet em um transe


Alguns dos eventos mais marcantes ocorridos com ela:

- Estrangulamento pela Cortina: Em uma ocasião, Janet afirmou que a cortina próxima a sua cama se retorceu várias vezes em espiral para depois se enrolar em seu pescoço tentando estrangulá-la. Segundo contou Janet, tudo isso depois de sentir uma força invisível puxá-la da cama e jogá-la contra às cortinas e ante a presença de sua mãe.



Sequência que mostraria o movimento das cortinas


- Dormindo no Móvel: Certa noite em que se encontrava em mau estado, um médico lhe administrou 10 miligramas de Valium (Diazepam), que em condições normais é algo excessivo para qualquer criança. Ao lhe injetar o tranquilizante, puderam ver como saía dela uma luz suave. Deitaram-na em sua cama e todos ficaram no salão do andar térreo. Quarenta minutos depois, escutaram o som de uma forte explosão que procedia da habitação da criança. Quando abriram à porta, viram que Janet não estava na cama, ela havia sido lançada sobre uma cômoda que se encontrava a três metros de distância e permanecia sobre ela, completamente desacordada. O mesmo voltou a se repetir 3 vezes mais naquela noite.



Janet dormindo sobre a cômoda


- A Levitação: Quando a imprensa descobriu o caso, o Daily Mirror enviou o repórter Graham Morris para o local para testemunhar os acontecimento. E ele fez uma das fotos mais famosas: a levitação de Janet. Graham estava no quarto das meninas junto a mãe das mesmas quando Janet foi atirada de sua cama pela "entidade". Nesse momento ele fez a imagem e foi essa imagem e seus relatos que convenceram a Sociedade de Pesquisas Psíquicas a enviar Maurice Grosse para investigar o caso.




Mas nada era mais impressionante que a mudança de sua voz...

As Mudanças de Voz de Janet




Outro dos fenômenos que costumava ocorrer era a mudança na voz da pequena Janet, que contava com 11 anos na época dos acontecimentos. De sua garganta saíam às vezes, uma voz áspera e masculina que dizia pertencer a várias entidades e que costumava falar em linguagem Inapropriada e obscena. Quando isso acontecia, a pequena Janet entrava em uma espécie de transe. Uma das vozes afirmava pertencer a um homem que havia morrido naquela casa.

Assombrosamente, a voz voz rouca masculina entregou uma mensagem de além-túmulo, descrevendo em detalhes o momento de sua morte. "Apenas antes de eu morrer, eu fiquei cego, e então eu tive uma hemorragia e eu adormeci e eu morri na cadeira no canto sob às escadas", disse a tal voz.
A voz misteriosa - que ainda pode ser ouvida em áudio hoje em dia - é supostamente a de Bill Wilkins, vários anos após a sua morte.

Psiquiatras e doutores locais estudaram Janet, que parecia ser o epicentro dos fenômenos e inclusive, chegaram a realizar estudos laringográficos para descartar que as vozes que saíam de sua garganta não tinham sido fabricadas conscientemente por ela mesma.

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Como tudo Terminou?

Janet passou seis semanas no Maudsley Hospital no Sul de Londres onde realizou provas precisas para detectar qualquer anomalia tanto física como mental, mas não foi encontrado nada. Durante esse tempo a atividade poltergeist da casa cessou completamente.

Janet Hodgson acredita que foi a visita de um padre 1978 a casa acalmou as coisas, embora as ocorrências não tenham terminado completamente.

Em 1980, Guy Lyon Playfair publicou o livro This House is Haunted: The True Story of the Enfield Poltergeist, contando toda a história.

A senhora Peggy continuou morando na casa até a sua morte e disse que ainda ouvia barulhos na casa de vez em quando. Seu filho Billy, que viveu com sua mãe até seu falecimento, sempre sentia como se estivesse sendo vigiado.

Atualmente, Clare Bennett vive na mesma casa com seus 4 filhos e diz ter a sensação de sempre estar sendo observada...

Agora com 45 anos, Janet vive em Essex com o marido, um leiteiro aposentado.



Livro escrito por Guy Lyon Playfair conta toda a história em Enfield




O que Dizem os Céticos

Dois especialistas da Sociedade de Pesquisas Psíquicas (SPR) pegaram as crianças dobrando colheres. Eles também acharam estranho porque ninguém era permitido no quarto quando Janet estava falando em sua voz de possuído, que era supostamente a de Bill Wilkins (entre outros).

O mágico americano Milbourne Christopher investigou o caso, não conseguindo observar qualquer evento que poderia ser chamado de paranormal e ficou perplexo ao sentir que eram atividades suspeitas por parte de Janet. Christopher mais tarde concluiria que "o poltergeist era nada mais do que as travessuras de uma menina que queria causar problemas, e que era muito, muito, inteligente."

O cético Joe Nickell criticou os investigadores paranormais por serem excessivamente crédulos: Ao ouvir uma voz demoníaca supostamente desencarnada, Guy Lyon Playfair observou que, "como sempre os lábios de Janet dificilmente pareciam estar se movendo." Nickell por conseguinte, escreveu que uma avaria no gravador de Grosse fora atribuída à atividade sobrenatural e também o psicólogo e presidente da sociedade para pesquisa psíquica, David Fontana, descreveu como uma ocorrência "que aparentemente desafia às leis da mecânica" era meramente uma peculiar interferência comum nos gravadores mais antigos de modelo tape deck de rolo.

Nickell notou que o suposto poltergeist "tendia a agir apenas quando não estava sendo vigiado" e concluiu que os incidentes seriam melhor explicados como brincadeiras infantis. De acordo com Nickell:

"Certa vez e novamente, em mais um surto 'poltergeist', testemunhas relataram um objeto saltando do lugar de onde repousava, supostamente por conta própria, quando é provável que o perpetrador teria obtido secretamente o objeto em algum momento mais cedo e esperado por uma oportunidade para arremessá-lo, mesmo quando do lado de fora do quarto, assim, supostamente provando que ele ou ela era inocente."


Nickell afirma que uma câmera fotográfica de controle remoto (o fotógrafo não estava presente na sala com as meninas) programada para tomar uma foto a cada 15 segundos, que supostamente "registrou atividade poltergeist em movimento pela primeira vez", foi apresentada pelo investigador Melvin Harris apenas para revelar as travessuras da menina.

Uma foto supostamente representando Janet levitando, na verdade, mostra ela saltando em cima da cama, como se fosse um trampolim. Harris chamou as fotos de exemplos comuns de "ginástica", e disse:"É bom lembrar que Janet era uma campeã de esportes na escola!" Nickell também escreveu que o demonologista Ed Warren (O mesmo da boneca Anabelle) era "notório por exagerar e até mesmo distorcer tais casos, frequentemente transformando um fenômeno 'assombrado' em um incidente de possessão 'demoníaca'."



Fotos reordenadas em outra sequência.
A Confissão das Irmãs

Segundo a Wikipédia, em uma entrevista ao Daily Mail, a adulta Janet admitiu que ela e sua irmã haviam falsificado "2 por cento" dos fenômenos, o que levou Nickell a comentar que "as evidências sugerem que esse número já chega aos 100 por cento."

Em 1980, ela disse a ITV News: "Ah, sim, uma ou duas vezes (que falsificaram os fenômenos), só para ver se o Sr. Grosse e o Sr. Playfair iriam nos pegar. Eles sempre pegaram."

Durante uma entrevista de Margaret e Janet Hodgson que foi ao ar como parte de um especial de TV em 1980, Janet é perguntada como se sente ao ser assombrada por um poltergeist. "Não é assombrado" Janet responde sorrindo. Sua irmã sorri com espanto, como se Janet apenas deu-se um segredo, e sussurra: "Cale a boca!" através de risos abafados. Janet disse mais tarde que ela não se sentia que o poltergeist estava mal, o que significa que a casa não era necessariamente "mal-assombrada."



Janet em uma rara entrevista no ano de 2012 ao canal ITV1



Margareth e Peggy em entrevista a Maurice Grosse
Explicação Alternativa: Fenômeno Poltergeist

Garotas passam por mudanças hormonais extremas durante a adolescência e por isso gastam muita energia emocional. Toda essa turbulência física e emocional parece facilitar um outro fenômeno psíquico: a telecinese (capacidade de controlar diretamente o ambiente com o pensamento), que pode ser uma capacidade humana reprimida. Sendo assim, essas adolescentes estariam lançando, inconscientemente, rajadas de energia telecinética no ambiente, liberando suas frustrações, medos e anseios contidos. Elas mesmas podem nem perceber que estão causando isso tudo, e passado o período dessas mudanças hormonais, tudo voltaria ao normal. Outra possibilidade seria que uma certa entidade "usasse" dessa energia em excesso da garota para gerar tais fenômenos, e quando essa energia acabava (passava o pico hormonal), a entidade ficaria igualmente sem força e a atividade cessaria.



Janet e Margareth admitiram que falsificaram 2% dos fenômenos...




O Filme Invocação do Mal 2

Com um caso desses é claro que a industria cinematográfica não ia deixar passar em branco. Na Inglaterra, local do acontecido, muitos programas de TV e séries foram exibidos ao longo dos anos seguintes e até recentemente. Em 2015 a série The Enfield Haunting com 3 episódios foi exibida naquele pais.

Resumindo, o caso era bem conhecido na Inglaterra e por alguns investigados ao redor do mundo. Só que tudo isso mudaria quando fio anunciado que o filme Invocação do Mal 2 seria baseado no caso do fantasma de Enfield.

Sinopse: Sete anos após os eventos de Invocação do Mal (2013), Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson) desembarcam na Inglaterra para ajudar uma família atormentada por uma manifestação poltergeist na filha. A trama é baseada no caso Enfield Poltergeist, registrado no final da década de 1970. Além disso é divulgado que a história vem dos "verdadeiros arquivos de casos de Ed e Lorraine Warren".

Só que a verdadeira Janet não gostou nada quando soube do filme. Ela disse em entrevista que seu pai havia acabado de morrer e o filme iria trazer a tona todo o caso novamente...

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Tem Algo Errado Nessa História

Há apenas um problema: Guy Lyon Playfair, membro da Sociedade de Pesquisas Psíquicas e um dos principais investigadores do caso Enfield Poltergeist, diz que os controversos pesquisadores paranormais Ed e Lorraine Warren não estavam envolvidos no caso! Ele diz que eles chegaram "sem serem convidados", hospedaram-se por apenas um dia, e alega que eles fabricaram suas próprias evidências paranormais simplesmente para "fazer dinheiro com isso."!

