quinta-feira, 31 de março de 2016

Acho que meu marido fez alguma coisa com um dos gêmeos - Parte I

Não sei por onde começar. Bem, se eu estivesse ouvindo outra pessoa contar esta história eu pensaria que ela precisa ser presa numa camisa de força. Eu pensaria que ela está louca. Mas isso aconteceu, e aconteceu comigo. Então eu acho que começarei pelo começo, como aconteceu.


Phillip e eu nos conhecemos através de uma festa de Natal da empresa, há cinco anos. Na verdade eu nunca tinha o visto antes, o que não é incomum, a empresa para a qual trabalhamos tem mais de 300 funcionários. Eu estava lá com uma amiga que trabalhava no mesmo departamento que Phillip e na realidade não parecia que ela iria nos apresentar; mas ela nos apresentou. Ele veio até nossa mesa para fazer uma piada sobre como o chefe do QC já estava bem “alto” e colocando a culpa em um assistente, nós nos demos bem.


Fofocas sobre nós giravam e rodopiavam como um redemoinho. Phillip estava no caminho de ser promovido a gerente e eu ainda estava mergulhada nos estudos para terminar meu MBA. Em nossa empresa, experiência não significa muito considerando as pessoas em pele de cordeiro que vetam você. Eu poderia passar dias contando histórias sobre idiotas graduados que não deveriam ter permissão para liderar um desfile, quanto mais um departamento inteiro. O ponto é: a fofoca era que eu estava namorando Phillip para crescer na empresa. Isso ficou tão ruim que deixamos de ir aos eventos da empresa juntos. Phillip ainda ia, ele teve com os mandachuvas e jogar o jogo político do escritório. Eu ficava em casa ou saia com minhas amigas. Dentro de um ano eu deixei a empresa para um cargo com melhor salário e o mais importante: sem fofocas.


No ano seguinte nós nos casamos. Eu sei que toda mulher pensa que o próprio casamento é o casamento do século, mas o nosso foi verdadeiramente especial. Nós nos casamos na igreja que eu frequentava desde que mudei para Boston, com o sol brilhando através das janelas de vitral. Enquanto eu caminhava para o altar, Phillip me viu e chorou. Quando ele colocou a aliança no meu dedo, uma faixa fina de ouro com um pequeno diamante, suas mão tremiam. Logo após nosso primeiro beijo como marido e mulher, ele sussurrou em meu ouvido: “se você multiplicar todas as estrelas do céu por todos os grãos de areia de todas as praias, ainda assim você nunca chegará perto do quanto eu te amo”. Durante nossa primeira dança, ele sussurou a letra da nossa música. Fiquei tonta de amor. Passamos a lua de mel em Bali e, embora nunca tenha sido dito em voz alta, a esperança era que eu engravidasse.


Phillip e eu sabíamos que o relógio estava contra nós. Embora fossemos jovens, meu relógio biológico estava tocando alto. Eu tinha trinta e três anos e minha fertilidade estava em declínio. Os médicos disseram que, estatisticamente, minha fertilidade havia caído 20%, mas que se isso não acontecesse em um ano então nós deveríamos nos preocupar. Phillip e eu não estávamos preocupados. Nossa vida sexual era fenomenal. Deus, não acredito que estou dizendo isso na internet. Mas é verdade, nós fazíamos amor frequentemente, como se o destino do mundo dependesse disso. Nós sabíamos que já queríamos um filho. Ele estava esperando que fosse um menino, todos os caras esperam, não? Um garoto para jogar bola, pescar, que se pareça com o pai. Eu já não me importo muito. Eu estava ansiosa para viver a gestação. O enjoo matinal e tudo, eu queria a barriga grande e sentir os chutes.


Finalmente, oito meses de casados e recebemos a notícia: eu estava grávida. De gêmeos, nem mais, nem menos.


Phillip e eu estávamos muito empolgados, para dizer o mínimo. Meus pais imediatamente se ofereceram para pagar a creche com todos os serviços. Os pais dele morreram há anos, mas quando visitamos o túmulo e contamos a eles, ele disse que sentiu como se tivessem dado sua bênção. Eu senti como se minha vida fosse realmente abençoada, nós tínhamos mesmo um círculo completo. Eu tinha um ótimo trabalho, meu marido tinha um ótimo trabalho, eu estava a dois semestres de concluir o MBA, estava grávida e meus pais iam pagar a creche dos dois bebês. Nós começamos a procurar uma casa. Tínhamos um apartamento de dois quartos, mas não acho que 60 m² seriam suficientes com os gêmeos rastejando. Phillip encontrou uma antiga casa de fazenda fora da cidade e embora fosse um pouco mais cara que o nosso orçamento, nós a compramos.


Foi quando as coisas começaram a se desfazer.


Eu nunca quis viver fora de Boston. Eu cresci na confusão e agitação da cidade; achei que tivéssemos o acordo de comprar uma casa na cidade. Mas Phillip foi insistente sobre a fazenda. Eu não gostava que isso adicionasse uma hora ao meu trajeto e 45 minutos até o hospital que escolhemos. Phillip dizia que as mães de primeira viagem tinham longos trabalhos de parto, e não era como se estivéssemos em um lugar remoto. Além disso, eu tinha que admitir que seria bom ter um quintal grande.


Três semanas depois de assinarmos os papéis, descobri que os gêmeos eram um menino e uma menina. Phillip tinha uma expressão estranha em seu rosto. Quando o ultrassom mostrou o primeiro bebê, nosso filho, parecia que ele tinha ganhado na loteria. Quando a imagem mostrou mais para a direita, nossa filha, ele vacilou. Ele olhou como se tivesse levado um soco no estômago, mesmo que apenas por um segundo. Foi tão breve que eu me perguntava se havia imaginado. O técnico em ultrassom nos perguntou se não tínhamos pensado nos nomes. Antes de eu abrir a boca, ele respondeu “Henry Sebastian.” “E para sua filha?” “Ela não tem nome.”


O técnico recuou e eu ri nervosamente. Eu disse que ele realmente estava esperando por um menino, então ele não tinha pensado com muita antecedência. Phillip sorriu e concordou. Eu tentei não pensar em nada disso. Quando chegamos em casa, perguntei sobre a importância do nome Henry Sebastian. Nós nunca tínhamos discutido o nome nem nunca tinha ouvido ele falar que tivesse qualquer preferência.


“Henry Sebastian é um nome de governante. Henry significa poderoso. Sebastian significa reverenciado. Nosso filho será reverenciado e poderoso.” “Tudo bem... e sobre nossa filha?” “Eu não ligo.”


Eu estava perturbada por ele pensar tanto no nome de nosso filho que ainda nem nasceu e não pensar no nome de nossa filha, mas ele esperava tanto por um menino. Ele só precisava de algum tempo para se acostumar com a ideia de ter uma filha, era isso.


Minha mãe e eu começamos a trabalhar na decoração da casa nova. Phillip era exigente com a pintura das paredes, mas ele era amoroso, carinhoso e adorável. Ele massageava meus pés e minhas costa, e muitas vezes colocava a mão na minha barriga cada vez maior. Mamãe e eu escolhemos os berços e decidimos o tema para o quarto: patos amarelos.


Phillip, que era um participante ativo para o resto da casa, era decididamente inativo para o quarto dos bebês. Mamãe disse que era normal. Phillip estava nervoso sobre como se tornar um bom pai, ver o quarto o deixava mais nervoso.


Duas semanas depois, em uma consulta de rotina, minha médica perguntou se queríamos fazer uma amniocentese. Ela disse que iria testar coisas como espinha bífida, síndrome de down e fibrose cística. A Dra. Whiting afirmou muito francamente que, se um ou ambos os gêmeos apresentassem uma anomalia grave, poderíamos escolher por um aborto seletivo. Fiquei horrorizada por esta ser uma opção. Phillip disse que iria manter a mente aberta sobre essa opção em particular. Olhei para ele como se fosse um estranho.


Quando chegamos em casa, eu literalmente gritei do fundo de meus pulmões para ele. Minha garganta doía e eu gritei com muita força.


“Matar um de nossos bebês?! Vá se foder, Phillip!”


“Isabelle, pense nisso. Se um deles for gravemente deformado, você acha que poderá lidar com isso? Com a sua carreira e a minha? Você acha que é justo com a criança? Ela teria uma vida que não é nada, com os testes, médicos e cirurgias. Eu acho que nós precisamos descobrir antes de seguirmos um caminho. Amor, tenho certeza que está tudo bem. Tenho certeza que dentro da sua barriga linda os dois bebês estão bem. Mas eu acho que precisamos manter a cabeça aberta.”


Quanto mais ele falava, mais eu era tranquilizada. Não me dei conta no momento, mas sempre que ele se referia ao bebê que poderia ter um defeito de nascença, nunca era nosso filho, era sempre nossa filha. Se eu tivesse percebido isso, talvez eu estaria segurando dois bebês em vez de um.

