terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O Caso das Máscaras de Chumbo


Em 1966, Jorge da Costa Alves estava empinando sua pipa em Niterói, no Rio de Janeiro, quando o jovem de 18 anos faz a macabra descoberta de dois corpos deitados no chão lado a lado. Os corpos eram de dois homens, que pareciam estar vestidos de forma idêntica. Os dois homens estavam vestidos com ternos iguais e usavam casacos impermeáveis, o que não era fora do comum, pois a área tinha sido encharcado por chuvas recentes. O mais estranho foi as máscaras de chumbo que estavam sobre os seus rostos, aqueles tipos de máscaras usadas para se proteger contra possíveis sinais de radiação.

Jorge corre até o telefone mais próximo. A polícia e os jornalistas locais tentaram juntar as peças desse quebra-cabeça com as poucas evidências que tinham, só para depois saírem confusos e coçando suas cabeças. 45 anos depois o mistério conhecido como o "O Caso das Máscaras de Chumbo " ainda é repleto de teorias como suicídio, assassinato e até mesmo abdução alienígena.

Manoel Pereira da Cruz e Miguel José Viana eram engenheiros elétricos que faziam reparações de televisores. Os dois eram bons amigos e muitas vezes foram vistos trabalhando juntos. Em 17 de agosto de 1966, os homens precisavam comprar alguns materiais para o trabalho, então pegaram um ônibus que ia em direção a Niterói. Três horas e 160 milhas de distância e três dias depois, em 20 de agosto, Jorge tropeça sobre os corpos dos dois reparadores de televisão.

A polícia e os jornalistas foram até os corpos e os encontraram em um estado grave de decomposição. Imediatamente os investigadores tomaram nota do que foi encontrado perto dos corpos, uma garrafa vazia de água com um pacote contendo duas toalhas e um caderno nele escrito uma nota enigmática: "16:30 Horas estar no lugar determinado, aguardar sinal com a máscara."

Eu me pergunto o que os detetives pensaram quando leram o bilhete enigmático. Suicídio? Talvez. Mas para o que servia as máscaras de chumbo? Se Manoel Pereira e José Miguel foram assassinados, qual era o objetivo? Obviamente, o dinheiro seria um objetivo, mas eu duvido que os dois homens tivessem muito dinheiro. Poderia ser algum tipo de culto que incentivasse o suicídio em massa? Não há menção de qualquer culto ou atividade religiosa no local onde os corpos foram achados.

Com quem eles iriam se reunir? Eles estavam se encontrando uma pessoa ou esperando por algo? A maioria das fontes dizem que o exame de toxicologia não deu em nada porque os órgãos não foram preservados. Portanto, não sabemos se os homens tomaram as cápsulas que foram achadas ou o que elas continham. 

Uma explicação seria que os homens estavam se encontrando com alguém para um negócio clandestino envolvendo material radioativo. No entanto, isso não explicaria as cápsulas, as toalhas ou as jaquetas. Outra explicação é a de que eles estavam realizando uma experiência ultra-secreta mas não há nenhuma evidência de uma experiência que tenha conduzido a sua morte. Eles podem também terem sido enganados, assassinados e jogados no morro, mas não havia nenhuma evidência de violência ou agressão. Ou então eles estariam esperando por um passeio intergaláctico.

fonte: http://creepypasta.wikia.com/wiki/Lead_Masks

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

As Últimas Palavras

Certa manhã, minha família e eu fomos para a casa do meu avô em Mississauga. Minha irmã e eu sempre usamos seu quintal grande para andar e correr. Eu estava especialmente animado hoje porque a minha irmã e eu tínhamos planejado uma caminhada até o barranco antes do almoço. A subida para cima* foi um pouco mais difícil do que eu esperava, mas como a minha irmã sendo três anos mais velha que eu, ela era bastante ágil. Assim que chegamos, fomos para dentro da floresta.

Foi apenas depois de um ou dois minutos antes de nos deparamos com uma velha cabana. Nós lentamente nos aproximamos da porta da frente e eu já poderia ter uma visão do interior da casa. Tudo estava sujo e mofado e parecia que havia sido abandonada à muito tempo. Sem aviso, a minha irmã correu até mim e em voz alta gritou: "Nós temos que sair, agora!". O grande pânico em sua voz era suficiente para eu nem mesmo pensasse em alguma coisa. Nós rapidamente nos afastamos da cabana e começamos a correr. À vista havia uma pilha de membros decepados de cotovelos e joelhos. Eu mal podia compreender o que eu estava vendo, ou como eu só tinha notado agora aquilo.

Cada pequeno remanescente da pele haviam sido brutalmente arrancado, revelando a carne molhada por baixo com todos eles empilhados contra uma árvore. Eu fiquei em estado de choque, apenas encarando a pilha arrumada de membros rasgados. Eventualmente, minha irmã bateu freneticamente no meu braço. Ela estava do lado da segunda árvore à nossa esquerda. Foi então que nós dois ouvimos um sussurro nitidamente claro dizendo: "Eles nunca vão encontrá-lo."

Eu imediatamente senti uma vontade de gritar, então começamos a correr o mais rápido que podíamos para a ladeira íngreme que ia para a casa do nosso avô. Eu usei minhas mãos como um impulso extra contra o terreno íngreme. Minha irmã estava bastante à frente de mim. Depois de correr o que parecia uma eternidade, eu podia ouvir a voz alegre da minha mãe rindo e brincando com os meus avós no quintal, então eu vi minha irmã desaparecer sobre o topo da encosta, eu podia ouvi-la gritando para minha mãe.