Ele disse tudo isso em uma entrevista para a Darkness Radio apresentadca por Dave Schradera, que foi ao ar na noite do dia 31/12/2015. Você podia ouvir até um tempo atrás a entrevista neste link, mas então ela foi retirada do ar. Abaixo estão transcritos as partes mais relevantes:

- Dave Schrader: Mr. Playfair, tenho certeza que você está familiarizado com Ed e Lorraine Warren e sua pesquisa e trabalho. Será que eles já trabalharam junto com a Sociedade de Pesquisas Psíquicas?

-Guy Lyon Playfair: Não. Encontrei Ed Warren uma ou duas vezes, e Lorraine ... e eu tenho a impressão de que Ed Warren era, bem .. (risos) preencha seu próprio palavrão. Eu não fiquei impressionado. Lorraine ainda está viva, então eu vou me abster de comentar sobre ela, mas ela era muito ... muito agradável quando eu a conheci.

Tudo o que posso lembrar é Ed Warren me dizendo que ele poderia fazer um monte de dinheiro para mim. Então eu pensei, "bem isso é tudo que eu preciso saber de você" e eu sai do seu caminho o mais rápido que pude. Eu disse que não fiquei impressionado. Ele não passou... Eu acredito que ele foi lá somente uma vez. E eu li em algum lugar uma transcrição de uma longa entrevista que ele é acusado de arquitetar com uma das meninas - que não consigo lembrar qual - e foi descrito todos os tipos de maravilhosas que eu não acho que nunca aconteceu. Eu acho que ele foi um completo ... um ... bem ... (risos) ... preenche qualquer palavra ...

- Dave: (risos) Eu entendo. Então você não sente que - e, especialmente, nas interações que você teve com ele - você não sente que talvez eles tinham as melhores intenções quando vieram investigar o caso?

- Guy: Não, eles só queriam fazer dinheiro com isso.

- Dave: Okay. Será que - você você já ouviu, ou em sua pesquisa, se deparou com qualquer prova de que Ed ou Lorraine Warren tinha nada a ver com consultoria ou ser uma parte desta investigação?

- Guy: Certamente que não. Ninguém nunca mencionou. Quer dizer, eu não acho que ninguém na família que nunca tinha ouvido falar deles até que eles apareceram. Sem serem convidados. E uh ..

- Dave: Ah, então acabou de sair ...

- Guy: ... ele disse quem ele era, e ele não voltou novamente.

- Dave: Então ele apareceu no local sem ser convidado, e só apareceu para tentar inserir-se na história, é o que você quer dizer?

- Guy: Isso é o que eu me lembro, sim.

- Dave: Ok, fascinante.

- Guy: Foi bastante breve. Ele era apenas um .. tivemos tantas pessoas indo e vindo. Quer dizer, eu lembro do um dia que ele chegou. Acho Lorraine estava lá também - Eu também os conheceu no Brasil. Eles parecem que apareciam em todo o lugar. Esimplesmente não foi grande coisa. Quer dizer, eu tive uma breve conversa com Ed em Enfield, e como eu disse, ele estava me dizendo quanto dinheiro ele iria me ajudar a fazer, e eu educadamente recusei sua ajuda, e disse que não era assim que trabalhavam na SPR, e que foi a última vez que o vi.

As alegações não devem causar qualquer surpresa para aqueles que tenho tido mesmo um breve olhar sobre o caso Poltergeist Enfield, pois não há registro real do envolvimento de Ed e Lorraine, exceto por conta própria.

Greg Newkirk, do site Week in Weird, resolveu pesquisar por que um estúdio escolheu o caso Enfield para a sequencia de Invocação do Mal, uma fez que Ed e Lorraine trabalharam em casos como Amityville, escreveram 6 livros, e participaram de outros sete. Por que resolveram dramatizar uma história em que eles foram meros coadjuvantes? Ele acredita que provavelmente o estúdio não possui os direitos de seus casos reais.

Na esteira do sucesso de bilheteria do filme original, a Warner Bros. esteve sujeita a uma ação judicial que visava impedi-los de fazer quaisquer sequencias. A ação veio do produtor Tony DeRosa-Grund da Evergreen Media Group, que detinha os direitos para os "arquivos de casos reais de Ed e Lorraine Warren" antes de licenciá-los Warner Bros. Evergreen mídia afirma que a 'New Line estava apenas com os direitos concedidos a "um número muito limitado de casos - ou seja, menos de um por cento (1%) do número total de arquivos - e de histórias da vida dos Warrens, em troca de um preço de compra para cada produção teatral ou a utilização de casos selecionados, bem como utilizar o Sr. DeRosa-Grund como produtor.

De acordo com a Evergreen Media, os Warrens possuem por volta de 8.000 casos, dos quais 25 foram licenciadas como possíveis filmes. Evergreen também afirma que, a fim de contornar o seu acordo de licenciamento, Warner Bros. não tinha os direitos sobre livro "The Demonologist" de 1980, escrito por Gerald Brittle sobre os Warrens, que incluiu breves menções de seus casos, como o caso Annabelle, ganhou um filme, e outro em que Ed e Lorraine afirmam que eles estavam presentes na investigação do fantasma de Enfield. Algo sorrateiro, se for verdade.



Guy Lyon Playfair se juntou a Maurice tempos depois. Ele disse em entrevista a uma rádio que os Warren foram ao local sem serem convidados e que Ed disse que eles poderiam ganhar um bom dinheiro...

Conclusão

Estamos diante de um dos casos mais importante e bem documentados de todos os tempos, o Poltergeist de Enfield. A imprensa britânica, vizinhos, policiais e pesquisadores testemunharam que presenciaram coisas extraordinárias e sem explicação, como objetos flutuando.
confiss
E não vamos nos esquecer que Maurice Grosse, o principal investigador, era membro da Society for Psychical Research (SPS ou Sociedade para a investigação Psíquica) da Inglaterra que em conjunto com a American Society for Psychical Research (ASPS ou Sociedade para a investigação Psíquica Americana) dos Estados Unidos, são as mais renomadas sociedades de estudos paranormais do mundo.

Todos poderiam ter sido enganados? Sim! Para mim, algumas coisas, como admitido pelas próprias adolescentes Janet e Margareth, foram manipuladas. Isso porque o fenômeno não ocorre quando elas desejavam, assim, na ânsia de brindar as pessoas com eles, ou mesmo na mais pura traquinagem de criança dessa idade, fraudavam as coisas.

E mais, esse caso classicamente se encaixa no tipo de fantasma Poltergeist, que é desencadeado por uma menina entrando na adolescência, e temos duas aqui.

Portanto, para mim, sim, aconteceu fenômenos sobrenaturais naquela casa, não todos, mas a maioria foi real.

E para finalizar, fiquei muito chocado ao pesquisar e descobrir que os Warren nada tem haver com o caso, que foi todo investigado pela SPR, e que Ed Warren tentou se juntar a investigação para ganhar dinheiro....


Investigação/Tradução/Adaptação: rusmea.com & Mateus Fornzari

Fontes (acessadas em 09/04/2016):

- Wikipedia.en: Enfield Poltergeist
- BBC: THE GHOSTS IN THE LIVING ROOM
- DailyMail: What IS the truth about the Enfield Poltergeist? Amazing story of 11-year-old London girl who 'levitated' above her bed
- WSPR: Who In The World? - Graham Morris
- Paranormal United: The Enfield Poltergeist – August 1977
- PRSNE: THE ENFIELD CASE
- Wikipedia.pt: Guy Lyon Playfair
- The Telegraph: What did the Enfield Haunting have to do with Ed and Lorraine Warren?
- Week in Weird: Conjuring the Truth: Enfield Poltergeist Investigator Says Ed and Lorraine Warren Never Investigated Case
- History vs Hollywood: THE CONJURING 2 (2016)
- AssombradO.com.br: Tipos de Fantasmas - Poltergeist

Fonte da matéria:Assombrado.com

quinta-feira, 7 de abril de 2016

NUNCA DUVIDE DE UMA LENDA...



Olá amigos podem me chamar de huecat! Sou novo na wiki e decidi contar uma história que aconteceu comigo a um tempinho ai, bom faz mais ou menos um mês que decidi me aprofundar em tudo relacionado a creepypasta, pois antes só conhecia o slenderman e o herobrine e fiquei sabendo que haviam outras lendas por ai a fora que me interessariam, e então pesquisei a fundo, jeff the killer, the rake, seed eater, zalgo, smile.jpg, eyeless jack...... e uma infinidade de outras lendas.

Porém a que mais me chamou a atenção, e que hoje até se tornou minha favorita foi o smile.jpg ou smile dog (chame como quiser rs...), pois fico pensando como uma foto tem tanta influência em uma pessoa? É bem curioso o caso, confesso que conheci senti medo na primeira vez mas fui me acostumando, e por incrivel que pareça a foto bombou na minha escola após eu ter mostrado a um amigo (e bomba até hj).

Era muito fã da lenda a ponto de criar expectativa de o nome do meu próximo cão ser smile! então seguia com ela na cabeça sempre olhando a foto para presenciar aquele sorriso fantastico (ou ñ).

Mas vamos direto ao assunto, certo dia a minha mãe iria se mudar para uma casa próxima a do meu pai, e isso seria ótimo pois ficaria com os dois sem problema ou preocupação de distancia, na correria a minha mãe esqueceu a bomba na antiga casa, eu estava na casa do meu pai nos dias da mudança, bomba que estava na futura casa era emprestada e se fosse roubada seria prejuízo pro nosso lado.

Enquanto eu e meu pai estavamos esperando minha mãe na esquina e estava passando um grupo de bezerros no meio da rua ('-'), eles estavam vindo do final da rua a rua estava muito escura e quase não dava pra ver nada então no meio dos bezerros vi uma figura estranha, uma pouco menor que eles mas com a coloração avermelhada e manchas pretas identico ao smile dog era mais ou menos como essa foto mostra:


Neste exato momento tinha certeza que era ele sem sombra de duvida, ele andou um pouco e depois sumiu, mas ignorei um pouco assustado, mas ignorei.

Bom foi isso, foi uma pena eu não ter tirado foto ;-;

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Webdriver Torso



Todos os dias, um canal do YouTube publica milhares de vídeos. Todos eles trazem algo em comum: não passam de 11 segundos, mostram dois retângulos (um vermelho e outro azul) que mudam de posição em slides. Desde sua criação, o canal já publicou mais de 70 mil vídeos e ninguém sabe exatamente qual é a finalidade deles.

O canal, chamado Webdriver Torso, se tornou um verdadeiro mistério da internet, já que os vídeos não fazem qualquer sentido. Inicialmente, acreditava-se que eles eram algum tipo de teste, mas a quantidade de envios parece algo sem lógica alguma.