_________________________________________________________________________________


CONTINUA...

Um homem que estava desaparecido a 137 anos, reapareceu na delegacia em que eu trabalhava.

Falaram que é o nativo em mim que me torna um bom desvendador de trilhas. Já encontrei 16 pessoas desaparecidas em Nevada, 23 na Califórnica, 49 em Utah e mais centenas em Washington. Descobri que a cidade de Black Lake no estado de Washington é a mais bonita, e é onde eu quero descansar com a mulher que conheci enquanto pescava no lago. Ela foi sortuda em conseguir um emprego como professora da segunda e quarta série da escola fundamental local, eu fui sortudo suficiente para conseguir um emprego no departamento da polícia local e ganhar dinheiro suficiente para provir para minha família, a qual agora incluiu uma bebêzinha também.


A delegacia de Black Lake me colocou em casos de pessoas desaparecidas, os quais haviam vários. Uma cidade desse tamanho deveria ter uma dúzia de desaparecimentos por ano, no máximo. Uma cidade grande deveria ter milhares, mas Black Lake tem uma história de mais de dezenas de milhares de sumiços, o que foi abafado pelos políticos locais. Fiquei sabendo pelo antigo comandante que bairros inteiros sumiam da noite para o dia, e que eu tinha que dar o meu máximo para encontrar algumas dessas pessoas. Mas eu nunca encontrei um desaparecido no meu curto período de estadia em Black Lake.


Em um fim de tarde, enquanto eu estava em um plantão noturno enquanto Rod Serling me falava através da TV em preto e branco sobre o auge do conhecimento e medos dos seres humanos, um homem com com os pés embrulhados, calças bem detonadas e uma camiseta de pijama ao contrário, entrou dentro da delegacia, olhou em volta com um olhar assustado e me pediu um copo d'água.


Levei o homem até a sala de interrogação e servi a ele um copo d'água. Perguntei seu nome, e me respondeu que era Silas MacMurray. Coloquei o nome dele na pesquisa do meu celular, ele observou como se fosse um equipamento alienígena. O nome dele coincidiu com um nos arquivos de desaparecidos. O nome era dos arquivos da antiga delegacia, era um relatório de uma pessoa desaparecida em 1879, o qual estava anexado um lindo desenho feito a mãos do homem em questão, desde o o nariz torto até a barba rala. Era ele ali na minha frente, sem dúvida nenhuma. Silas era um vendedor de máquinas a óleo e bastante amado por sua comunidade, como dizia em sua ficha. Mostrei para ele meu tablet, o qual ele pegou em suas mãos como se fosse uma relíquia sagrada e brilhante. Fico envergonhado em dizer que achei que ele estava drogado quando perguntei como havia chegado ali. Aqui em baixo há uma transcrição da gravação da sala feita as 22:34:


"Acordei em uma noite precisando usar a latrina. Quando lá fora, fui banhado por uma luz branca. Não lembro de mais nada até o quarto rosa, onde vi o pouco que havia para ver: vários escravos como eu separados por galés, todos coletados de zoológicos por todo universo. Algo... me disse que tudo aqui, incluindo humanos, há muito tempo atrás era uma raça inteligente, mantidos em nosso planeta para proteger o... ambiente? Eles pegavam apenas os saudáveis e felizes. Eu estava na segunda galé, a segunda mais difícil de se comunicar - eles apreciavam a primeira galé. Há criaturas acima de nós, me refiro a nós homens, são criaturas de pura luz e energia. Esses que comandam a nave conversam com eles o tempo todo, estão sempre livres. Todos na segunda galé eram escravos como eu. Não sei o que eles fazem com a última galé. Eu já vivi mais de mil anos, senhor, isso posso falar até para Deus. Naquela época, eles me entregaram como um brinquedo, um entretenimento, um animal de estimação. A cada cem anos eles me mandam aqui para baixo por uma noite, pois acham que isso vai me deixar mais feliz, mas não, não me deixa. Então - por favor, me mantenha aqui. Me prenda na sua cela mais resistente, te imploro. Eles não podem me levar novamente, tenho certeza que nunca retornarei. Não sou mais saudável nem feliz."
Com o pedido do senhor MacMurray, eu o levei até a "sala silenciosa", uma cela de concreto acolchoada com uma porta de tranca tripla. Eu dormi sentado em uma cadeira de metal do lado de fora da cela dele, armado com uma espingarda carregada, mas fui acordado por uma luz branca cegante e algo que parecia o som do maior velcro do mundo sendo separado um do outro. Sumiu tão rápido quanto apareceu. Eu destranquei as três trancas da porta e abri para descobrir que Silas havia desaparecido. Demorei duas horas para explicar os eventos daquela noite. Voltei para minha casa cansado, esperando ver minha linda família. Encontrei nada mais que uma casa vazia. Usei todos os recursos que tinha para tentar encontrar minha amada esposa e querida filha, mas no final elas se tornaram apenas mais duas pessoas desaparecidas na cidade de Black Lake.
Elas eram felizes e saudáveis, sabe? Foi por isso que foram levadas, junto com Silas. Acho que, inclusive, Silas estava feliz trancado dentro da cela pois eu disse que ele estaria seguro. Eu nunca serei levado pela nave, pois nunca mais serei feliz.


FONTE

Parem de ser tão medrosos

Não há nada assustador nas florestas. Desculpa, gente. Ou melhor, talvez eu devesse dizer "Desculpa, crianças". Eu entendo. Vocês viram A Bruxa de Blair ou leram alguma "creepypasta" de merda em algum site e, de repente, alguns dos lugares mais lindos do planeta viraram o paraíso de demônios, zumbis ou qualquer outra porcaria que os escritores estejam inventando hoje em dia. Mas, adivinhe só: é tudo coisa da sua imaginação. Olha, lembro como era ser criança. Eu tinha uma mente muito criativa: fantasmas, gnomos, duendes, aliens, blá, blá, blá... Mas sabe o que aconteceu? Eu fiz 13 anos. E vi o mundo real.


Aqui está o motivo para que esse papo furado de "uuuh tenho muito medo de ir em uma floresta" me irrita tanto. Moro perto de um parque estadual. Há várias empresas locais que conseguem prosperar com os grandes números de alpinistas, piqueniques, e os excursionistas que costumam vir na primavera, verão e outono. Mas nos últimos anos, coincidindo perfeitamente com essas crianças e adolescentes chorões que ficam falando uns pros outros quão amedrontados estão, os negócios diminuíram e perdemos muito dinheiro. Sim, sou dono de uma dessas empresas. Uma barraquinha de sorvete.


Eu podia ver a modinha que se formava. Pré-adolescentes pálidos e vestidos de preto que viajavam com seus pais ficavam resmungando que estavam com medo de fazer uma caminhada de um quilometro em uma trilha imaculada porquê teriam árvores assustadoras no caminho. Falavam isso enquanto comiam seus sorvetes. Fiquei pensando o que meu pai fariam se eu tivesse reclamado por ter medo de caminhar ao ar livre por uma tarde. O único sorvete que eu teria ganhado seria para por no meu olho roxo.


E eu perdi grana por causa dessa merda. Meus colegas também perderam dinheiro. Casais se separaram, adolescentes perderam a chance de irem para as faculdades que queriam, e a economia local, sem contar com a renda que conseguiam com os esquiadores no inverno, foi por água abaixo. E tudo isso por causa desses pequenos idiotas que acham que choramingar e se acovardas é mais lindo e desejável do que ser forte e resiliente. Eu choro é pelo meu futuro.


Minha barraca de sorvete deveria ser reaberta no 1º de Abril. Daqui a poucos dias. Mas já estou vendo que vai ser uma temporada brutal. A difusão desses contos online sobre "coisas assustadoras na floresta" e "você não vai acreditar o que descobri nesse diário que encontrei enquanto fazia uma caminhada nas montanhas" só tem crescido. Quando vejo os comentários nesses sites ridículos que estão impregnadas com essas histórias, eu vejo adultos, ADULTOS, falando o quão aterrorizados estão para ir até em seus jardins, pois estão com medo de encontrar um cara magrelo em um terno ou um monstro que irá possuí-los ou algo do tipo.

Garanto que os autores desses lixos não pensaram nem uma vez como sua imprudência destruiria pequenos negócios. Antes de minha esposa morrer, eu olhava pela varanda dos fundos e via famílias fazendo caminhadas nos bosques, crianças pulando de pedra em pedra nos riachos, e pais ensinando seus filhos e filhas como fazer uma fogueira segura usando pedras e gravetos. Agora só vejo bosques parados no tempo e uma economia devastada. Esses bebês chorões conseguiram com sucesso assustar a si mesmos para longe da natureza e ferrar com a subsistência de pessoas reais no processo.

