quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

7 Portões do Inferno



Alguns dizem que em uma certa noite do ano, se você passar sete portas pretas você verá os sete portões do inferno. Eu pensei que era um mito no início, até que eu tentei. Passei sete portas pretas em torno de meu bairro, então quando eu fui dormir, meus sonhos estavam em um fogo furioso. Então ele parou. Havia um homem, alto e forte, seus olhos piscavam bastante, o que mostra que ele está velho, e as pernas e as mãos eram finos e parecia que ele mal conseguia suportar seu peso, ele falou. Ele falou com um tom áspero e terrivel. Ele disse: " Emoclew ot eht neves Setag fo lleh ". Ele riu e abriu o portão. Meu corpo todo ficou dormente. Eu me movia por vontade própria eu não podia lutar contra isso. Lutar não funcionou. Eu desisti de tentar combatê-lo. Sem controle, fui passando o primeiro portão.


Portão 1 - Eu vi fogo mostrando os cadáveres que foram horrivelmente mutilados, profanados e queimados. Eles estavam chorando tão alto que eu não conseguia ouvir a crepitação do fogo. Um veio até mim. Com um olho e furos de balas por todo o corpo. Ele disse: " Nós somos os cadáveres profanados que não receberam um enterro apropriado. Temos que ficar aqui até o dia do julgamento . " Passei por ele, e fui para o segundo portão. Foi em um edifício.

Portão 2 - Eu estava em um calabouço. Havia pessoas amarradas. Gritando de dor. Um estava sendo serrado ao meio de forma muito lenta e seu corpo continuava a se curar pronto para ser serrado novamente. Um deles foi jogado em um lugar com a porta sendo fechada. Quando a abri o corpo parecia tão normal como sempre. Um homem usando uma máscara de um carrasco me disse: " Nós somos os torturadores, torturados pelos nossos próprios meios. " Eu fui atrás dele até a saída, e andei até o terceiro portão.

Portão 3 - Desta vez eu estava em uma floresta. Estava tudo em silêncio, exceto por alguns gritos. Havia um homem pendurado em uma corda. Outro caiu de um penhasco, reapareceu e caiu novamente. Eu estava correndo. Olhei para trás e o que eu vi foi uma mulher terrívelmente queimada correndo atrás de mim. Eu já sabia o que isso era. Estas foram as pessoas que cometeram suicídio. Corri para o quarto portão. Foi em um palácio.

Portão 4 - Eu estava lá. Vi imperadores, políticos, e pessoas realmente ricas. Um imperador estava sendo roído por leões. Quando o leão arrancou um osso, o quebrou nos dentes. Um político estava sendo espancado pelo que parecia ser sombras de prisioneiros. Um homem em um terno veio até mim e disse: " Nós somos o povo corrompido. As pessoas que usaram nosso alcance para ajudar a nós mesmos e não as pessoas. " Eu andei até o próximo portão, o quinto .

Portão 5 - Eu estava em outra sala. Havia um homem amarrado em uma cama amarrada por chicotes de couro espetado flutuante. A mulher estava sendo queimada por um mais leve, mas seus gritos foram abafados por um pano que foi usado como uma mordaça . Um homem bastante grande veio até mim e disse: " Nós somos os estupradores e os agressores sexuais, pagando por nossos crimes na Terra. " Eu corri para o portão 6 .

Portão 6 - Eu estava em um quarto novo. Eu vi um homem e uma mulher, sendo esfaqueados, curando suas feridas quase que imediatamente. Outra pessoa estava sendo enterrada viva. E outro a ser atingido e espetado com uma barra de metal flutuante. Eu sabia quem eram, eles eram as pessoas que estão sendo mortas do jeito que matou suas vítimas. A saída foi o sétimo portão. "O final. Este pesadelo está quase no fim. Está quase no fim " eu disse para mim mesmo.

Portão 7 - Eu estava do lado de fora. Havia um homem vestindo um manto sobre a cabeça coberta com explosivos. Ele explodiu, regenerou-se, e explodiu novamente. Outro estava sendo espancado, esfaqueado por objetos de metal pontiagudos e queimados por tochas, isqueiros e fósforos. Eles foram detidos por pessoas que pareciam sombras. Um deles veio até mim e disse: "Eles são os assassinos em massa, os terroristas e homens-bomba . Eu sou a sombra de uma de suas vítimas e vim espancá-lo e me vingar pela morte de nós na terra. " Eu corri para a saída.