O site The Daily Dot iniciou uma busca pela verdade, conseguindo informações de que, possivelmente, o canal fosse relacionado ao próprio Google ou de funcionários da empresa. A companhia não respondeu aos questionamentos até o momento. Porém, se você procura “webdriver torso” no YouTube, verá que o layout do site é alterado para se enquadrar aos vídeos, provando que a empresa pelo menos tem conhecimento do canal.
Tentando desvendar um mistério,um blogueiro italiano publicou uma teoria de que o canal Webdriver Torso era de propriedade de alguém ligado ao escritório do Google em Zurique. Após a publicação do post com a teoria, diversos vídeos linkados foram alterados para visualização privada.

Utilizando a ferramenta Channel Graphs, foi possível descobrir que o Webdriver Torso faz parte de uma rede maior de uploaders chamado ytuploadtestpartner_torso. Existe um canal com esse nome, com vídeos protegidos, mas um deles está liberado ao público.


A conta do Google+ ligada a esse canal traz informações de um perfil no Twitter e outro no Facebook, em que apenas um contato é compartilhado: Johanens Leitner. Leitner, supostamente, é um funcionário do Google.

Leitner teria como contato em seu perfil do LinkedInoutro funcionário da empresa, Matei Gruber, que vive em Zurique. O único comentário feito pela conta Webdriver Torso foi “Matei is highly intelligent (Matei é muito inteligente)”.

Este comentário foi feito em um dos dois únicos vídeos do canal em que outros elementos são mostrados, no caso, em um que mostra a Torre Eiffel. O outro vídeo que não contém retângulos azuis e vermelhos é um trecho da animação americana “Aqua Teen Hunger Force”.

Fonte:Tecmundo

(informações adicionais,por mim(filmados por mim))

Acessando  pelo  youtube isto acontece:



Videos do canal deles,pequenos pedaços filmados:




Então,o que acham?
Qual o significado desses vídeos desse canal??
                                                  Deem suas opiniões nos comentários.

terça-feira, 5 de abril de 2016

O Episódio Perdido de Steven Universo

Steven universe creepypasta welcome to my world by pigpigtimothy-d7ohlk0.jpg

Eu estava navegando na internet após um dia longo no trabalho, no Cartoon já não estava mais passando steven universo, que era o desenho que eu mais gostava, bem, aos 30 anos eu gosto de assistir steven universo, meu filho ainda não acredita. então estava num site de desenhos animados, no canto da tela, tinha um botão, escrito "Assista o Episódio de Steven ****" logo pensei que era o desenho animado do cartoon, então cliquei no botão... a tela então ficou feia, o fundo ficou preto, o título do site ficou feito em arial black, não era o animado site de desenhos que eu conhecia, a página carrega completamente, então aparece uma foto da intro do steven universo, eu cliquei pensando que iria ver um episódio bom e bonito, não era bem assim.

Ao clicar no botão de play aparece uma espécie de estática, logo aparece uma jumpscare de Steven, ele não estava bonitinho com o steven real, ele estava triste, com uma aparência assustadora, sangue escorria nos seus olhos, com um texto logo ao lado, "Você é o único que pode me salvar". esse jumpscare durou exatamente 3 segundos, logo um frio em minha espinha, pois no fundo, algo começava a se mexer, uma música de piano depressiva começava a tocar, então no fundo, forma uma especie de homem negro, ele tinha olhos brancos, então ele fica me encarando por 5 segundos, meu coração começa a bater rápido, eu sentia que aquela coisa no fundo iria fazer algo de ruim comigo, uma tela de tv fora do ar aparece, e logo a intro de steven universo.

Algo estava errado, steven não estava lá, apenas Garnet, Ametista, a música estava em reverso, a intro termina.

O Episódio começa, ametista está lutando com Lapis Lazuli, enquanto Garnet a ajuda, até agora, nenhum sinal da perola, ela deveria estar lutando e ajudando as 2 gems, então a tela corta para Perola,

"Steven, você vai gostar muito daqui."

-"Sério Perola, que legal!"

Então aparece uma criatura, ela tinha chifres é olhos vermelhos, "Steven, fique atrás da Pedra! eu derroto esse chifrudo!" -"Não pérola! eu cansei de ser tratado como um inútil das gems, eu vou ajuda-la, então o possível demônio ataca steven com uma bola de fogo, steven e acertado na barriga, fazendo com que a chave de um portal se quebre, é o portal se fecha, aquela era a única saída dos 2 sairem dali, então, perola fica furiosa, "GRRR! STEEEEEEVEN!" Perola ataca o demonio com uma lança, o demonio grita de sofrimento, perola cada vez perfura mais forte o demonio, então ele se apaga e vira areia, Perola olha para steven com um olhar furioso é assustador, sua roupa estava melada de sangue, então ela começa a correr atrás de steven, steven corre desesperadamente para salvar sua vida, -"Perola, se controle!" então steven descide se defender, ela cria um escudo e empurra perola, ela cai de um Precipício, ela fica de barriga para baixo, ela está vendo pelo seus olhos sua morte, um monte de pedras conjutas em formato de cones, ela cai, um Grito muito alto sai do computador, um sangue escorria dos olhos e do corpo de perola, ela estava morta. -"Perola, me desculpe." Steven se ajoelha no chão, pela sua aparência, ele estava depressivo, Lapis Lazuli finalmente recua.

--"Ametista, cadê a Perola?"

---"Ela deveria estar com o steven nos ajudando, vamos ver no topo da colina."

As duas entram na casa, encontram um portal semi-aberto,

--"Eu não acredito"

---"Ohh, ela foi..."

--"TEMOS QUE SALVA-LOS!"

As duas pegam uma chave e jogam dentro do portal semi-aberto, ele fica mais largo, o suficiente para as duas entrarem, Elas chegam no estranho lugar, Garnet começa a soar, então uma cena assustadora, alguns demônios estavam devorando steven, um grito de pavor soava no desenho, então, steven finalmente morre, garnet e ametista matam os demônios que estavam cercando steven,

--"Steven, acorde!"

Então ametista acha uma carta de socorro que estava no bolso de steven, nela... estava escrito, "Você é o único que pode me salvar" eu rapidamente puxei meu computador da tomada, aquilo era aterrorizante, tão pertubador, que eu nunca mais vou ver steven universo.

Steven Universe-A Cristal Gem Assassina


Steven universo cartoon network-1-

Em um episodio em que Steven fica com raiva por não conseguir ver o final de seu jogo por culpa das Cristal Gems, ele fica com raiva e mostra o desejo de ficar só, o que faz abrir uma porta para um quarto sem querer.

O quarto em questão é de sua mãe (Rose Quartz) que já está morta, um episódio bastante amedrontador. Ate que o quando o chão começa a se desfazer com um som meio estranho ele deseja voltar ,como não citei acima o que ele pedia aparecia. Steven pede para voltar para as Cristal Gems e volta, e assim se é dado um termino ao episodio.

Mas na verdade quando eu vi o episodio eu tinha visto este sim primeiramente. Mas a noite antes de dormir estava passando esse episodio, mas diferente, o episódio estava na parte em que ele acabava de falar com seu pai e percebia algo estranho nele, depois quando ele corre ate "Sua Praia" ele vê a garota em que ele gosta (Connie), e ele começa a correr e o chão não vai se desfazendo como no episodio original, a partir dai eu já havia achado estranh. Pensei que tinha visto uma parte a menos do episodio mais ai chegou em uma parte realmente estranha,o Steven começa a andar e vê Sangue no Chão, quando vi aquilo eu fiquei perplexo e pensei, eles podem por isso em um desenho infantil? e o por que do episodio não ser igual ao anterior? Steven começa a tremer e a seguir a trilha de Sangue que estava no chão, até que descendo o montinho ele escorrega no sangue e cai quicando. A bermuda dele e suas pernas estavam sujas de sangue e seus dedos também, Steven havia começado a chorar no chão de medo, e gritar os nomes das Cristal Gems, Até que Frybo (boneco bizarro do desenho), que é uma fantasia de um comércio local que lembra batata que tem aquele sorriso amedontrador aparece com aquele sorriso encarando o Steven, ele estava com um garfo com sangue na mão, Steven começa a gritar socorro chorando quando entra em uma casa que estava no meio do nada, ele fecha a porta e põe uma cadeira para bloquear, e senta no chão com os braços cruzados nas pernas, chorando e falando os nomes das Cristal Gems, até que ele vê a mão de Ametista nos seus ombros, e grita "Ametista!", e quando olha para seu rosto, ele estava todo queimado com batata, óleo e sangue encobertando todo seu rosto, o Steven grita "Socorro!!!" e começa a correr pela casa chorando, quando eu começo a ouvir a música do final do desenho meio distorcida com os sons do piano mais altos, enquanto eu ouvia este som pertubador, já estava com medo do que estava para aconteçer, com esse som horrivel, e o Steven Correndo acaba abrindo a porta para uma sala onde estava uma panela grande, o Steven vê as outras duas Cristal Gems sem cabeças repletas de sangue e com pregos nas mãos as deixando presas nas paredes, nessa hora o som se distorce mais e mais e o som do piano começa a aumentar, eu estava perplexo e morrendo de medo do que estava vendo com meus olhos, de repente o Steven coloca as mãos na cabeça e começa a gritar alto "HAAAA!!!", até que o Cebola abre uma porta do lado da panela e começa a andar em direção ao Steven, o Steven sem nem conseguir falar tenta falar "Cebola", mas só saia de sua boca "Cee Cee Cebo...", os olhos do Steven estavam com uma expressão horrível, Igual aquelas de alguns animes quando alguém morre ou faz algo horrível e a pessoa fica com tal expressão no rosto.

O Cebola vai andando até o Steven com sua expressão séria, ele pega um garfo e o enfia no pescoço de Steven ,o sangue começa a pingar no chão, e da boca de Cebola sai um sorriso amedrontador. Até que Frybo chega e pega o Steven e olha com aquele sorriso satânico para o Steven e o coloca em seu ombro, a música começa a ficar mais baixa,e aparece tipo que a visão de Steven e ele vendo tudo começando a ficar branco lentamente, e ele da uma olhada para cima e vê a cabeça de sua mãe Rose, e antes dele apagar ele ve o sorriso amedrontador daquele boneco ou fantasia de batata, depois o Steven é jogado na panela e o Cebola começa a cortar a barriga de Steven e acaba o episódio mostrando a panela ficando vermelha com o sangue de Steven.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Acho que meu marido fez alguma coisa com um dos gêmeos - FINAL PARTE I




PARTE II


PARTE III


PARTE IV


PARTE V


PARTE VI

O final é divido em duas partes, aqui está a primeira...


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Eu tive que tomar um remédio para dormir naquela noite. Depois de engolir o jantar e ligar para Phil, eu sabia que não havia nenhuma maneira de dormir sem intervenção medicinal. Meu despertador me acordaria às 6h, mas eu não precisava dele. Às 05h45min, eu estava de pé e vestida.