Felizmente, de vez em quanto, vejo famílias passando pela minha casa e fazendo as coisas que todo mundo fazia antes que essa palhaçada de "estou com medo" começasse. Outro dia, pela primeira em três anos, um jovem casal enfrentou a neve derretendo misturada a lama e montou uma barraca nos arredores da minha propriedade. Você sabe o quão feliz fique de finalmente ver pessoas que não estavam com medo de fantasmas ou de florestas assombradas?

Eu devo ter ficado na barraca até o sol sair, aproveitando aquela carne quente e jovem. A mulher morreu instantaneamente, mas o marido ou namorado, sei lá, ficou vivo por horas. O único beneficio de ter poucos turistas ultimamente é que nenhuma alma viva ouviu ele gritando enquanto me assistia comendo os pedaços mais suculentos de sua parceira antes que eu acabasse meu apetite com ele. Outro bônus: Eles estavam em uma barraca! Só precisei enrolá-los e arrastá-los para dentro de casa. Sem barulho, sem confusão.


Depois de toda minha reclamação, tenho que admitir que, encontrar duas pessoas que eram corajosas o suficiente para ir em uma floresta, me faz me sentir melhor. Mostrou que eles não seguiam modinhas e faziam suas próprias coisas, assim como nos velhos tempos. Não compensa os salários perdidos e a economia devastada, mas já me sinto melhor. Pelo menos agora terei carne o suficiente para toda primavera, o que me ajudará aquecer esse meu coração cínico.


FONTE

quarta-feira, 23 de março de 2016

A loira do banheiro: quem foi de fato?


O que seria lenda e o que seria a realidade? Dizem os pesquisadores, que todas as lendas são baseadas em fatos reais. E isso também se aplica às lendas relacionadas ao sobrenatural.


Uma das lendas mais famosas é, com certeza, a da Loira do Banheiro. Esta história é muito contada em escolas da rede pública na cidade de São Paulo. Sua fama é muito grande entre os alunos.


Uma garota muito bonita de cabelos loiros com aproximadamente 15 anos sempre planejava maneiras de matar aula. Uma delas era ficar ao banheiro da escola esperando o tempo passar.


Porém um dia, um acidente terrível aconteceu. A loira escorregou no piso molhado do banheiro e bateu sua cabeça no chão. Ficou em coma e pouco tempo depois veio a morrer.


Mesmo sem a permissão dos pais, os médicos fizeram autópsia na menina para saber a causa de sua morte.


A menina não se conformou com seu fim trágico e prematuro. Sua alma não quis descansar em paz e passou a assombrar os banheiros das escolas. Muitos alunos juram ter visto a famosa loira do banheiro, pálida e com algodão no nariz para evitar que o sangue escorra.


As maneiras de como "invocá-la", segundo a lenda, podem variar. Uns dizem que você deve bater na porta três vezes, dar três descargas insultando a loira e até jogar um fio de cabelo loiro natural no vaso sanitário.


Certo, mas disso todo mundo já sabe. Mas você sabe quem, de fato, foi ela? Leia abaixo e descubra.







A personagem que assombra a imaginação de quem estudas nas escolas do país, seria Maria Augusta, filha do visconde Franciscus D'A Oliveira Borges e da viscondessa Amélia Augusta Cazal. Os boatos são de que ela aparece nos banheiros para os alunos.



Filha de Francisco de Assis de Oliveira Borges, Visconde de Guaratingetá e de sua segunda esposa, Amélia Augusta Cazal, Maria Augusta nasceu no ano de 1866 e teve uma infância privilegiada e um requintado estudo em sua casa, cujas terras ultrapassavam os limites da atual Rua São Francisco.



Sua beleza encantava os ilustres visitantes que passavam pelo vale do Paraíba. Naquela época, a política dos casamentos não levava em conta os sentimentos dos jovens, pois os casamentos eram "arranjados" levando-se em conta na realidade, os interesses dos pais.



Uma nítida conotação de transação simplesmente econômica ou meramente política, teria levado o Visconde de Guaratinguetá a unir no dia 1 de Abril de 1879 sua filha Maria Augusta com apenas quatorze anos de idade com um ilustre conselheiro do Império, Dr. Francisco Antônio Dutra Rodrigues, vinte e um anos mais velho que a bela jovem.



Como era previsível, surgiram divergências entre Maria Augusta e seu marido, o Dr. Dutra Rodrigues, devido também à sua pouca idade, fazendo com que os pensamentos e ideais dos casal fossem diferentes.
Devido à esses problemas, Maria Augusta deixa a companhia do marido em São Paulo e foge para a Europa na companhia de um titular do Império e alto ministro das finanças do reino, passando a residir em Paris na Rua Alphones de Neuville.



Maria Augusta assume definitivamente a alta sociedade parisiense abrilhantando bailes com sua beleza, elegância e juventude.



Maria Augusta prolonga sua estada na França até que no dia 22 de Abril de 1891, com apenas 26 anos de idade vem a falecer, sendo que para alguns, devido à pneumonia, e para outros a causa foi a hidrofobia.



Diz a história que um espelho se quebrou na casa de seus pais em Guaratinguetá no mesmo momento em que Maria Augusta morreu. Seu atestado de óbito desapareceu com os primeiro livro do cemitério dos Passos de Guaratinguetá, levando consigo a verdade sobre a morte de Maria Augusta.



Para o transporte do seu corpo ao Brasil, focam guardados dentro de seu tórax as jóias que restaram e pequenos pertences de valor, e foi colocado algodão em seu corpo para evitar os resíduos.



Conta-se, também, que, durante o caminho, os pertences guardados em seu cadáver foram roubados. Enquanto o corpo de Maria Augusta era transportado, sua mãe, inconsolada, decidiu construir uma pequena capela no Cemitério Municipal de Guaratinguetá para abrigar a filha, com os dizeres: “Eterno Amor Maternal”.



Quando o corpo da filha chegou ao palacete da família, sua mãe o colocou em um dos quartos para visitação pública e assim ficou por algumas semanas durante a construção da capela.



O corpo da menina, que estava em uma urna de vidro, não sofria com o tempo e ela sempre aparentava estar apenas dormindo. Depois a mãe negou-se a sepultar o corpo da filha devido a seu arrependimento, mesmo quando a capela ficou pronta.



Até que um dia, após muitos sonhos com a filha morta, pedido para ser enterrada e dizendo que não era uma santa ou coisa parecida para ficar sendo exposta, e da insistência da família, a mãe consentiu em sepultá-la.



A casa onde residiu a família e onde Maria Augusta nasceu tornou-se mais futuramente um colégio estadual. Algumas pessoas afirmam terem visto o espírito de Maria Augusta andando por lá.


A lenda conta que Maria Augusta caminha até hoje pelos corredores do colégio. Suas conhecidas aparições nos banheiros são por conta da sede que seu espírito sente por ter sido colocado algodão em suas narinas e boca.


Dizem que devido à esse acontecimento, ela passa pelos banheiros das escolas para abrir as torneiras e beber água, e que quando isso acontece é possível sentir seu perfume e ouvir seu vestido deslizar pelo chão, além de ser possível avistar sua silhueta pelas janelas.



Nenhum relato de atos de maldade cometida por ela foram comentados, apenas breves aparições pelos banheiros e corredores onde deixa no ar um leve perfume (o mesmo que usava em Paris). Também há o relato de uma funcionária da Escola que a ouviu tocar piano.



No cemitério onde foi construída a capelinha para seu sepuultamento, sendo mais exatamente um lindo mausoléu branco à esquerda do portão de entrada do cemitério dos Passos, também se ouvem relatos do avistamento de sua silhueta passando por entre os túmulos do cemitério, e ao mesmo tempo que um doce perfume predomina no ar, além do barulho do arrastar de tecido pelo chão.



Um grupo de espíritas kardecistas, estudando o caso, afirmou que Maria Augusta não teve consciência da própria morte e vaga pela casa onde sempre viveu em busca dos parentes até os dias de hoje, onde é uma escola.



Por isso, cuidado quando estiver só em um banheiro de uma escola, principalmente às altas horas da noite, você poderá ter uma surpresa altamente agradável!



Abaixo o colégio Conselheiro Rodrigues Alves, em Guaratinguetá/SP, local onde fora a casa de Maria Augusta Oliveira Borges.






Créditos da História ao Sobrenatural

Vísceras +18

Inspire.

Inspire o máximo de ar que conseguir. Essa história deve durar aproximadamente o tempo que você consegue segurar sua respiração, e um pouco mais. Então escute o mais rápido que puder.

Um amigo meu aos 13 anos ouviu falar sobre “fio-terra”. Isso é quando alguém enfia um consolo na bunda. Estimule a próstata o suficiente, e os rumores dizem que você pode ter orgasmos explosivos sem usar as mãos. Nessa idade, esse amigo é um pequeno maníaco sexual. Ele está sempre buscando uma melhor forma de gozar. Ele sai para comprar uma cenoura e lubrificante. Para conduzir uma pesquisa particular. Ele então imagina como seria a cena no caixa do supermercado, a solitária cenoura e o lubrificante percorrendo pela esteira o caminho até o atendente no caixa. Todos os clientes esperando na fila, observando. Todos vendo a grande noite que ele preparou.