Quando acordei de manhã eu fiquei terrivelmente assustado. As imagens que eu vi passaram pela minha cabeça. Na verdade isso era tudo o que eu estava pensando durante todo o ano. Tornou-se dia novamente, não tive coragem de ir lá fora à noite. Eu só fui para a cama. Levei um tempo para dormir. Quando eu o fiz eu estava na frente do primeiro portão do inferno. Havia mais alguem lá não era um adolescente como eu. Ele estava olhando para mim. Ele ficou chocado ao me ver. Meu corpo, em seguida, tornou-se dormente. Eu não conseguia me controlar de novo. Eu disse a ele com um tom de terrível arranhado. " Emoclew ot eht neves Setag fo lleh ". Eu ri e abri a porta para ele. Depois que ele entrou com uma expressão que parecia que ele estava lutando contra algo e lutando. Olhei para mim mesmo em uma taça cheia com o que parecia ser sangue. Vi o porteiro . Eu me tornei o porteiro. Na verdade eu sou o porteiro.
                 O fantasma do hospital pediátrico.




Era noite o João piorou, o seu câncer alastrava e seu tempo de vida era diminuto o seu caso já era bastante mais avançado, as dores eram muitas e precisava ser de novo medicado. Seus pais, o senhor Alfredo e dona Isabel pegaram no João e arrancaram com ele para o hospital, o seu medico já estava esperando ele, recomendou que fosse melhor internar e vigiar de mais perto.
João fez cara feia, era um menino lindo de olhos verdes, cabeça sem cabelo, mas um sorriso iluminado e franco, era bastante positivo e conformado com a sua doença, às vezes era ele que tranqüilizava a sua mãe. Mala já no carro e foram para hospital oncologia de Lisboa, lá tinham tudo, uma sala, repleta com novidades, desde PC, jogos, livros e até palhaços e pessoas muito simpáticas.
Faziam um bom trabalho, de convívio e auxilio, todos eram simpáticos e o João achou que isso até ia ajudar sua mãe a superar o que vinha ai. Ele sabia que tinha pouco tempo, seu amigo invisível já tinha falado a ele que se preparasse, apenas esperava por ele para fazer a passagem.
Logo lá chegaram, o medico medicou o João e mandou fazer mais uns exames para diagnosticar melhor o estado do João, ele já estava tendo falência de órgãos, seu caso estava mesmo muito mau.
João não era parvo ele lia os olhares das pessoas e sabia o que eles pensavam, sorria e apenas se conformava. Seu quarto era grande, tinha uma cama para sua mãe ficar ou seu pai, olhava para tudo com admiração, mas era muito equipado com maquinas, nada faltava ali. As dores aumentavam à medida que a morfina já não fazia efeito, ele já ficava muito cansado, ele tinha um dom que via o que outros não viam, ele conseguia comunicar com os mortos.
A noite veio e sua mãe adormeceu cansada, ele pode conversar com seu amigo invisível, queria contar as novidades, estranhamente ele o chamou, mas ele não apareceu, nada, estava assustado ele o ajudava a superar o tempo e as dores. A noite já ia alta, eram cerca de três horas da manhã e escutou um riso assustador e um gemido de uma menina, aterrorizada, dizendo:
- Deixa-me, por favor, não faças isso.
Desatando aos gritos, como ela gritava, ele não sabia como fazer, não podia sequer sair da sua cama com os tubos que ligaram nele. Fechou os olhos e pensou no seu amigo com força e pediu a Deus que enviasse seu amigo. Nada, absolutamente nada, que iria ser dele se aquela coisa o atacasse, ele chorou, teve medo, nunca tinha medo, mas naquele exato momento um arrepio atravessou a espinha.
A noite avançava, o silêncio imperava pelo hospital, não se escutava nada e de repente, ele escuta um arrastar de passos, pesados, um cheiro nauseabundo, para exatamente a na sua porta do quarto, o frio percorre seu corpo, queria gritar, não conseguia, a voz sumiu e ficou quieto e dando a impressão que estava a dormir.
A porta abriu-se, entra um palhaço, de aspecto horrendo, mal cheiroso, seus dentes estavam podres e seus olhos esvaiam sangue. Era horrendo, ele caminha em direção de sua cama, rindo de forma assustadora, rindo ele dizia:
- Este aqui vai ser meu, eu o vou levar comigo.
Rindo e maquiavélico, ele saiu do quarto, dando o menino como alma ganha no seu assombroso mundo. Logo ele escutou a voz da menina, chorando e gritando, estava gelado e sem saber o que devia fazer também que ele poderia fazer? Nada estava preso na cama.
A porta se abre de novo e entra uma enfermeira simpática, outra dose para ele ficar sem dor e adormecer, totalmente cansado e sem forças ele adormece.
Entra a luz pela janela do seu quarto, escutando os carrinhos de comida pelo corredor, agitação, vozes, agitação e vida. Satisfeito ele fica agradecido por ser dia, certamente aquela coisa horrenda não o vai chatear, se seu amigo aparecesse logo ele saberia o que fazer.
Na sala estava uma menina linda ainda muito pequenina, teria ai cerca de quatro anos, escutou pela sua voz que era a menina que chorava e gritava. Ela sorriu para o João, nisto ela modificou o seu rosto, ficou pálida, João olhou para onde ela estava a olhar, viu o palhaço horrendo acenando com a sua mão, cheia de sangue. Ele olhou para o João e desatou a rir assustadoramente. Jessica era o nome da menina, desatou a chorar.
- Eu não quero estar aqui, deixa-me ir para casa mama, por favor.
Desolada a mãe ficava sem saber o que fazer ela também estava muito mal já não agüentava mais nenhuma sessão de quimioterapia, já não havia mais nada a fazer, apenas esperar que ela não sofra muito.
João sabia que era naquela noite que algo muito ruim ai acontecer, ele sentia dentro de si, a noite logo veio, sua mãe não parava de chorar, o coração do João estava fraco, os rins quase nem mais funcionavam, os pulmões estavam também falhando, se dessem mais morfina, ele certamente teria falência cardíaca. O câncer ósseo espalhou-se rapidamente pelo seu corpo, a noite estava ficando mais silenciosa, seu amigo nada, sem sombra dele, se ao menos ele aparecesse, poderia o ajudar á Jessica. 
Todos dormiam, estava um silêncio pesado, mortal, o ar estava sufocante, o medo invadia seu corpo, de repente escutasse um grito, um grito desesperante, volta o silêncio, que mata. Choros e correria, uma movimentação descomunal, escuta um medico falando no corredor:
- A Jessica, foi forte, apenas não compreendo, ela estava a começar responder ao tratamento e foi-se de repente, estranho.
Desolado ele fica com medo, foi o palhaço e agora sou eu. Olha para sua mãe e afaga seus cabelos, que estava dormindo aninhada em sua cama, ela sorriu dormindo, ele pensa quantas saudades eu vou ter dela e do meu pai.
Um lagrima cai pelo seu rosto, soava a despedida, lembrou as coisas boas e lindas que viveram, com os seus pais, logo tudo ia terminar.
Tudo voltou acalmar, ele queria dormir, mas não conseguia, logo voltou a escutar os passos assustadores, a porta se abre e ele decide não ter medo e lutar contra o palhaço, olhos esvaindo de sangue, voz tenebrosa, o cheiro nauseabundo era tudo o que ele conseguia sentir.
Ele enfrenta o palhaço tenta sugar a sua alma, o menino se defende fazendo uma oração que seu amigo ensinou algo acontece, o palhaço se esfuma e desfaz. Sumiu por completo e estranhamente, ele vê uma luz incrível, dela sai um anjo lindo, era seu amigo invisível, felizes eles, se abraçam e o anjo amigo fala para ele:
- João, tu mereces uma oportunidade, pois superaste a tua doença, foste gentil com os teus pais, foste valente e acreditaste no nosso Pai.
Sorrindo e suas mãos rodeadas de uma luz, uma linda luz verde clara que ele coloca no seu corpo e todo ele começa a vibrar e bilhar como uma magia, uma coisa de anjos mesmo.
Cansado e agradecido ele adormece, logo sua mãe o acorda para ser visto pelo medico, espanto o João estava com os batimentos cardíacos normais. Espantados fizeram exames e verificaram que ele estava curado, completamente curado.
João curou-se e o fantasma tira almas tinha desaparecido de vez, já não voltava para assustar as criancinhas e as levar para a escuridão