Fui até a casa em que eu tinha crescido. Ela ainda não tinha sido vendida, e eu ainda tinha uma chave. Eu me deixei entrar, achando estranho que, literalmente, tudo o que eu tinha vivido em casa por tanto tempo tinha desaparecido. Eu sabia em um nível lógico que tudo havia desaparecido, eu tinha visto os rendimentos do valor da venda dos bens entrar na conta fiduciária. Isso ainda era um choque.


Eu entrei na cozinha, ainda meio que esperando para ver a grande mesa oval. Todos os dias da minha infância eu descia as escadas meio grogue e fazia o meu caminho até a cozinha para o café da manhã. Todos os dias meu pai sentava-se à mesa com sua calça e camisa Oxford, lia primeiro os esportes, em seguida a seção política do jornal, enquanto bebia duas xícaras de café preto. Exceto nos fins de semana, quando ele se sentava em sua calça jeans e tomava outra xícara de café. Ele opinava sobre o quão bem as equipes locais estavam indo, e como os políticos estavam se tornando mais corruptos a cada dia. Minha mãe murmurava parecendo concordar com tudo o que ele dizia ao fazer o meu almoço, então eu sentava lá e comia cereal frio. Eu abri o armário à esquerda da pia e olhei toda a parte de trás. Certamente, lá estava o "NÃO!" que eu tinha rabiscado a lápis quando tinha doze anos; protestando contra a punição que mamãe tinha me dado por ter me pego numa mentira: lavar à mão toda a louça dos armários. Cada prato, tigela, copo, vidro, pote, panela e caçarola.


Entrei na sala de estar, o começo do centro do entretenimento, a marca da mesa de café ainda era visível no tapete. Quantas noites tinha me sentado entre meus pais assistindo a reprises de Carol Burnett? Assim que TV a cabo tornou-se mais facilmente disponível, meu pai se tornou viciado em HGTV e Food Network. Ele gostava de jogar taco no jardim e adorava cozinhar. Ele não era nenhum Emeril Lagasse, mas por Deus, ele tentava. A mamãe adorava dramas sobre crimes. NYPD Blue, toda a série Law & Order, The Shield, Poirot, até mesmo Assassinato Por Escrito. Ela amava todos esses seriados. Lembro-me de meus pais levemente horrorizados quando eu assistia MTV, e meu pai comentando que a minha geração tinha perdido a sua "mente coletiva”. Mamãe tinha empertigadamente informado que eu não colocaria o meu piercing no umbigo "como aquelas meninas na TV" a menos que eu me sustentasse com a minha própria renda.


Com minha mão levemente sendo passada pelo corrimão, caminhei até lá em cima. Como eu me lembrava, o terceiro degrau do topo guinchava, a menos que você desse um passo para a extrema esquerda - uma dica útil quando você está se esgueirando de volta depois do toque de recolher. O banheiro tinha sido repintado pela enésima vez, enquanto eu era criança e adolescente minha mãe tinha repintado e redecorado pelo menos uma dúzia de vezes. O escritório ainda cheirava como uma combinação de livros velhos, fita adesiva e óleo de laranja usado para polir a mesa. Era lá que meu pai se sentava por horas com sua calculadora antiga, olhando o relógio com o cenho franzido. Ele levava o jornal de domingo para seu escritório no andar de cima e meticulosamente recortava cupons para tudo - sabão em pó, carne moída, mistura de bolo, chame como quiser. Se houvesse um acordo para ser feito - você pode ter certeza que ele faria.


Eu me encontrei em meu antigo quarto, ainda pintado com um laranja horrível. Quando eu era aluna do primeiro colegial, eu implorei aos meus pais para me deixar redecorar meu quarto. Usando o dinheiro que eu tinha guardado a partir de trabalhos de verão, eu tinha comprado um jogo de cama laranja com cortinas combinando, um tapete, e repintado meu quarto com a tinta laranja medonha. Na época, parecia legal, mas como adulta ele me deu uma dor de cabeça instantânea. Eu fiz uma anotação para contratar pintores para pintar de branco e ajudar a melhorar o valor de revenda. Para mim, cores de tinta não são um grande negócio, mas quem sabia o que poderia fazer a casa ser vendida mais rápido? E se isso fizesse a minha conta engordar e me ajudasse a chegar mais perto de encontrar e deixar Phil, então gastar 100 dólares em um pintor seria um dinheiro bem gasto.


Por fim, o quarto dos meus pais. Eu estava exatamente no meio do quarto, inalando os aromas de minha memória. Eu me inclinei para a direita, desejando sentir o cheiro do lírio e rosa, perfume que minha mãe usava todos os dias. Na minha mente, eu via a vaidade à moda antiga onde ela se manteve, com o vidro de óleo de amêndoas, a vaselina que ela espalhava em vez de loção. Foi lá que eu aprendi a aplicar rímel, sob seu olhar atento. Foi naquele banco que eu gritei meus medos, enquanto ela se sentava em sua cama. Nesse banquinho ela explicou o que a mancha vermelha na minha calcinha significava, e como usar um absorvente interno, nós duas gaguejando e coradas. Quando criança, eu adorava vê-la se preparando para sair com o papai. Mesmo que ela sempre usasse o mesmo vestido azul e sapatos pretos, ela sempre pareceu tão glamourosa ao aplicar blush e batom.


Virando-me, eu jurei que eu podia ver o copo de água que meu pai sempre manteve em sua mesa de cabeceira ao lado de sua National Geographic e óculos de leitura. Pegar a revista National Geographic foi como um feriado com o pai e eu. Eu arrancaria a embalagem e esperaria o pai voltar para casa. Depois do jantar, nós dividiríamos uma tigela de sorvete enquanto folheássemos as páginas brilhantes. Eu aprendi sobre as florestas tropicais do Brasil, os desertos da China, múmias, animais numerosos demais para contar, e as pessoas que vivem em partes do mundo que eu só podia sonhar. Quando fiquei mais velha e eu me tornei legal demais passar um tempo com meu pai, eu não teria sequer me preocupado em levar a revista para cima. No entanto, não muito tempo depois que me formei da faculdade, eu fiz minha própria assinatura.


Eu me encostei em um canto e solucei. Enormes e feios gemidos palpitantes. Tantas noites eu tinha me enfiado em sua cama depois de um sonho ruim, segura e confortável entre o ronco dos meus pais. Por outro lado, ouvi-os discutir e chorar ao longo dos anos. Normalmente, era meu pai dizendo que mamãe estava gastando muito com bugigangas (tivemos uma coleção cada vez mais rotativa do kitsch nas paredes e prateleiras), mamãe retrucava dizendo que ele era muito mão de vaca, e o meu mais recente incidente foi um sinal de que eu estava fora de controle. (Para aqueles perguntando, esgueirar-se para encontrar o seu namorado mais velho quando você é um calouro é um voto sim automático de seu pai.) Eu ouvia através das paredes, querendo saber se eles se divorciariam como tantos de meus colegas de escola. Eles nunca se divorciaram, obviamente, embora tivéssemos alguns cafés da manhã tensos. Eles estavam em seu caminho para ver seus novos netos quando suas vidas tinham sido tão cruelmente interrompidas


Meu pai, sempre um velho rabugento, tinha um lado que só mamãe e eu víamos. Para seus colegas, ele era o cara que era meticuloso sobre os seus relatórios e planilhas. Aos meus amigos, meu pai era o único que tinha os números de telefone de todos os pais e não hesitaria em começar a ligar se eu estivesse mais do que cinco minutos atrasada. Para o caixa do supermercado, ele era o ponto baixo de seu dia: aqui vem o cara com um envelope gordo de cupons e um cartão do clube, pronto para espremer cada último centavo de poupança. Mas em casa, meu pai era o cara insistindo que tentássemos qualquer nova receita que tínhamos encontrado em uma revista. Papai era o homem que ia cobrir todas as superfícies disponíveis na cozinha com ingredientes, assobiando enquanto inventava qualquer entrada que enfeitaria a nossa mesa. Papai era o homem que iria dividir uma taça de sorvete com sua filha e responder suas perguntas intermináveis ​​sobre os padrões de migração da borboleta monarca que ela aprendeu em uma revista National Geographic. Ele era o marido que nunca parou de dizer a sua esposa como ela era bonita, mesmo que ele já tivesse visto o mesmo vestido, sapatos e corrente de ouro uma centena de vezes. A minha mãe poderia ser um pouco obcecada com seriados policiais e iria tentar discutir os méritos de um "caso" com o papai e eu. Ela sabia que poderia dizer quem era o culpado dentro de dez minutos. Mamãe também era incrivelmente dedicada a mim, sua única filha. Quando eu estava grávida, ela confidenciou que tinha tentado ter outro bebê poucos anos depois que eu nasci, mas isso simplesmente nunca aconteceu. "Então, eu só derramei tudo o que eu tinha em você." E ela fez, isso que ela fez. Mamãe pacientemente me ensinou a ler, lendo para mim todas as noites um capítulo da série "Little House on the Prairie". Foi a mamãe quem me ensinou a andar de bicicleta, ela que fazia o curativo em meus joelhos e cotovelos ralados. Mamãe me ajudava com cada pedaço de lição de casa, todos os projetos de ciência, cada resumo de livro. Ela pacientemente deixava-me fazer seu cabelo e maquiagem como uma menina, mesmo que o resultado fosse menos "Revlon" e mais "Pennywise". Quantas vezes como uma adolescente eu tinha chorado e desabafado sobre meninos, sentando-me no banquinho da penteadeira enquanto ela se sentava na beirada da cama, balançando a cabeça sabiamente? Mamãe iria me abraçar depois que a tempestade passasse, esfregaria minhas costas, me diria que eles eram a escória, e me faria um delicioso Dr. Pepper com limão.


Me recompus e olhei meu celular, surpreendida em quanto tempo tinha passado. Eu ainda tinha algumas horas, mas eu percebi que não iria doer tentar. Foi um pouquinho de uma caminhada para a felicidade, mas eu literalmente não tinha mais nada para fazer hoje. Parando em um Starbucks para um café, eu vagava e ouvia o tilintar do sino contra a porta de vidro.


"Alex está?" Eu perguntei a um garoto adolescente com um maço de papel toalha em uma mão e uma vidro de desinfetante na outra.


"Ele está no escritório, vou chamá-lo. Ele está esperando por você?" O garoto colocou seu material em uma mesa de de vidro bonita que em outras circunstâncias eu provavelmente nem teria notado.