Então, esse amigo compra leite, ovos, açúcar e uma cenoura, todos os ingredientes para um bolo de cenoura. E vaselina.

Como se ele fosse para casa enfiar um bolo de cenoura no rabo.

Em casa, ele corta a ponta da cenoura com um alicate. Ele a lubrifica e desce seu traseiro por ela. Então, nada. Nenhum orgasmo. Nada acontece, exceto pela dor.

Então, esse garoto, a mãe dele grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para descer, naquele momento.

Ele remove a cenoura e coloca a coisa pegajosa e imunda no meio das roupas sujas debaixo da cama.

Depois do jantar, ele procura pela cenoura, e não está mais lá. Todas as suas roupas sujas, enquanto ele jantava, foram recolhidas por sua mãe para lavá-las. Não havia como ela não encontrar a cenoura, cuidadosamente esculpida com uma faca da cozinha, ainda lustrosa de lubrificante e fedorenta.

Esse amigo meu, ele espera por meses na surdina, esperando que seus pais o confrontem. E eles nunca fazem isso. Nunca. Mesmo agora que ele cresceu, aquela cenoura invisível aparece em toda ceia de Natal, em toda festa de aniversário. Em toda caça de ovos de páscoa com seus filhos, os netos de seus pais, aquela cenoura fantasma paira por sobre todos eles. Isso é algo vergonhoso demais para dar um nome.

As pessoas na França possuem uma expressão: “sagacidade de escadas.” Em francês: esprit de l’escalier. Representa aquele momento em que você encontra a resposta, mas é tarde demais. Digamos que você está numa festa e alguém o insulta. Você precisa dizer algo. Então sob pressão, com todos olhando, você diz algo estúpido. Mas no momento em que sai da festa… enquanto você desce as escadas, então – mágica. Você pensa na coisa mais perfeita que poderia ter dito. A réplica mais avassaladora.

Esse é o espírito da escada.

O problema é que até mesmo os franceses não possuem uma expressão para as coisas estúpidas que você diz sob pressão. Essas coisas estúpidas e desesperadas que você pensa ou faz.

Alguns atos são baixos demais para receberem um nome. Baixos demais para serem discutidos.

Agora que me recordo, os especialistas em psicologia dos jovens, os conselheiros escolares, dizem que a maioria dos casos de suicídio adolescente eram garotos se estrangulando enquanto se masturbavam. Seus pais os encontravam, uma toalha enrolada em volta do pescoço, a toalha amarrada no suporte de cabides do armário, o garoto morto. Esperma por toda a parte. É claro que os pais limpavam tudo. Colocavam calças no garoto. Faziam parecer… melhor. Ao menos, intencional. Um caso comum de triste suicídio adolescente.

Outro amigo meu, um garoto da escola, seu irmão mais velho na Marinha dizia como os caras do Oriente Médio se masturbavam de forma diferente do que fazemos por aqui. Esse irmão tinha desembarcado num desses países cheios de camelos, onde o mercado público vendia o que pareciam abridores de carta chiques. Cada uma dessas coisas é apenas um fino cabo de latão ou prata polida, do comprimento aproximado de sua mão, com uma grande ponta numa das extremidades, ou uma esfera de metal ou uma dessas empunhaduras como as de espadas. Esse irmão da Marinha dizia que os árabes ficavam de pau duro e inseriam esse cabo de metal dentro e por toda a extremidade de seus paus. Eles então batiam punheta com o cabo dentro, e isso os fazia gozar melhor. De forma mais intensa.

Esse irmão mais velho viajava pelo mundo, mandando frases em francês. Frases em russo. Dicas de punhetagem.

Depois disso, o irmão mais novo, um dia ele não aparece na escola. Naquela noite, ele liga pedindo para eu pegar seus deveres de casa pelas próximas semanas. Porque ele está no hospital.

Ele tem que compartilhar um quarto com velhos que estiveram operando as entranhas. Ele diz que todos compartilham a mesma televisão. Que a única coisa para dar privacidade é uma cortina. Seus pais não o vem visitar. No telefone, ele diz como os pais dele queriam matar o irmão mais velho da Marinha.

Pelo telefone, o garoto diz que, no dia anterior, ele estava meio chapado. Em casa, no seu quarto, ele deitou-se na cama. Ele estava acendendo uma vela e folheando algumas revistas pornográficas antigas, preparando-se para bater uma. Isso foi depois que ele recebeu as notícias de seu irmão marinheiro. Aquela dica de como os árabes se masturbam. O garoto olha ao redor procurando por algo que possa servir. Uma caneta é grande demais. Um lápis, grande demais e áspero. Mas escorrendo pelo canto da vela havia um fino filete de vela derretida que poderia servir. Com as pontas dos dedos, o garoto descola o filete da vela. Ele o enrola na palma de suas mãos. Longo, e liso, e fino.

Chapado e com tesão, ele enfia lá dentro, mais e mais fundo por dentro do canal urinário de seu pau. Com uma boa parte da cera ainda para fora, ele começa o trabalho.

Até mesmo nesse momento ele reconhece que esses árabes eram caras muito espertos.

Eles reinventaram totalmente a punheta. Deitado totalmente na cama, as coisas estão ficando tão boas que o garoto nem observa a filete de cera. Ele está quase gozando quando percebe que a cera não está mais lá.

O fino filete de cera entrou. Bem lá no fundo. Tão fundo que ele nem consegue sentir a cera dentro de seu pau.

Das escadas, sua mãe grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para ele descer naquele momento. O garoto da cenoura e o garoto da cera eram pessoas diferentes, mas viviam basicamente a mesma vida.

Depois do jantar, as entranhas do garoto começam a doer. É cera, então ele imagina que ela vá derreter dentro dele e ele poderá mijar para fora. Agora suas costas doem. Seus rins. Ele não consegue ficar ereto corretamente.

O garoto falando pelo telefone do seu quarto de hospital, no fundo pode-se ouvir campainhas, pessoas gritando. Game shows.

Os raios-X mostram a verdade, algo longo e fino, dobrado dentro de sua bexiga. Esse longo e fino V dentro dele está coletando todos os minerais no seu mijo. Está ficando maior e mais espesso, coletando cristais de cálcio, está batendo lá dentro, rasgando a frágil parede interna de sua bexiga, bloqueando a urina. Seus rins estão cheios. O pouco que sai de seu pau é vermelho de sangue.

O garoto e seus pais, a família inteira, olhando aquela chapa de raio-X com o médico e as enfermeiras ali, um grande V de cera brilhando na chapa para todos verem, ele deve falar a verdade. Sobre o jeito que os árabes se masturbam. Sobre o que o seu irmão mais velho da Marinha escreveu.

No telefone, nesse momento, ele começa a chorar.

Eles pagam pela operação na bexiga com o dinheiro da poupança para sua faculdade. Um erro estúpido, e agora ele nunca mais será um advogado.

Enfiando coisas dentro de você. Enfiando-se dentro de coisas. Uma vela no seu pau ou seu pescoço num nó, sabíamos que não poderia acabar em problemas.

O que me fez ter problemas, eu chamava de Pesca Submarina. Isso era bater punheta embaixo d’água, sentando no fundo da piscina dos meus pais. Pegando fôlego, eu afundava até o fundo da piscina e tirava meu calção. Eu sentava no fundo por dois, três, quatro minutos.

Só de bater punheta eu tinha conseguido uma enorme capacidade pulmonar. Se eu tivesse a casa só para mim, eu faria isso a tarde toda. Depois que eu gozava, meu esperma ficava boiando em grandes e gordas gotas.

Depois disso eram mais alguns mergulhos, para apanhar todas. Para pegar todas e colocá-las em uma toalha. Por isso chamava de Pesca Submarina. Mesmo com o cloro, havia a minha irmã para se preocupar. Ou, Cristo, minha mãe.

Esse era meu maior medo: minha irmã adolescente e virgem, pensando que estava ficando gorda e dando à luz a um bebê retardado de duas cabeças. As duas parecendo-se comigo. Eu, o pai e o tio. No fim, são as coisas com as quais você não se preocupa que te pegam.

A melhor parte da Pesca Submarina era o duto da bomba do filtro. A melhor parte era ficar pelado e sentar nela.

Como os franceses dizem, Quem não gosta de ter seu cu chupado? Mesmo assim, num minuto você é só um garoto batendo uma, e no outro nunca mais será um advogado.

Num minuto eu estou no fundo da piscina e o céu é um azul claro e ondulado, aparecendo através de dois metros e meio de água sobre minha cabeça. Silêncio total exceto pelas batidas do coração que escuto em meu ouvido. Meu calção amarelo-listrado preso em volta do meu pescoço por segurança, só em caso de algum amigo, um vizinho, alguém que apareça e pergunte porque faltei aos treinos de futebol. O constante chupar da saída de água me envolve enquanto delicio minha bunda magra e branquela naquela sensação.

Num momento eu tenho ar o suficiente e meu pau está na minha mão. Meus pais estão no trabalho e minha irmã no balé. Ninguém estará em casa por horas.

Minhas mãos começam a punhetar, e eu paro. Eu subo para pegar mais ar. Afundo e sento no fundo. Faço isso de novo, e de novo.

Deve ser por isso que garotas querem sentar na sua cara. A sucção é como dar uma cagada que nunca acaba. Meu pau duro e meu cu sendo chupado, eu não preciso de mais ar. O bater do meu coração nos ouvidos, eu fico no fundo até as brilhantes estrelas de luz começarem a surgir nos meus olhos. Minhas pernas esticadas, a batata das pernas esfregando-se contra o fundo. Meus dedos do pé ficando azul, meus dedos ficando enrugados por estar tanto tempo na água.

E então acontece. As gotas gordas de gozo aparecem. É nesse momento que preciso de mais ar. Mas quando tento sair do fundo, não consigo. Não consigo colocar meus pés abaixo de mim. Minha bunda está presa.

Médicos de plantão de emergência podem confirmar que todo ano cerca de 150 pessoas ficam presas dessa forma, sugadas pelo duto do filtro de piscina. Fique com o cabelo preso, ou o traseiro, e você vai se afogar. Todo o ano, muita gente fica. A maioria na Flórida.

As pessoas simplesmente não falam sobre isso. Nem mesmo os franceses falam sobre tudo. Colocando um joelho no fundo, colocando um pé abaixo de mim, eu empurro contra o fundo. Estou saindo, não mais sentado no fundo da piscina, mas não estou chegando para fora da água também.

Ainda nadando, mexendo meus dois braços, eu devo estar na metade do caminho para a superfície mas não estou indo mais longe que isso. O bater do meu coração no meu ouvido fica mais alto e mais forte.

As brilhantes fagulhas de luz passam pelos meus olhos, e eu olho para trás… mas não faz sentido. Uma corda espessa, algum tipo de cobra, branco-azulada e cheia de veias, saiu do duto da piscina e está segurando minha bunda. Algumas das veias estão sangrando, sangue vermelho que aparenta ser preto debaixo da água, que sai por pequenos cortes na pálida pele da cobra. O sangue começa a sumir na água, e dentro da pele fina e branco-azulada da cobra é possível ver pedaços de alguma refeição semi-digerida.

Só há uma explicação. Algum horrível monstro marinho, uma serpente do mar, algo que nunca viu a luz do dia, estava se escondendo no fundo escuro do duto da piscina, só esperando para me comer.

Então… eu chuto a coisa, chuto a pele enrugada e escorregadia cheia de veias, e parece que mais está saindo do duto. Deve ser do tamanho da minha perna nesse momento, mas ainda segurando firme no meu cu. Com outro chute, estou a centímetros de conseguir respirar. Ainda sentindo a cobra presa no meu traseiro, estou bem próximo de escapar.

Dentro da cobra, é possível ver milho e amendoins. E dá pra ver uma brilhante esfera laranja. É um daqueles tipos de vitamina que meu pai me força a tomar, para poder ganhar massa. Para conseguir a bolsa como jogador de futebol. Com ferro e ácidos graxos Ômega 3.

Ver essa pílula foi o que me salvou a vida. Não é uma cobra. É meu intestino grosso e meu cólon sendo puxados para fora de mim. O que os médicos chamam de prolapso de reto. São minhas entranhas sendo sugadas pelo duto.

Os médicos de plantão de emergência podem confirmar que uma bomba de piscina pode puxar 300 litros de água por minuto. Isso corresponde a 180 quilos de pressão. O grande problema é que somos todos interconectados por dentro. Seu traseiro é apenas o término da sua boca. Se eu deixasse, a bomba continuaria a puxar minhas entranhas até que chegasse na minha língua. Imagine dar uma cagada de 180 quilos e você vai perceber como isso pode acontecer.

O que eu posso dizer é que suas entranhas não sentem tanta dor. Não da forma que sua pele sente dor. As coisas que você digere, os médicos chamam de matéria fecal. No meio disso tudo está o suco gástrico, com pedaços de milho, amendoins e ervilhas.

Essa sopa de sangue, milho, merda, esperma e amendoim flutua ao meu redor. Mesmo com minhas entranhas saindo pelo meu traseiro, eu tentando segurar o que restou, mesmo assim, minha vontade é de colocar meu calção de alguma forma.

Deus proíba que meus pais vejam meu pau.

Com uma mão seguro a saída do meu rabo, com a outra mão puxo o calção amarelo-listrado do meu pescoço. Mesmo assim, é impossível puxar de volta.

Se você quer sentir como seria tocar seus intestinos, compre um camisinha feita com intestino de carneiro. Pegue uma e desenrole. Encha de manteiga de amendoim. Lubrifique e coloque debaixo d’água. Então tente rasgá-la. Tente partir em duas. É firme e ao mesmo tempo macia. É tão escorregadia que não dá para segurar.

Uma camisinha dessas é feita do bom e velho intestino.

Você então vê contra o que eu lutava.

Se eu largo, sai tudo.

Se eu nado para a superfície, sai tudo.

Se eu não nadar, me afogo.

É escolher entre morrer agora, e morrer em um minuto.

O que meus pais vão encontrar depois do trabalho é um feto grande e pelado, todo curvado. Mergulhado na água turva da piscina de casa. Preso ao fundo por uma larga corda de veias e entranhas retorcidas. O oposto do garoto que se estrangula enquanto bate uma. Esse é o bebê que trouxeram para casa do hospital há 13 anos. Esse é o garoto que esperavam conseguir uma bolsa de jogador de futebol e eventualmente um mestrado. Que cuidaria deles quando estivessem velhinhos. Seus sonhos e esperanças. Flutuando aqui, pelado e morto. Em volta dele, gotas gordas de esperma.

Ou isso, ou meus pais me encontrariam enrolado numa toalha encharcada de sangue, morto entre a piscina e o telefone da cozinha, os restos destroçados das minhas entranhas para fora do meu calção amarelo-listrado.

Algo sobre o que nem os franceses falam. Aquele irmão mais velho na Marinha, ele ensinou uma outra expressão bacana. Uma expressão russa. Do jeito que nós falamos “Preciso disso como preciso de um buraco na cabeça…”, os russos dizem, “Preciso disso como preciso de dentes no meu cu…”

Mne eto nado kak zuby v zadnitse.

Essas histórias de como animais presos em armadilhas roem a própria perna fora, bem, qualquer coiote poderá te confirmar que algumas mordidas são melhores que morrer.

Droga… mesmo se você for russo, um dia vai querer esses dentes.

Senão, o que você pode fazer é se curvar todo. Você coloca um cotovelo por baixo do joelho e puxa essa perna para o seu rosto. Você morde e rói seu próprio cu. Se você ficar sem ar você consegue roer qualquer coisa para poder respirar de novo.

Não é algo que seja bom contar a uma garota no primeiro encontro. Não se você espera por um beijinho de despedida. Se eu contasse como é o gosto, vocês não comeriam mais frutos do mar.

É difícil dizer o que enojaria mais meus pais: como entrei nessa situação, ou como me salvei. Depois do hospital, minha mãe dizia, “Você não sabia o que estava fazendo, querido. Você estava em choque.” E ela teve que aprender a cozinhar ovos pochê.

Todas aquelas pessoas enojadas ou sentindo pena de mim…

Precisava disso como precisaria de dentes no cu.

Hoje em dia, as pessoas sempre me dizem que eu sou magrinho demais. As pessoas em jantares ficam quietas ou bravas quando não como o cozido que fizeram. Cozidos podem me matar. Presuntadas. Qualquer coisa que fique mais que algumas horas dentro de mim, sai ainda como comida. Feijões caseiros ou atum, eu levanto e encontro aquilo intacto na privada.

Depois que você passa por uma lavagem estomacal super-radical como essa, você não digere carne tão bem. A maioria das pessoas tem um metro e meio de intestino grosso. Eu tenho sorte de ainda ter meus quinze centímetros. Então nunca consegui minha bolsa de jogador de futebol. Nunca consegui meu mestrado. Meus dois amigos, o da cera e o da cenoura, eles cresceram, ficaram grandes, mas eu nunca pesei mais do que pesava aos 13 anos.

Outro problema foi que meus pais pagaram muita grana naquela piscina. No fim meu pai teve que falar para o cara da limpeza da piscina que era um cachorro. O cachorro da família caiu e se afogou. O corpo sugado pelo duto. Mesmo depois que o cara da limpeza abriu o filtro e removeu um tubo pegajoso, um pedaço molhado de intestino com uma grande vitamina laranja dentro, mesmo assim meu pai dizia, “Aquela porra daquele cachorro era maluco.”