"Sim, diga-lhe que é Isabelle sobre a compra que William e Sandra [em branco] fizeram no ano passado." Eu virei o copo de papel em minhas mãos nervosamente. Alex não tinha me parecido um tipo particularmente amigável de cara, e ele certamente não tinha a obrigação de me dar as informações. É verdade que Nova Inglaterra pode ter um tipo de gente rude, mas eu nasci e cresci em New Hampshire e vivi em Boston. Esse cara só me pareceu... espinhoso. Eu só esperava que eu não estivesse lhe dando nos nervos.


Por sorte, Alex estava de um modo totalmente amigável.


"Isabelle, eu achei o que você quer, entre." Alex gritou de sua porta. Eu serpenteava meu caminho em torno de mesas, sofás e cadeiras para um escritório apertado com uma mesa de metal cheia de arranhões e uma cadeira velha que tinha visto melhores décadas.


"Eu sei que cheguei cedo, eu me adiantei e imaginei que não faria mal tentar." Eu disse num tom de pedido de desculpas, colocando minha bolsa no chão.


"Eu disse que encontrei , então não se preocupe. Lembro-me agora, foi a sua mãe que veio aqui. Sandra. Eu a chamei de 'Sandy' e ela me disse que era 'Sandra', não 'Sandy'. De qualquer forma, eu encontrei o recibo de venda. Uma mesa de troca e dois berços de madeira amarelos. Eu preciso manter o recibo original. Receita Federal, sabe. Mas aqui está uma cópia para você."


Alex deslizou um recibo escrito à mão a partir de um livro de recibos de cópia de carbono. Meu coração bateu forte no meu peito. Minha boca ficou seca enquanto a minha garganta se fechou. Eu podia ouvir o sangue correndo em minhas orelhas, e as minhas mãos haviam sido paralisadas. Eu tremia enquanto segurava o papel na minha frente, não acreditando no que estava vendo.


BERÇO MAD. AMAR. X2 $349,15 (698,30)


MESA TROCA AMAR. $151,43


849,73 PG #1543, SANDRA [EM BRANCO]


Eu não sabia o que fazer ou o que pensar. Eu esperava que minha investigação me levasse a isso, mas eu acho que eu não pensei que isso iria realmente acontecer. Eu murmurei algo para Alex, coloquei o recibo na minha bolsa e explodi pela porta. Eu corri por três quarteirões antes eu tivesse que parar em um beco e vomitar. Me levantei e encostei na parede. Minha cabeça estava girando e minhas pernas estavam fracas. Eu me senti como se estivesse bêbado. Jessica era real. Eu não tinha a imaginado. O que tinha acontecido com ela? Onde ela estava? Ela estava bem? O quão profundamente envolvido o Dr. Keats estava? Eu não sabia por onde começar.


Voltei para o estacionamento do hotel, dirigindo ao escritório de advogados. Eu não tinha marcado hora e eu sabia que ia ser muito difícil ver Renée. Pamela, sua assistente confirmou que ela estava com um cliente. Droga.


"Pamela, talvez você possa responder à minha pergunta. É bastante fácil." Aproximei-me mais da mulher que dolorosamente me fez lembrar de minha mãe. Pamela tinha os mesmos olhos que ela, aqueles olhos que sorriam a tudo o que viam.


"Bem, eu posso certamente tentar Isabelle." Pamela inclinou-se para trás, sorrindo hesitante.


"A conta foi criada quando eu era uma criança, pelo que entendi. Se Phillip e eu nos divorciássemos, ele não teria direito, certo? Porque ela foi criada para mim antes de nos casarmos?" Eu cruzei meus dedos mentalmente, esperando que ela confirmasse os meus sentimentos.


"Não, não é bem assim. Massachusetts não é um estado de propriedade da comunidade; o que significa que se os dois não puderem chegar a um acordo sobre a forma de dividir o seu patrimônio, o tribunal vai fazer isso por você. Mesmo se eles permitirem que você mantenha 100%, eles ainda vão usá-lo para calcular apoio à criança e pensão alimentícia. Como a casa ainda está em seu nome, o que é levado em conta, embora você provavelmente ficaria com ela no caso de divórcio; por falta de um termo melhor." Pamela tinha ido de um olhar incerto para um olhar totalmente desconfortável. "Você, obviamente, precisa de um grande advogado do divórcio, mas de improviso, eu diria que você iria pagar-lhe pensão alimentícia. É calculado apenas dos rendimentos. Devo fazer uma entrevista com a Sra. Harvey?"


Eu balancei minha cabeça. Virei-me para sair, mas depois tive mais uma ideia:


"Pam, se fosse para ligar e perguntar o que eu tinha discutido com você ou Renée, ou mesmo que eu estive aqui, o que você diria a ele?"


"Isabelle, você é nossa cliente. Não podemos discutir qualquer coisa com ele. Não é da minha conta, mas eu tenho a nítida impressão de que ele poderia causar problemas se ... Phillip soubesse que você esteve aqui. Nós não discutimos nem mesmo os elementos de seus compromissos com o seu marido. Isabelle, se você não está segura, há lugares que você pode ir." Pamela colocou uma mão suave e macia no meu braço.


Meus olhos inundados de lágrimas, e eu balancei minha cabeça. Eu disse que eu estava bem e sai do escritório.


Uma vez eu estava seguramente abrigada em meu quarto de hotel, eu vomitei mais uma vez. Eu sabia com cada fibra do meu ser que eu não poderia me divorciar de meu marido. Ele iria me matar antes de ele me deixar fora de seu alcance. E considerando que eu não tinha ideia do que aconteceu com a minha filha (Jessica nunca mais será referida como o nossa), eu não tinha sabia o que ele seria capaz de fazer para o meu filho. É verdade, Phillip queria um filho mais do que qualquer coisa, mas somente se ele pudesse controlar Harry.


Eu não queria pensar sobre o que tinha acontecido a Jessica, mas eu fui forçada. Eu sabia que a escravidão branca era um problema, mas grande parte girava em torno de pré-adolescentes e adolescentes ... Mas então quem sabia que fantasias depravadas espreitavam nas trevas do mundo? Eu tinha lido um livro, há vários anos, sobre uma mulher que tinha sido vendida como escrava por seus pais. Eles eram analfabetos, vivendo em um barraco nas colinas da Virgínia, e tinham sete outras crianças. Um advogado rico tinha se oferecido para "adotar" ela e pagar a seus pais dez mil dólares. Ainda bebê, ela foi levada para o Egito e durante os primeiros anos viveu muito feliz em um local que descreveu como um palácio. Mas, em seguida, ela foi usada como uma escrava para o trabalho e... outras coisas. O pensamento de meu bebê sendo usado na escravidão provocou um grito primitivo vindo de minhas vísceras.


Eu iria encontrar a minha filha. Eu não me importava se ela estava em Gana ou abaixo de seis pés de sujeira, eu iria encontrá-la e abraçá-la.


E eu iria matar o meu marido.


No entanto, eu tinha visto seriados policiais suficientes com minha mãe para saber que fugir depois do assassinato era muito mais fácil que cometer assassinato. O cônjuge era sempre o primeiro suspeito; e com razão: era quase sempre o agressor. Eu tinha que pensar nesta parte do meu plano, enquanto simultaneamente descubro onde minha menina estava. De repente, minha miséria transformou-se em determinação.


Primeiro na minha playlist? Let the bodies hit the floor, let the bodies hit the floor, let the bodies hit the floor, let the bodies hit the floor. Próxima? I see a red door and I want it painted black, no colors anymore I want them to turn black.


Eu sabia que Dr. Keats estava envolvido de alguma forma, mas quão profundamente era outra questão. Ele havia entregado Phillip e Leslie, e agora Harry e Jessica. O que Phillip teria dito para levar o meu precioso bebê embora? Eu tive que pensar em vê-lo, o que não seria difícil. Obter meus registros dele seria. Eu brevemente pensei em roubá-los, mas eu não queria ser pega com eles comigo, nem por um segundo. Eu arrisquei e disquei para seu escritório:


"Escritório do Dr. Keats, aqui é Lilith, como posso ajudar?"


"Oi, Lilith aqui é Isabelle, eu preciso agendar uma consulta com o Dr. Keats, por favor."


"Claro que sim, eu posso colocá-la em espera por um momento?" Eu tinha um plano, e eu sabia exatamente como ver meus registros.


"Isabelle, que história é essa de um consulta?" Perguntou Dr. Keats.


Merda! Isto não era parte do plano!


"Oh, oi doutor! É o seguinte, é que Phillip não sabe que eu estou ligando. Mas como você sabe, o nosso filho tem quase um ano agora, e eu quero discutir sobre ter mais filhos. Mas eu quero fazer todos os exames primeiro. E se tudo parecer bom, então estou pensando em falar com Phillip sobre engravidar novamente. Eu sei que é prematuro, mas eu gosto do nome Alexei." Eu ri para completar, sabendo que em poucos segundos depois de desligar o telefone ele estaria ligando para meu marido se ele já não enviou um SMS.


"Alexei? É um nome interessante. Bem, Isa, eu acho que é uma boa ideia, em geral, para as mulheres fazer exames antes de tentar engravidar novamente. Eu acho que você deve conversar com Phillip, mas seu casamento é da sua conta. No entanto, por que você não vem na próxima segunda-feira, às dez e nós vamos fazer tudo que for necessário?" Dr. Keats claramente não tinha ideia de que sugerir o nome Alexei a essa família amaldiçoada era um insulto. Eu confirmei a consulta e desliguei.


No momento em que eu cheguei em casa, eu sabia que o meu amado ia morrer pela minha mão. Quando nos casamos, o padre citou que frequentemente usava um trecho da Bíblia do Corintios: "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá" E isso era verdade - meu marido iria desaparecer, mas o amor para os meus filhos não iria. Eclesiastes teve um pequeno verso que dizia: "Para tudo há uma estação, e um tempo para todo propósito debaixo do céu: tempo para nascer; e um tempo para morrer." Bem, se fosse esse o caso, então Deus, em Sua infinita misericórdia iria proteger esse homem do que eu tinha planejado para ele.


Phillip me encontrou na porta e prontamente me entregou Harry. Eu segurei meu menino doce mais perto do que nunca, sabendo que seu pai iria sacrificar nós dois para manter seu segredo. Eu silenciosamente prometi que eu iria encontrar sua irmã e iria nos tirar daqui. Olhei para Phillip, que não estava claramente feliz comigo.


"Eu recebi um telefonema interessante do Dr. Keats esta tarde." Disse Phillip, sua voz cheia de veneno. Eu sabia que ele iria te ligar, filho da puta, por que você acha que eu liguei para ele? Eu pensei.


"Ok, bem, considerando que você sabe do que se trata, por que você parece um bebê chateado?" Fingi inocência com olhos arregalados; abaixando minha cabeça um pouco e mordendo meu lábio inferior.


"Não tenho nenhum problema com você me dando mais filhos. Mas, para começar, você nunca, nunca dará a meu filho o nome de Alexei, você me entende, porra? Como você se atreve até mesmo a sugerir isso? O nome de um príncipe fraco?! Não. Meu próximo filho se chamará Alexander. Fim de papo. Em segundo lugar, eu não tenho nenhuma garantia de que você vai me dar outro filho. Você ainda tem que engravidar novamente e mesmo se você conseguir, o que garantia que você pode me dar que você vai ter um menino? Hmm? COMO VOCÊ PODE GARANTIR, ISABELLE ?!" Phillip gritou na minha cara, me fazendo estremecer e reconsiderar meu plano, enquanto Henry começou a gritar. Eu beijei meu filho na cabeça e acalmei-o, chorando junto com ele.


"Phillip, eu mencionei esse nome como uma piada, eu sinto muito. Claro que nós nunca chamaríamos o nosso filho de Alexei! Eu não sabia que você ia ficar assim! E sobre eu não ficar grávida de novo, às vezes casais perfeitamente saudáveis conseguem antes do esperado! Por que você acha que eu agendei a consulta? Porque eu quero te dar filhos! Mas não, eu não posso prometer que vou te dar filhos, ninguém pode! Eu não posso controlar quais cromossomos desenvolver! O que você quer que eu faça? Você quer discutir adoção talvez?" Eu estava me agarrando em palhas e nós dois sabíamos disso.


"Adoção? E criar um bastardo? Como diabos saberíamos o que está errado com sua linhagem. Ah, claro, eles dizem que a mãe e o pai são bons, mas eles podem mentir só para impingir a criança em você. Não, Isabelle, eu não vou trazer alguma criança vira-lata para nossa família. Ou é meu ou não é de jeito nenhum. Você irá engravidar, e você fará uma amniocentese. Eu conversei com o Dr. Keats, você poderá fazer com 11 semanas, e ele vai dizer se você tiver feito o seu trabalho ou não. Se você não tiver, o problema será eliminado. Não se engane, meu pequeno doce, minha esposa querida, você não vai me deixar. Eu não cheguei onde eu estou em minha vida para tolerar meu fracasso, e não é só porque você é minha mulher que significa que você terá qualquer folga. Pelo contrário, você está presa a um padrão mais elevado." A mão de Phillip estava trancada em um quase-aperto em meu queixo, seus olhos tão duros quanto granito e perfurando os meus.


Eu estava completamente, totalmente, inteiramente apavorada. Eu tinha me casado com uma abominação. Eu era como sua mãe. Eu não era mais do que o estoque muito fértil. A diferença era, ao passo que Louis era apenas um bastardo cruel, Phillip era um cruel e calculista assassino. Se eu engravidasse de uma garota mais uma vez, mais cedo ou mais tarde, o problema a ser "eliminado" seria eu - e seria permanente. Eu balancei a cabeça, tanto quanto eu podia e ele soltou o aperto da minha mandíbula. Eu finalmente falei:


"Phillip, meu Rei, meu amor, meu tudo. Por favor, acredite que eu quero nada mais do que agradá-lo e dar-lhe tudo que você já queria - apenas como uma mulher deve fazer, e eu sei o meu lugar. Você deve acreditar em mim, Phillip, por favor. Eu não quero te tirar nada, mas te dar filhos e herdeiros, assim como sua mãe deixou de fazer, eu não vou deixar você. Eu não vou parar até eu lhe dar mais filhos. Isto pode soar estranho, mas eu nunca estive mais lúcida na minha vida." Eu engasguei essas últimas palavras, todo o meu ser foi insultado por ele. O rosto de Phillips assumiu uma expressão de satisfação e curiosidade, então eu mergulhei nisso, tentando agir da melhor maneira possível, sabendo que a vida do meu filho e a minha dependia desse desempenho e das performances subsequentes, eu fui forçado a fazer.


"Quero dizer que, vendo você assumir o controle assim, ser tão dominante? Baby, eu vou colocar Harry em seu berço, e então você irá me foder. Você vai me punir e me foder, dolorosamente, e por a sua raiva para fora. Phillip, leve-me, eu te quero tanto." Eu dei um passo para mais perto dele, abaixando minhas pálpebras com um ar de sedução.


O monstro com quem eu tinha casado olhou para mim apenas brevemente antes de agarrar meus cabelos dolorosamente e me beijou tão forte que na manhã seguinte eu tinha hematomas em minha boca. Senti a bile subir na minha garganta e engoli. Ele concordou e me dispensou com um breve aceno de cabeça. Eu andei lá em cima, pensando que eu nunca tinha em meus piores pesadelos conjurado isso. Eu estava negociando meu corpo para as nossas vidas, e bajulando a uma criatura do mal, vomitando mentiras como uma mangueira de incêndio.


Eu acordei na manhã seguinte, machucada e sangrando. Cada músculo do meu corpo gritou em protesto quando eu me sentei. Phillip fez exatamente o que eu sabia que ele ia fazer - me puniu de um modo como ele jamais imaginou punir uma mulher. Eu sei que algumas pessoas praticam sexo violento, mas é mutuamente agradável e consensual. Ontem à noite eu estava sendo batida, mordida, e puxada até que ele viu os hematomas e sangue. E toda o tempo eu gritava e gemia como uma estrela pornô.


Eu nunca tinha me odiava tanto.


Phillip agitado ao meu lado, olhava presunçosamente satisfeito em sua obra. Olhei para ele, ronronando:


"Eu sei o comercial diz que Folgers é a melhor parte de acordar, mas se você continuar deitado e me deixe fazer o trabalho, eu vou provar que estão errados."


"Eu sabia que você ia ser perfeita para mim, mas você está provando a mim ser mais e mais." Phillip murmurou enquanto eu montei-o bruscamente. Ele mordeu meu lábio quando ele me beijou, tirando sangue novamente. Eu chorava de dor, que terminou felizmente para ele.


"Vista-se, nós temos que ir para o Dr. Keats." Ele disse casualmente, como se ele não tivesse acabado de me fazer sangrar pela enésima vez em menos de 10 horas.


"Mas ... eu pensei que era na segunda-feira?" Eu gaguejava. Hoje era sábado, deveria estar fechado.


"Eu mudei, o bom médico e eu nos encontraremos depois Þ um longo tempo. Ele era um velho amigo de meus pais, você sabia disso? Além disso, não pode desfilar em público com esse olho roxo. Não que você não tenha gostado, minha doce Isabelle."


"Oh, é claro! Como foi estúpido da minha parte! Você está certo, eu estou contente que ele está sendo tão complacente. Será que ele vai dizer algo sobre isso... tapas de amor?" Eu sorri, e considerando que ele estava comendo como uma criança faminta, eu diria que minhas habilidades de atuação foram espetaculares.


"Dr. Keats? Ah, não, se ele vai dizer alguma coisa eu o colocarei em seu lugar. Sabia que ele é um descendente direto de Eugene Botkin, o médico da corte da família Romanov? Sim, é por isso que ele e meu pai eram tão bons amigos. O Dr. Botkin amava aquele pequeno aleijado Alexei mas Keats, ele não iria cometer o mesmo erro. Enfim..." Phillip riu, puxando sua camisa.


"Como ele chegou a conhecer seu pai? Foi porque sua família está relacionada com a Romanov e ele estava relacionado com o seu médico?" Inclinei a cabeça, correndo um pente pelos meus cabelos - que graças a Phillip estavam mais finos depois dos punhados puxados na noite anterior.


"Bem, sim, é uma longa história. Você está quase pronta? Enquanto você termina de se arrumar vou aprontar o Henry." Phillip deu um beijo na minha cabeça ferida enquanto eu pegava a minha escova de dentes. Assim que ele saiu do quarto eu fechei a porta do banheiro e arranquei o DIU, sem pensar duas vezes em qualquer dano irreparável que eu pudesse ter acabado de causar a mim mesma. Na verdade, eu esperava que tivesse causado. Danificado não era o mesmo que morto.


Uma vez no escritório, que estava assustador com as luzes apagadas, exceto por seu escritório e sala de exame, Dr. Keats perguntou com que frequência nós tínhamos nossos momentos de intimidade, se eu menstruava regularmente, e declarou que meu sistema reprodutivo estava saudável. Depois que eu coloquei meus jeans de volta, perguntei ao bom médico:


"Phillip disse que nós podemos fazer a amnio com 11 semanas para ver se nós estamos tendo um menino. E se nós não estivermos? O que faremos? Nós não queremos meninas nessa família." Os olhares trocados pelos dois confirmaram que Dr. Keats estava de alguma forma envolvido pelo motivo de Jessica não estar em meus braços.


"Bem, há algumas coisas que podemos fazer. Uma deles é o aborto, obviamente. Ou você pode levar a gravidez e fazer uma adoção particular. Lotes de dinheiro seriam feitos dessa maneira. É o que eu chamaria de transformar o negativo em positivo. Phillip, quais são seus pensamentos?" Dr. Keats olhou com expectativa para ele, claramente eu não teria voz em qualquer decisão a ser tomada.


"Sabe... não é como se isso nunca tivesse sido feito antes. Quero dizer, não por mim, mas no passado. De quanto dinheiro estamos falando?" Puta. Merda. Eles estavam discutindo vender o meu bebê da mesma forma que outros iriam discutir o que comeriam no almoço!


"Acima de cem fácil. O advogado é, basicamente, um corretor se você quiser. Os pais pagam todas as minhas taxas e os honorários advocatícios, além da 'taxa de indicação' se você quiser. Recebo cinco por cento, o advogado recebe quinze, você fica com o resto. Essas pessoas não querem esperar por uma aprovação formal. E nunca constará nos documentos que Isabelle estava grávida, não haverá nenhum registro formal de qualquer assistência pré-natal, os pais serão listados na certidão de nascimento - não você. Considerando que você está interessado, oficialmente, isso nunca aconteceu." Dr. Keats explicou, e foi aí que eu soube exatamente o que havia acontecido com Jessica. Meu bebê tinha sido vendido para o maior lance, enquanto os meus registros foram esterilizados. Rezei para que quem tinha comprado a tratasse bem.


"Se ela ficar grávida de uma menina, eu não ficarei feliz, então isso é o que vamos fazer". Virando-se para mim, acrescentou: "Mas você não vai estar fora do jogo, Isabelle. Eu ainda vou te considerar um fracasso."


"Bem Phillip, mas cem mil dólares vai ajudar a aliviar a dor, não vai? Dr. Keats, esta é uma boa notícia. Eu suponho que você tenha um advogado em mente? Não que eu esteja pensando em gerar uma menina, mas eu quero ter todas as minhas possibilidades cobertas." Eu parecia literalmente uma nazista enquanto estes dois homens eram a semente de Satanás e Hitler.