Mesmo do meu quarto no segundo andar, podia ouvir meu pai falar, “Não dava para deixar aquele cachorro sozinho por um segundo…”

E então a menstruação da minha irmã atrasou.

Mesmo depois que trocaram a água da piscina, depois que vendemos a casa e mudamos para outro estado, depois do aborto da minha irmã, mesmo depois de tudo isso meus pais nunca mencionaram isso novamente.

Nunca.

Essa é a nossa cenoura invisível.

Você.

Agora você pode respirar.

Eu ainda não.

terça-feira, 22 de março de 2016

Dark Ghost

(Olá seres obscuros,como estão?Tem tido pesadelos a noite?
Estou voltando a postar no blog e,olhando em um dos comentários feitos no blog,vi que pediram para que uma creepypasta "recém achada" fosse "passada pra frente",que a divulgasse para ser conhecida,então aceitando o pedido,estou aqui a postando no blog,abaixo está a creepypasta(entre asterísticos são os comentários da dona da postagem no blog,o link esatá no fim da postagem para visitarem ele).
Boa Leitura ^^

*Antes de tudo que deixar claro, que a origem dessa história é desconhecida e ela parou em minhas mãos ao acaso, nem eu mesma sei de onde ela surgiu. A carta foi escrita por Dark Ghost e o resto é uma manchete de um jornal local que também me é desconhecido.
A história não foi modificada e queria manter do mesmo modo que a achei.*



"Tudo aconteceu quando eu tinha cinco anos, meus pais decidiram se mudar para a nossa casa própria.

Todos nós estávamos muito felizes, conhecemos muito terrenos e um dia papai chegou dizendo que achou o perfeito.

No sábado fomos visitar o tal terreno, era enorme. E ficava num bom bairro. Seguro e todos se conheciam, era perfeito para nossa família pequena.

Eu gostei do lugar, era imenso! Eu poderia brincar em todo esse pátio. Muito melhor que nosso pequeno e limitado apartamento alugado.

Mas o lugar estava abandonado fazia anos, a grama devia ter uns 1,30 ou mais de altura, e eu sempre fui pequena. Então meu pai me levou nos ombros.

Tinha uma pequena cabana de madeira rústica, sem nada, nem móveis. O cheiro era horrível, mofo e algo podre. Tinha uma única sala e um quarto, pois tinha um até então desconhecido beliche de madeira podre com colchões manchados de algo preto.

Me lembro, que eu era uma criança curiosa, e logo subi no beliche. Minha mãe me puxou na hora e me tirou de lá brigando comigo.

Tinha uma coisa que eu me lembro muito bem da minha mãe, ela sempre parecia saber de tudo. Como uma vidente, e ela não gostava de um pouquinho de certas coisas que eu falava. Isso sempre foi uma curiosidade minha, como ela sabia de tudo isso?

Eu fiquei emburrada, e fui dar uma volta pela cabana, estava muito escuro. E a porta aberta não iluminava tudo.

Eu tinha achado uma espécie de porta secreta, quando meu pai me puxou dizendo que achará algo muito legal ali para mim.

Eu esqueci da tal porta na hora, e fiquei perguntando o que era, até ele me entregar um pingente velho de metal. Era uma estrela, bem simples.

Mamãe prometeu que iria limpar e eu poderia usá-la. Fomos embora e papai nos levou em um restaurante, foi um dia agradável aquele.

De noite eu saía do banho, quando mamãe me mostrou o pingente, agora numa corrente de prata que ela tinha.

Era lindo, e parecia novo. Eu quis usá-lo na hora, e nunca mais o tirei.

Alguns dias depois compramos o terreno, e começaram a construir a nova casa. Foi um rebuliço na época, fazia muito tempo que ninguém se mudava para aquele bairro, e também ninguém sabia a história daquele terreno.

Nos mudamos para lá, a casa tinha três andares, meu quarto ficava no segundo. Eu amava aquela casa, era um sonho para mim. E naquela época nossa família estava enriquecendo e eu ganhava muitos presentes.

Eu não gostava muito de ganhar tantos brinquedos, eu não tinha com quem brincar. Meus pais passavam o dia inteiro trabalhando e eu ficava com a babá, que era uma senhora chata.

E naquele bairro não tinha crianças com a minha idade, na verdade todos tinha de dezoito para cima. Eu ficava sozinha muito tempo.

Algum tempo depois do meu aniversário de seis anos, um amigo de meu pai tinha uma neta que vinha aos verões ficar com ele e a avó.

Nos tornamos amigas na hora, e todos os dias desde cedo brincávamos e as vezes passávamos a noite na casa da outra.

Eu tinha começado a estudar e tinha amigas, minha vida era mais alegre. Mas quando eu fiz oito anos a felicidade acabou.

Meu pai acabou por fazer uns negócios escondidos e como seguro estava nossa casa. Perdemos nosso único bem precioso e a família se afundou em dívidas, na mesma época que minha mãe perdeu o emprego.

Eu sempre me lembro das discussões dos meus pais, que as vezes meu pai batia em minha mãe e se eu vinha defende-la apanhava também.

Acabamos ficando na casa, agora sob aluguel. As brigas acabaram, ou eles brigavam sem que eu visse.

Mas mesmo assim já era tarde, às vezes conflitos familiares poderiam acabar com uma criança, era o que os médicos diziam e foi exatamente o que aconteceu comigo.

Eu perdi amigos e tive que trocar de colégio, uma total desconhecida em um lugar diferente. Eu não conseguia fazer amigos, e sentava no fundo da sala.

Às vezes eles me trancavam na sala de aula, e só me tiravam quando a segunda turma vinha estudar. Outras eles batiam em mim, tacavam bolinhas de papel e pedras, e me derrubavam.

Minha mãe sempre me perguntava o por que dos meus ferimentos e eu mentia que eu me machucava brincando.

Então comecei a usar roupas escuras e largas, para esconder meus hematomas, machucados e que eu tinha anorexia.

Eu procurava maneiras de me distrair sozinha, já que minha única amiga. A neta do amigo de meu pai também chamada de Anna acabou por ir para o meu colégio. E ela ficou popular, então para que ser amiga da estranha e perdedora do colégio?

Quando fiz treze anos, tudo mudou drasticamente. Fazia alguns meses que mamãe voltará a trabalhar e me deu um celular para nos comunicarmos.

Eu colocava músicas e escutava enquanto escrevia em meu fichário. Eu sempre gostei de escrever sobre mim, mesmo que minha vida fosse horrível.

Logo comecei a ter pesadelos com um garoto misterioso, eu nunca me lembrei de fato os sonhos ou o nome do garoto. Mas eu lembrava dele: olhos verdes intensos, pálido como papel e alto.

Fiquei espantada, eu tinha imaginação para esse tipo de sonho? Logo comecei a escrever sobre isso e desenha-lo.

Mas tudo piorou, comecei a vê-lo em todo o lugar! Nas aulas, colégio, em casa! Em todos os lugares.

E ele nunca fala comigo, apenas me observa. Eu tento falar com ele, mas nunca obtenho uma resposta.

Acho que estou completamente louca!

Aguentei meu observador por semanas, até que as poucos ele parou. Nunca fiquei tão feliz.

E aos poucos esqueci de tudo, mas piorou novamente.

Fiquei com uma terrível sensação de ser observada, principalmente quando estava no meu quarto. Eu já estava cansada de olhar para todos os lados atrás de alguém invisível.

Quando eu já tinha quatorze e já estava acostumada com a sensação de ser observada.

Era uma segunda-feira e eu estava fazendo meu dever de casa, quando ouvi um barulho vindo do sótão.

Fiquei assustada e peguei uma lanterna e subi até lá.

Não parecia ter nada lá, talvez algo tivesse caído. Tudo estava em perfeita ordem.

Liguei a lâmpada e olhei a volta, em um canto estava uma entidade alta e vestida com um manto negro.

Fiquei paralisada de medo e desliguei a luz e fechei a porta num estrondo. Tranquei e nunca mais entrei, nem passei no corredor que levava ao sótão.

Depois desse dia não conseguia dormir direito, eu tinha olheiras enormes e dormia durante as aulas.

O único lugar seguro para mim, era o colégio, mesmo eu sendo o alvo de todas as maldades dos alunos.

Mas eu sempre acabava sendo pega por um professor ou entrega por um aluno maligno. E ficava de castigo ou detenção depois da aula.

E eu ficava muito grata por isso, era ótimo não ir para casa e ter que viver com medo e sozinha.

Mas chegava o momento que eu abria o portão e a porta, eu ia para o Inferno por livre e espontânea vontade todos os dias.

Eu estava escrevendo em meu fichário, quando vi algo na minha frente. Segurei a caneta com força e olhei para cima. Era apenas aquele garoto misterioso.

Eu olhei para ele assustada, e ele falou comigo pela primeira vez. E assim comecei a falar com um espírito.

Com o tempo comecei a gostar dele, e ele me contou que viveu com sua família há mais de cinquenta anos, e até que aquele pingente que eu usava era dele.