"Eu tenho. Seu arroz com feijão é a lei de apoio à criança. Ele é basicamente um advogado de direito da família, por isso ele tem as conexões certas. De qualquer forma, nós estamos falando do pior cenário. Vou deixar vocês sairem daqui e chegar a fazer alguns filhos!" Ele riu e nós fomos embora.


Eu sabia exatamente a que advogado ele estava se referindo, vi seus anúncios e outdoors por toda Boston. E agora eu sabia exatamente quem tinha vendido o minha filha. Não era incomum para os médicos e advogados de direito de família estar em conluio. Os advogados pagavam aos médicos para serem peritos nos julgamentos e audiências de divórcio e custódia. Em contrapartida, se o paciente mencionasse que ela estaria recebendo um divórcio o médico iria encaminhá-los para que o advogado. Não era estritamente legal, mas não era tecnicamente ilegal também.


Naquela noite eu decidi que os meus planos seriam colocados em ação. Eu não ia esperar mais. Eu não pudia. Meu marido tinha vendido minha filha. Eu só podia esperar que as pessoas que compraram a amassem. Eu sabia que ele me mataria se eu engravidasse de uma garota mais uma vez. Quando criança, eu costumava virar meus olhos quando a mamãe trocava as séries policiais por livros. Mas pelo resto do meu dia, lembrei-me várias cenas e fatos de diferentes livros para me ajudar a formular o meu plano. Até o final do dia, eu tinha o meu plano estabelecido.


Uma vez que Henry estava na cama, peguei Phillip e puxei-o para o quarto. Eu havia recriado a noite anterior, certificando-me que ele estava tão rude quanto antes. Eu olhei para a porta de vidro do armário que mantinha seus livros e prêmios, e eu estava satisfeita com o que via. Eu vi uma mulher com um olho roxo, sangue em seu lábio, e tantos hematomas que sua pele parecia uma onça. Eu raspei minhas unhas por sua bochecha, o que me rendeu um punhado de cabelo perdido. Tudo estava indo conforme o planejado. Eu estava fazendo a melhor atriz pornô possível quando o senti tenso. Eu conhecia meu marido, e eu sabia que ele iria jogar a cabeça para trás, com os olhos fechados.


Eu senti a maçaneta da gaveta da mesa, abrindo-a e procurando pelo punho do revólver antigo. Meu marido foi meticuloso em onde guardava coisas: sempre no mesmo lugar; e o revólver era mantido sempre na primeira gaveta. Eu peguei o cano e virei com toda a minha força em direção a sua têmpora.


O “CRACK” foi gratificante! Confirmou que eu a tinha destravado. Phillip estava apenas momentaneamente atordoado, mas foi o suficiente para tirá-lo de cima de mim e derrubá-lo ao chão. Eu peguei a arma e atirei no joelho. Phillip gritou furioso, em agonia.


"QUE PORRA VOCÊ ESTÁ FAZENDO, SUA VADIA LOUCA?”


Eu peguei a arma novamente, mantendo-a apontada para ele e dei um passo para trás, ficando distante o suficiente para que ele não pudese me pegar.


"Meu amado marido, onde está Jessica? Agora lembre-se, eu sei a resposta. Eu sei que você e Dr. Keats trabalharam com aquele advogado filho da puta para vendê-la. Eu vi os registros médicos de Dr. Whiting, eu estava grávida de gêmeos. Eu vi as ultrassonografias. Sim, acontece que só porque um centro de imagem sai do negócio não significa que seus registros somem. Foi um grande esforço matar Dr. Whiting, mas apenas alguns de seus registros foram enviados para Keats. Então não tente me enganar, seu filho da puta. Porque para cada resposta errada você me der, eu vou despejar outra bala em você. Eu tenho a caixa de munição aqui. Agora, comece a falar." Eu sacudi a caixa de balas e a arma apontada para seu peito. Eu esperava que ele não notasse meu blefe, mas se ele notou... Certo, qual de nós segurava a arma?


"Sua vagabunda estúpida, você nunca vai encontrá-la. Ela está muito longe, e eu estou oitenta mil dólares mais rico. E não, você nunca vai ser capaz de pegar o meu dinheiro. Trata-se de uma conta secreta nas Ilhas Cayman. Eu sabia que você iria me dar novamente outra garota. Eu pegaria mais oitenta mil. Eu cuidaria de você enquanto eu transferiria nossos ativos para essa conta, e então o meu filho e eu viveríamos confortavelmente nos trópicos. Me deixe segurar isso para você, não acho que você tenha coragem para fazer... isso." Phillip começou a rir, e eu disparei outra vez, bem por cima do ombro, quebrando o vidro da gaiola.


"Eu não quero o seu dinheiro sangrento. Aqui está um fato pouco divertido para você, estou atualmente com pouco menos de um milhão graças a meus pais. Então. O casal que tem Jessica. Eu entendo que eles estão em Salem. Onde em Salem, Phillip?"


"Sua maldita idiota, é Salisbury!" Phillip gritou com um sorriso. Eu disparei outra vez, pegando de raspão seu braço.


"Salisbury, Salem. Eu acho que, dadas as circunstâncias, a confusão é compreensível. Agora, onde em Salisbury eles vivem?"


"Eu não sei! Essa é a verdade! Tudo que eu sei é que ela é uma dona de casa e ele é um executivo. Dr. Keats disse que você tinha ido longe demais para abortar ela, e havia muitos registros que mostravam gêmeos. Nós não podíamos simplesmente nos livrar dela, então ele me colocou em contato com o advogado. Nós nos encontramos algumas vezes, e uma vez que os gêmeos nasceram, ele a levou para eles. Nesse meio tempo, uma conta foi criada em meu nome nas ilhas, e no dia seguinte ao nascimento de Henry nasceu, os fundos foram transferidos."


"E a Dr. Whiting? Meus pais? Eles eram apenas danos colaterais?"


"Keats pagou alguns bandidos de rua com comprimidos para tomar conta dela. Seus pais, isso doeu. Literalmente. Eu tive que bater deliberadamente o carro, mas pelo menos eu tive a presença de espírito para soltar o cinto de segurança da sua mãe antes da batida. Seu Pai? Bem, isso foi apenas sorte, eu pensei que eu ia ter que quebrar o pescoço dele." Eu coloquei o cano contra a testa dele, as lágrimas sendo derramadas.


"Dê-me uma razão pela qual eu não deveria puxar o gatilho agora."


"Porque sem mim, você nunca vai ter esse bebê precioso de volta. Em segundo lugar, ninguém vai acreditar em você. Finalmente... você vai fazer de qualquer maneira." Phillip me olhou bem nos olhos enquanto eu recuava e puxava o gatilho.


Ele caiu morto. Eu deixei a arma cair, e me bati, as costas em primeiro lugar, bem no armário de vidro. Eu gritei quando senti o vidro perfurar minha pele e moer-se em meus ombros. Peguei o telefone do bolso, manchado de sangue e disquei 911.


"911, qual a sua emergência?" O operador pediu calma.


"SOCORRO! Meu marido está tentando me matar! Ele tem uma arma! AHHHHH!" Comecei a chorar e respirar desesperada.


"Senhora, eu preciso que você se acalme. Eu vejo que você está no 7816-[em branco], estou enviando ajuda, você pode ficar na linha?"


"Sim, Eu - Phillip, não! NÃAAAO!" Eu bati no botão e desliguei, caminhei até meu marido morto, e envolvi sua mão ao redor do telefone, borrando suas impressões digitais na tela.


Os policiais estavam a caminho, olhei em volta para ver se havia alguma coisa que eu tinha perdido. Não. Eu tinha hematomas frescos e sangue, que estava nos nós dos dedos e mãos Phillips. Eu tinha a sua pele e sangue sob as unhas, e estava faltando punhados de cabelo em minha cabeça - que ele tinha sobre ele. Tudo parecia exatamente do jeito que eu precisava.


Eu corri para cima e agarrei Henry, que estava dormindo docemente. Eu carreguei-o suavemente até o andar de baixo, chorando tanto que eu estava soluçando. Eu sentei de pernas cruzadas no canto do nosso hall de entrada, balançando para frente e para trás com meu filho mexendo e, curiosamente, olhando ao redor. Foi assim que a polícia me encontrou quando eles arrombaram a porta. Eu lamentei que ele tenha tentado me matar e que eu tinha usado a arma contra ele em legítima defesa. A julgar pelos olhares em seus rostos, como a cena do crime estava e o vidro fincado em meu ombro, eu diria que eles concordaram.
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CONTINUA...


Acho que meu marido fez alguma coisa com um dos gêmeos - Parte VI

(Caso não tenha lido a parte 1,clique aqui -PT 5-)
Quando eu voltei exatamente uma semana depois, Brenda me entregou um pacote incrivelmente fino com notas escritas à mão. Eu coloquei Henry, que estava dormindo satisfeito em seu assento para carro, no chão e os folheei. Havia cartas que eu não entendia, todas escritas em um rabisco ilegível. Nada foi digitado, não havia ecografias. Eu não poderia decifrar nada do que foi escrito, exceto meu nome e datas. Eu caminhei até a mesa, onde Brenda estava claramente irritada com a minha presença. Eu não dei a mínima.


“Com licença, mas onde estão meus ultrassons? Por que as notas do meu arquivo não foram digitadas?”


Brenda suspirou como se estivesse prestes a explicar alguma coisa para uma criança muito lerda. "As notas digitadas eram enviadas à Dra. Whiting. Assim como os ultrassons, que na verdade eram feitas por uma empresa externa; é uma prática bastante comum. As suas foram feitas pela ImageTech, e eles saíram do negócio no ano passado".


"Então, o que acontece com meus registros? Alguém tem que tê-los se você não tem, e eles estão fora do negócio, certo? Quer dizer, eles não podem simplesmente jogá-los fora, podem?" Brenda olhou para mim sobre seus baratos óculos de leitura. Eu olhei de volta, olhando para seu rosto gorduroso e sua base laranja demais.


"Ei, Luanne! Luanne! Quem tem os registros da ImageTech, uma vez que eles fecharam? Alguma ideia?" Luanne, quem quer que fosse, digitava algo em seu computador, eu podia ouvi-lo a partir do balcão.


"McKesson Records Management. Eles estão instalados em seu escritório corporativo em São Francisco, o seu número é 800-661-5885. Você precisa dar-lhes um comprovante de identidade, e o processo provavelmente vai demorar de 10 a 15 dias úteis." Luanne, santa seja ela, surgiu do abismo para dizer onde ficava o escritório de registros.


"Ok, então. McKesson tem os registros, e seu outro médico tem a maioria do seu arquivo. Existe mais alguma coisa em que eu possa ajudá-la?" Brenda perguntou, obviamente sem paciência. É evidente que a única coisa que ela queria me ajudar era sair pela porta.


“Não, nada, obrigada.” Peguei Henry, e empurrei meu maço de notas no lixo mais próximo. Não havia nada lá que eu poderia ler de qualquer maneira. Dra. Whiting tinha minhas anotações, e entrar em contato com McKesson só significava que eles enviariam os exames para casa. Eu não ousaria abrir uma caixa postal e eu não conhecia ninguém que eu podia confiar para ter onde enviar.


Naquele momento, minhas investigações tinham sido frustradas. No entanto, havia uma coisa que ainda não tinha: eu estava para entrar no programa de controle de natalidade. Eu tinha um horário naquela tarde com um planejador de paternidade para colocar um DIU. Se havia uma coisa que eu tinha certeza, era que eu não teria outro filho com este homem. Eu tinha marcado a hora com um nome falso, assim, no caso que de alguém ligar para checar, eles não teriam nenhum registro de mim. Eles pediram um número de segurança social, mas eu duvidei da minha sequência aleatória de números iria ser notada. Se assim fosse, gostaria apenas de dizer que eu não me lembrava. Assim como se pedissem para apresentar o meu RG... Essas coias são incrivelmente fáceis de fazer. Fiquei chocado com a facilidade com que eu estava disposta a cometer fraudes e mentir, mas apaziguando a minha consciência, dizendo que era para o bem maior.


Tive sorte, o recepcionista não olhou muito de perto o meu RG e o número aleatório que eu anotei não levantou quaisquer suspeitas. Uma vez que o DIU foi cuidado, eu fui para casa pensando em como descobrir sobre Jessica. Quebrei a cabeça uma e outra vez. A resposta veio no mais improvável dos caminhos.


Há um café cerca de 30 minutos da nossa casa, eu mencionei antes. Eu me rendo, o melhor blueberry scones do mundo. Parei lá e peguei um café com leite e um bolinho de mirtilo, conversando com a garçonete. Eu sempre fiz questão de conversar com a equipe por isso, se alguma coisa acontecesse, eles se lembrariam de mim. Kayla, a garçonete, perguntou se eu queria o recibo e eu normalmente eu dizia não, mas eu parei e isso me bateu. Eu pedi o recibo e tive um flash.


A CONTA BANCÁRIA DOS MEUS PAIS!


Meus pais tinham morrido, e eu era sua única filha, eu era a herdeira de seus bens. Por mais modestos que fossem, tinham sido deixados em uma conta de confiança que só eu poderia tocar com a permissão do administrador. Eu tinha deixado a casa e todos seus pertences nesta conta, exceto o vestido de noiva de minha mãe, algumas joias e alguns quadros a serem vendidos. Tinha passado meses, o advogado imobiliário entenderia como emocionalmente "devastador", uma vez que tinha ocorrido o nascimento de um filho e a morte de meus pais. Financeiramente, legalmente, tudo estava parado.


Entretanto, se eles estivessem comprando dois de tudo em preparação para o nascimento de dois bebês, a conta bancária mostraria isso. Eu sabia que poderia ver os extratos e isso mostraria as específicas transações de compra. Se eles não tinham comprado pares de tudo, então eu realmente estava louca. De um jeito ou de outro, a conta bancária dos meus pais provariam.


Me certifiquei de que estaria ao telefone com a advogada imobiliária, Sra. Harvey de New Hampshire, quando Phillip chegasse em casa.


“Certo, então eu preciso estar fisicamente aí? Quando devo ir e por quanto tempo precisarei ficar? Não, tudo bem, está certo. Com certeza, obrigada Renée.” Fechei a tela e olhei para Phillip.


“Está tudo bem? O que está havendo? Para onde você está indo?” Phillip bateu sua pasta, surpreendendo Henry.


"Eu tenho que estar fisicamente lá quando o inspetor olhar para a casa, alguma lei estranha de New Hampshire. Eu sou a executor e benfeitora dos bens. Então eu tenho que assinar algumas coisas para o Estado e o recolhimento de impostos. E, dependendo se o inspetor encontrar alguma coisa na casa, eu talvez precise ficar um dia extra para autorizar todos os reparos ou deixar uma nota de que eu estou ciente dessas necessidade. Achei que isso foi tudo tivesse sido resolvido, mas você sabe como as coisas podem se tornar vagarosas, amor. Eu vou ficar fora por dois dias, no máximo. É uma duas horas de carro a partir de Boston até lá, se tudo sair do jeito que eu estou esperando, então eu vou estar em casa no mesmo dia." Eu mantive minha voz deliberadamente indiferente e um pouco exasperada. Eu citando um inimigo comum a todos: impostos.


"Então eu vou com você." Disse Phillip, como se fosse a emissão de um decreto. Eu não tinha planejado isso! Estúpida, é claro que ele gostaria de ir com você!


"Amor, não levam a mal, certo? Mas eu quero ficar sozinha, porque eu nunca cheguei a dizer adeus aos meus pais. Meu tour pela casa pela última vez, a casa que eu cresci, essa é a minha maneira de dizer adeus. E eu prefiro ficar sozinha. Quero dizer, nós não pudemos nem mesmo realizar um funeral, pois seus corpos estavam muito mutilados. Eu preciso desta vez, por mim mesmo, para curar, para encerrar essa história. Por favor, Phillip. Diga-me que você entende." Eu tinha conseguido espremer algumas lágrimas, e quando ele apertou minha mão, eu sabia que ele tinha caído.


Me puxando para ele, ele disse o quanto sentia, como ele me entendia, e eu forcei mais algumas lágrimas. Ficamos abraçados e eu expliquei que eu partiria um dia depois de amanhã, o que significava que eu partiria na quarta-feira e tinha esperanças (em minha cabeça) de retornar na sexta-feira.


Quarta-feira tinha finalmente chegado. Phillip tinha tirado um dia de folga para ficar com Henry, quem ele afetuosamente chamava de Harry. Entrei no carro com a promessa de dirigir com segurança e ligar assim que chegasse lá. Eu ultrapassei todos os limites de velocidade. Agora, se você nunca esteve em New Hampshire, me deixe desenhar para você: uma cidade pequena com uma única coisa importante: a Escola de Medicina de Dartmouth. Sendo assim, quando os policiais avistam uma mulher de meia idade dirigindo um “carro de mãe”, eles deixam ela passar. Eles tem maiores preocupações com um Campus Universitário.


Eu perguntei pelo estacionamento do escritório do advogado, e fui levada direto para o escritório da Sra. Harvey. Bem a tempo de ela ter preparado cópias dos registros bancários de dezoito meses. Houve legitimamente alguns papéis que eu precisava assinar para o banco esvaziar e fechar a sua conta, mas o que eu precisava estava em uma pasta de documentos em sua mesa de carvalho envernizada.


Eu fiz a varredura das linhas, procurando um valor aproximado direito sobre a época que mamãe apareceu em nossa casa, com dois berços. Eu não sabia o quanto ela tinha gasto come os berços e os assentos de carro, mas eu sabia que estaria aqui. Então eu achei: um cheque cancelado para De Felice Mobiliário Família de 849 dólares e setenta e três centavos. Eu olhei para seu endereço e anotei, eles seriam a minha próxima parada.


Renée entrou com alguns papéis que eu precisava assinar para fechar as contas e finalizar a venda da casa. Tudo estava sendo realizado em uma conta de confiança, que tinha sido criada há muito tempo. Eu não sabia disso.


"Seus pais nomearam um administrador muito tempo atrás, por isso, em caso de eles morrerem enquanto você era menor, você ainda teria os fundos para pagar a faculdade. Obviamente, essa lei não se aplica mais. Então você tem acesso livre ao dinheiro. É uma conta remunerada durante precisamente 25 anos. Se você gerenciá-lo com cuidado, você nunca terá que trabalhar de novo em sua vida. Especialmente uma vez que a venda da casa seja finalizada." Sra. Harvey olhou por cima da montanha de papéis que ela estava organizando para eu assinar.


“Perdão? Quanto dinheiro tem na conta?” Coloquei a imitação de caneta Montblanc no topo dos papeis.


“Hm, deixe-me ver o extrato... Ah, sim, aqui. De acordo com a data do ultimo extrato, que é de cerca de 3 semanas atrás, há aproximadamente 600 mil dólares na conta. Seu pai fez alguns ótimos investimentos, e ele era evidentemente um homemeconômico. Agora, lembre-se, esse número inclui também o que restava de suas contas conjuntas. Com a venda da casa, você vai ter um pouco mais de um milhão. Não muito pelos padrões de hoje, mas nada desprezível." Sra. Harvey me entregou um pedaço de papel, meu extrato bancário, aparentemente.


Por um lado, eu estava exultante. Isso significava se eu poderia encontrar uma maneira de deixar Phillip, eu não estaria desamparada. Por outro lado, se ele sabia, ele iria encontrar uma maneira de me matar apenas pelo dinheiro. Eu não posso explicar como ou por que eu cheguei a essa conclusão, mas eu sabia que era tão certo como o nascer do sol.


Eu a agradeci, assinei o que precisava ser assinado e dirigi até a De Felice Mobiliário Família. Eu olhei para a loja, e parecia uma casa decrépita. Eu entrei lentamente, e fui recebida por um velho e entediado homem.


"Posso ajudá-la, senhora?" Ele perguntou, encostado a um balcão de vidro riscado.


"Eu espero que sim. Eu preciso saber o que foi comprado com este cheque. Eles eram meus pais, e eu sou a executora de sua propriedade. Estamos tentando esclarecer algumas coisas sobre suas contas bancárias. Eu posso lhe dar a documentação que você precisar." Eu sorri o mais cativante que pude, e deslizei uma cópia do cheque cancelado.


“Eu sou Alex, dono da loja. Vou precisar de algum documento de identificação e algum documento que diga que tenho que te dar essa informação, se eu ainda tiver.” Ele olhou para um arquivo de metal que ladeava um pequeno escritório. Não parecia promissor.


"Claro! Eu compreendo totalmente, aqui está o meu RG. E aqui está a papelada fornecida por meu advogado, que mostra tudo que eu disse." Eu os entreguei a um Alex muito cético, que olhou para eles como se tivesse sido entregue algo que estava tentando provar a existência de aliens.


"Vou ter que olhar os meus velhos recibos de venda. É quase hora de fechar, sendo assim você vai precisar voltar amanhã, patroa. Volte ao meio-dia, e se eu tiver alguma coisa- ou nada- eu vou deixar você sabe." Alex empurrou o balcão com os antebraços, nossos negócios do dia concluídos. Eu sorri e agradeci-lhe novamente, e dirigi até meu hotel para encontrar algo para comer.
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CONTINUA...