Eu me ofereci para devolver o pingente e ele recusou, alegando que estava me dando de presente.

Eu já tinha perdido a desconfiança por ele, e confiava nele. E um dia ele disse que me amava, eu chorei e disse que também gostava dele.

Mas como ficaríamos juntos? Ele era um espírito de um adolescente morto e eu uma adolescente viva.

Ele disse que tinha um ritual para revivê-lo, e eu aceitei sem pensar duas vezes.

Eu tinha apenas que escrever meu nome num papel e pôr meu sangue. Pronto, fiz isso e nada aconteceu.

Ele sumiu por dias, não vi ele nunca mais e fiquei desconfiada, mas.. logo procurei na internet e descobri que dei minha alma. Eu iria morrer em breve.

Comecei a chorar e fiquei sem sair de casa por um bom tempo. Comecei a ler algo chamado creepypasta, eu gostei. Eram assassinos que enlouquecem e saem matando.

Aquilo me deu uma ideia, a noite peguei uma faca de cozinha e coloquei uma calça preta e um moletom também preto.

Sai andando e vi um rapaz do meu colégio, ele era um dos populares. Seus cabelos caíam em seus rosto. Já era tarde.

Ele sorriu ao me ver, e soltou alguma cantada idiota. Eu fingi estar interessada e ele tentou me beijar, mas eu fui rápida e cortei sua garganta.

Ele morreu na hora, e comecei a esquartejar seu corpo sem vida. E depois fugi.

Ao chegar em casa lavei minhas roupas e a faca e fui dormir como sempre.

Na manhã seguinte, eu saí do quarto e fui comprar um jornal para ver as notícias e ouvi todos dizendo do brutal assassinato.

Eu amei aquele estranho prazer, e ver todos com medo fez eu sorrir muito. Mas eu tinha que me vingar de uma pessoa, mesma ela estando morta, ou não.

A noite fiz um ritual para invocar o garoto, que surgiu. Ele parecia apavorado ao me ver.

- O que você está fazendo? - ele perguntou.

- Sabe uma coisa que foi errada nesse ritual? A faca não era virgem! Não foi minha alma dada. - meu sorriso se alargou. - Mas o que restava da minha sanidade!

- E o que você quer? Me matar? - ele pergunta.

- Não. Só devolver sua alma para o lugar certo. - quando cortei meu pulso e o sangue pingou no pentagrama ele gritou e sua alma voltou ao seu lugar.

No meu pingente. A noite esperei meus pais, e assim que eles chegaram me vesti. A calça preta, a regata com uma caveira e o moletom preto. E por fim meu all'star de cano médio preto.

Fui ao quarto dos dois e os matei. Com o sangue deles escrevi na parede e fugi para nunca mais voltar.

Era o meu adeus a minha antiga vida, e o começo da minha vida como assassina."


No dia seguinte as reportagens eram sobre a família Campbell brutalmente assassinada, sobre a parede a frase: "I'm dead?" (Eu estou morta?)

A culpa do assassinato de Linda e Mark Campbell e o adolescente caíram sobre a única filha do casal que estava desaparecida: Emma Campbell de quatorze anos. Também tinha a suspeita que ela tinha sido sequestrada.

Mas a cidade viveu momentos de terror com a assassina, que todos descreviam ter longos cabelos em cachos castanhos e olhos castanhos, pálida como um fantasma, baixa e vestida de negro. Parecia jovem e tinha os olhos borrados de lápis ou tinta preta.

Primeiramente ela usava facas, mas quando a fama de Dark Ghost, como era chamada. Veio a tona ao descobrirem que sua arma é uma foice.

E só tem uma coisa que Dark Ghost procura em sua vida: sua próxima vítima.



Fonte:Meu diário de roqueira

O CANAL INFINITO



Existe uma lenda que circula em torno da indústria televisiva.

Trata-se do Canal ∞, é difícil acessa-lo, mas não impossível e ,os relatos dos que conseguiram, são variados. Dizem que grandes figuras conseguiram acessa-lo, e isso foi a verdadeira razão de seu sucesso. É um ritual que pode te revelar informações preciosas, pode te mostrar o caminho do poder, mas também pode ter suas consequências.

Eu vou lhe dizer como chegar lá e então o que fazer.

Primeiramente você vai precisar de:

Uma televisão, de preferência uma analógica ou a mais antiga que conseguir.
Um controle remoto, não precisa ser exatamente o controle da televisão, pode ser de qualquer outra.

Ligue a TV e coloque em qualquer canal estático, ou que apenas esteja em tela azul ou preta. Basicamente só colocar em algum canal que não receba sinal.

Saia de sua casa por três horas, mas mantenha a TV ligada. Se tiver outra pessoa na casa, deve sair com você. Também é importante e recomendado chamar outros amigos quando voltar à sua casa.

Durante essas três horas, você precisará adquirir alguns itens. Nenhum deles é obrigatório, mas podem serão úteis. Vou listar os itens em ordem de importância.



Um item muito querido por você;
Dois espelhos. Devem ser pequenos, como espelhos de bolso;
Uma faca , de pelo menos 25 cm;
Um livro que você já leu;
Um aparelho de celular;
Uma chave;
Um martelo ou marreta;


Após se passarem às três horas, retorne à sua casa e para o quarto ou sala onde a TV está.

Feche a porta.

Olhe fixamente para tela de estática até se sentir desorientado ou tonto.

Chame seus amigos para entrar.


Dê o item querido por você para a pessoa na qual você mais se preocupa, em seguida, peça para que todos se retirem. Se você não pegou um item querido, você deve sussurrar algum segredo em seu ouvido.

Peça para que todos saiam da sala e que de forma alguma, não abram a porta novamente, não importe o que aconteça, não importe o que eles escutem, NÃO ABRAM A PORTA!

(Obs.: Quanto mais amigos você chamar, mais seguro você estará, porém, mais riscos eles correrão)

Fique de costas para TV e segure os espelhos a sua frente, um em cada mão, um refletindo o a estática e outro refletindo seu rosto. Fique assim até que uma pergunta apareça na tela. Se você não trouxe os espelhos, sente-se de costas para TV até ouvir um barulho vindo dela.

Peque o controle remoto. Haverá uma pergunta qualquer na tela. Pressione botão que avança ao próximo canal para responder sim ou aperte o que retrocede ao canal anterior para responder não. Serão ao todo 26 perguntas, suas respostas devem ser honestas. Podem ser desde questões triviais até profundas questões filosóficas pessoais. Você responder com honestidade todas as questões, ou você não terá sucesso em alcançar o Canal ∞.

Após as perguntas, uma dessas três coisas acontecerá:

Ou seu programa favorito de todos os tempos vai iniciar em um episódio totalmente inédito, porem, com todos os personagens estão mortos.
Ou um vórtice de vento ira cercá-lo e você será puxado para uma dimensão alternativa. Se isso acontecer, você ficará preso lá e precisará do celular, chave, livro e o martelo para poder sair. Não vou lhe dizer o que fazer, você terá que descobrir por si só, caso seja necessário.
Ou talvez a imagem da pessoa que você menos goste dentre seus amigos vai aparecer na tela da TV. Você vai encravar a faca na televisão, óbvio que não é para acertar o vidro e sim a parte de plástico ou madeira dependendo da TV.

Depois disto, você terá alcançado o Canal ∞.

Na tela aparecerá um menu de navegação com links como “O sentido da vida” ou “Poderes ocultos da mente” entre várias perguntas que nenhuma ciência poderia responder. Escolha uma para obter a resposta.

Se você continuar assistindo a estática, sem se desorientar ou quebrar o contato visual com a televisão, você vai ver uma série de imagens se decifrado, revelando a resposta da questão que você mais gostaria de responder.

Ainda existem muitas coisas para se desvendar desse ritual. Basta fazer o que acha que deve ser feito. Você pode descobrir coisas realmente boas, mas algumas serão ruins. Você pode deixar o quarto a qualquer momento.

No entanto existem mais dois pontos de atenção. Você nunca pode contar a ninguém as respostas que descobriu depois de acessar o canal ∞ e você só pode acessar o canal∞ quatro vezes em sua vida.

Espero que você encontre suas respostas.


quarta-feira, 16 de março de 2016

Misfortune.gb


Misfortune é um jogo extremamente obscuro do Game Boy. Uma vez que não existem cartuchos ou ROMs desse jogo, todas as informações a seu respeito vêm de relatos e diversas screenshots feitas em emuladores. O jogo não possui créditos e quem quer que esteja envolvido na sua criação permanece anônimo até hoje. As poucas pessoas que o jogaram consideram esse um dos jogos mais assustadores de todos os tempos.

Levando em conta a "idade" dessa história e seu status entre os fãs de jogos de terror, é perfeitamente possível que os autores de Creepypastas como Sonic.exe e Síndrome de Lavender Town tenham se inspirado na história de Misfortune.

História/Conceito




O jogador controla um personagem que aparenta ser um garoto em um prédio de arquitetura gótica. Uma cruz invertida e diversos esqueletos são vistos no chão.Depois de explorar por algum tempo, o jogador encontra uma criatura malévola. Embora ele não se identifique, algumas pessoas (baseadas em certas semelhanças) dizem que se trata de uma representação de Baphomet, Belzebu ou de Lúcifer.

Ao encontrar a criatura, uma caixa de texto aparece: "Eu existo no interior do tecido da realidade. Você quer me desafiar?" Em seguida, o jogador deve escolher entre "Sim" e "Não". Se escolher "Sim", a criatura irá responder "Nesse caso, comecemos."





Gameplay

O jogador é transportado para uma série de salas que parecem labirintos, cada uma com buracos no chão, portas trancadas, chaves e armadilhas.
O objetivo do jogador é passar por cada uma dessas salas, tendo para isso que ou alcançar as escadas ou desvendar uma espécie de quebra cabeça. Estes podem ser charadas ou então escolher uma porta ou trilha para se seguir. O exemplo mais conhecido é uma fase onde existem quatro pequenas cabanas: uma caixa de texto aparece, onde se lê "Escolha errado e a desgraça cairá sobre seus entes queridos. Está pronto para jogar?"










Se o jogador cometer um erro que seja em qualquer momento do jogo, a tela vai ficar escura e logo em seguida irá mostrar uma imagem mais detalhada da criatura, junto com uma caixa de texto onde se lê "eu sou deus aqui." escrito com o que parece ser sangue.







Supostos efeitos colaterais

Histórias sobre o jogo e seus efeitos maléficos circulam pela internet desde meados da década de 90. Alguns jogadores dizem ter sofrido de depressão e pavor constantes após verem a tela de "Game Over". Estes jogadores, que eram extremamente ativos em forums, se tornaram inativos sem qualquer aviso prévio, e crê-se que estão mortos ou desaparecidos. Discussões fervorosas foram travadas nos fóruns por algum tempo, mas o mistério nunca chegou nem perto de ser resolvido. Alguns diziam que a história toda era algum tipo de piada sem graça. Outros achavam que ver a imagem da criatura após perder o jogo realmente trazia desgraça para a vida do jogador. E logo, começaram as especulações em torno da trilha sonora do jogo.





Trilha sonora

A música do jogo consiste de zumbidos profundos e melodias desafinadas. O jogo possui uma trilha sonora inquietante, mesmo sendo limitada pelo chip 8 bit do Game Boy. A tela de "Game Over" vem com uma música irregular, quase nauseante, com uma frequência muito alta acompanhando-a. Rumores dizem que essa faixa podia afetar o humor e os pensamentos da pessoa. De todas as supostas quatro músicas do jogo, apenas duas podem ser encontradas na internet: "The devil's realm" e "Cursed child" (http://misfortune-dot-gb.webs.com/music).

Disponibilidade

Não existem mais do que algumas screenshots e parte do áudio do jogo na internet. Não há, como dito no começo do texto, uma ROM em nenhum site. Se você está se perguntando como pode encontrar esse jogo, vou lhe dizer o seguinte: se você é um grande colecionador de cartuchos de Game Boy (ou mesmo de ROMs de Game Boy), você provavelmente já tem esse jogo com você.

Se você já revirou sua coleção de cartuchos e tem certeza que não encontrou esse jogo, eu diria para olhar de novo. Não nas etiquetas dos cartuchos, mas dentro deles - nos jogos. Misfortune nunca foi lançado oficialmente. Além disso, muitas pessoas notaram que diversos sprites e texturas do jogo vinham de outros jogos que tem mecânica semelhante.

Algumas pessoas que jogaram através de ROMs notaram algo envolvendo jogos que não faziam sentido. Em alguns casos (a maioria envolvendo jogos como Zelda ou Pokémon) as pessoas descobriram que glitches e às vezes uma certa sequência de eventos e escolhas levava o jogador direto para Misfortune.

Onde está escondido?

Infelizmente não existem muitas informações sobre esse jogo na internet, provavelmente porque poucas pessoas conhecem de fato o jogo, ou mesmo por ser tão difícil de encontrar. Mas não se desanime. Pode não haver muito, mas se você procurar bem você pode descobrir. Não espere encontrar logo no começo das suas pesquisas. Uma certeza é a de que Misfortune está escondido nas ROMs (e, obviamente nos cartuchos), embora existam especulações de que, na verdade, o jogo está escondido na placa mãe do Game Boy. Não se sabe quantos jogos possuem Misfortune, mas alguns estão listados a seguir:

-Legend of Zelda: Link's Awakening
-Pokémon: Red
-Pokémon: Yellow
-Spud's Adventure
-Puchi Carat
-Atelier Marie (JP)

Considerações finais

A única questão que resta é por que Misfortune está escondido, e não apenas muito escondido, mas também escondido em jogos que aparentemente não tem nenhuma conexão entre si. Alguns rumores dizem que, por sua natureza pertubadora e pela "maldição" envolvendo o jogo, a Nintendo jamais permitiu que fosse lançado e escondeu o código do jogo em outros títulos já lançados. Mas isso parece improvável devido às regras estritas da Nintendo sobre o que é aceitável e o que não é. E é impossível que eles permitissem que tal jogo fosse incorporado em seus jogos populares sem que ninguém soubesse.

Mesmo sem nunca ter ficado claro o que precisa ser feito para encontrá-lo ou mesmo por que ele está ali, Misfortune ainda é considerado, pelas poucas pessoas que o encontraram, o jogo mais assustador já feito.




terça-feira, 15 de março de 2016

COMO O INFERNO REALMENTE É.

Bem vindo ao inferno meu amigo. Não, também não é o que eu esperava quando cheguei aqui pela primeira vez. Acho que ninguém esperava isso.

O inferno é um trabalho de escritório.

O inferno não parece ser tão ruim, não é? Praticamente o paraíso comparado ao que nos é dito enquanto estávamos vivo, sem aqueles lagos de lavas, chamas e tudo mais. Quero dizer, com certeza não é um daqueles escritórios do centro de São Paulo com horário de pausa, massagem uma vez por dia nem água filtrada. Não temos ao menos um cubículo onde poderíamos ter um pouco de privacidade enquanto trabalhamos.

Nada disso, é apenas um escritório com piso plano que parece ser infinito. Nada além de mesa de trabalho e filas e filas de mesa de metal cinza sob uma iluminação fluorescente doentia. Essas pessoas sentadas nas mesas são seus novos colegas de trabalho e sim também são pecadores que foram condenados ao inferno. Você vai ouvir uma tosse ocasional ou alguma fungada, mas na maior parte, tudo é muito tranquilo.

Por quê?

Porque nos estamos pensando em coisas, é por isso. Estamos pensando muito, muito bem no que vamos escrever no pedaço de papel branco em nossas mesas.

Você também tem um.

É uma folha de sulfite com uma linha vermelha na parte superior e dez linhas azuis embaixo. Não computadores sofisticados para trabalhar aqui, apenas uma folha de papel.

Mas é uma folha de papel muito importante. Você ganha uma nova a cada dia, e se você escreve algo nela, então é só esperar para começarmos a noite.

O que há de tão importante que acontece a noite?

Bem, um dia no inferno pode ser como trabalhar em um escritório, mas a noite, as coisas são completamente diferente. A noite você pode acabar como uma formiga torturada por uma criança, ou dançar descalço sobre o vidro. Nós já tivemos nossos olhos arrancados, nossas linguas cortadas com facas de cozinha e nossos intestinos sendo arrancados e desenrolado através de nossas bocas. E essas foram as noites fáceis. Normalmente é muito pior.

É por isso que as folhas de papel são tão importantes.

Você achou que o Diabo ou demônios seriam criativos com suas punições? Tente dizer a um bando de seres humanos condenados que um deles vai ter uma noite de folga, livre de punições, se eles escreverem no papel a tortura mais inventiva do dia. Nem os demônios podem competir com nossa criatividade.

Mas calma, não desista ainda. Nós temos que deixar nossa ideia do dia na caixa de sugestões antes do prazo das 05:00. Eu lhe desejo boa sorte, mas isso significaria má sorte para mim, não é?

Oh, espere, eu vejo aquele olhar em seus olhos. Você está pensando sobre a possibilidade de todos se unirem e escreverem torturas fáceis como uma noite de cócegas nos pés, certo?

Bem, esqueça. Não importa o que você faça, sempre haverá aquele cara, você sabe? Geralmente mais de um, mas sempre haverá pelo menos um idiota estúpido, egoísta ou simplesmente doentio que estraga as coisas para todo mundo. Se você não acredita em mim, você não conhece a raça humana muito bem.

Ou você nunca trabalhou em um escritório.

Mas eu não me preocuparia com isso. Depois desta noite, eu tenho certeza que você vai se encaixar bem.

É aqui que passaremos a eternidade.