Eu era apenas capaz de ver para o quintal e a minha mãe correndo em minha direção, e então isso aconteceu. Eu escorreguei na beira do quintal e comecei a deslizar para trás. Eu estendi minha mão para alcançar a de minha mãe que estava estendida por meros centímetros, mas a perdi. Eu tinha quase parado de correr quando o meu pé ficou preso em algo e caí. Enquanto eu caia, eu pude pegar alguns vislumbres da velha cabana. Eu notei uma figura fraca de um homem coberto de sangue rastejando cada vez mais para o fundo da borda da colina. Era isso. Como o aperto final de um galho de árvore que caiu no chão, assim foi o baque que quebrou meus ossos. Então... a escuridão.

Podia até mesmo sentir meu corpo tremer. Eu levei muito tempo para perceber que eu estava em minha cama, tão assustado que eu literalmente não conseguia me mover. Eu ainda podia sentir o olhar intenso do homem enquanto eu tentava recuperar a compostura, me levantei e tentei observar ainda com os olhos entreabertos o redor. E fora da escuridão, no mesmo sussurro nítido, eu ouvi:

"Eles nunca vão encontrá-lo."

fonte: http://www.creepypasta.com/the-last-words/

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Olá pessoal, tudo bem com vocês ?
Hoje é dia da postagem dos leitores, e nosso amigo Lucas Prado mandou mais uma de suas histórias.
Continuem mandando seus textos e eles serão postado aqui no blog.
Boa Leitura!


CONFINAMENTO

Eu me vejo.
Vejo meus olhos desorientados no meio da escuridão. Como uma criança perdida em uma multidão de estranhos. Não me lembro de quando começou. Talvez porque nas primeiras noites pareciam sonhos. Sonhos que se confundiam com a realidade. Como uma droga que perde o seu efeito conforme o passar do tempo. Sim... E com o tempo, a realidade intensifica-se. E com isso, percebo que há formas. Formas que transitam por toda a minha volta. Ousam cada vez mais, como se ganhassem confiança. Agora estão por toda a parte. Não posso realmente vê-los. Sei disso. Mas posso senti-los. Como alguém sente o cheiro que precede a chuva. Sim, não posso vê-los, mas eles estão aqui. Estão aqui comigo...
Eu me vejo.
Vejo minha ânsia e desespero em descobrir o que querem de mim. Vejo minhas respostas se mostrarem infundadas. Tento, de todas as formas, entender, mas não consigo. Não falam comigo, porém sei que estão por perto. Vigiando, esperando, observando. Observando minha sanidade esvair-se conforme as noites ininterruptas de horror avançam. Almejam por isso. Divertem-se com isso. Tudo não passa de apenas um jogo. Não vão parar até que minha mente se esvazie, e o medo domine todos os meus sentidos. Temo que não haja coisa pior, nem mesmo a morte. Não quero me perder no mundo deles. Não aguento mais isso. Quero a realidade, por mais difícil que ela possa ser. E por isso preciso sobreviver. Sim, preciso...
Eu me vejo.
Vejo minhas pernas correrem. Vejo que estão atrás de mim. Perceberam que não vou ceder à vontade deles. Perceberam que prefiro arriscar-me à própria morte a continuar com esta tortura. Estão me segurando. Não tenho mais esperanças. Não os vejo. Mas estão me segurando. Minhas mãos foram colocadas para trás. Tenho sangue por todo o meu corpo dolorido. Eles são mais fortes do que eu. Maiores. Não terei outra chance. Já se divertiram. Já conseguiram o que queriam. Já brincaram com o meu corpo por tempo o suficiente para que não restasse nada. Não havia mais o que ser feito. Eu não os vejo. Mas vejo a mim mesma. Vejo meus pulsos partirem-se ao meio. Vejo meu torso afundar-se durante a agressão. Vejo minhas últimas forças esvaírem-se em um grito enfraquecido. Vejo minha mandíbula quebrar-se e o vomito de sangue escorrer pelo o que sobrou da minha boca. Vejo meu corpo ser largado ao chão...
Eu me vejo.
Vejo-me da mesma forma que me deixaram. Nenhuma lágrima a ser derramada. Porque não sobrou nada dentro de mim. Apenas o horror desta última lembrança. Vejo apenas a mim mesma e os tormentos que passei. Pois sei que não queriam que eu os visse. Sabia desde o início. Quando colocaram uma venda sobre os meus olhos.

autor: Drin, LP AKA Lucas Prado

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Olá amigos, tudo bom com vocês ?
Passei aqui pra avisar que amanha vai ter uma creepyapsta do nosso amigo Lucas, mas se vocês quiserem podem mandar mais algumas pra mim, também passei pra mostrar uma creepypasta bem louca pra vocês,foi uma das primeiras que eu li e é um pouco antiga.
Boa Leitura

O Livro Especial

Olá, sou um jovem adolescente que teve uma experiência estranha quando eu era apenas uma criança. Sim, isso faz parte da minha memória, não é algo que eu mesmo fabriquei, mas eu não sei se essa lembrança é real ou se foi apenas um sonho. Ok, eu estava na segunda série e eu era um verdadeiro rato de biblioteca. Eu lia livros o tempo todo, então quando eu vi a história de uma menina e uma árvore, eu decidi lê-lo. Eu não me lembro o título então vamos apenas chamá-lo de "A Árvore".

Quando abri, vi um desenho de uma jovem menina escrevendo em um livro. O livro dizia que ela estava escrevendo sobre o quanto amava a árvore. Ela disse que a amava por ela ser apenas um lugar agradável para se estar. Era um livro curto e eu não lembro muito dele mas tenho vagas lembranças de duas ou mais páginas sobre a garotinha escrevendo em seu livro sobre a árvore. Isso parece estúpido agora mas eu não me importei muito com isso naquela época.

Então, as coisas começaram a tomar um rumo estranho. A próxima página a mostrava em seu quarto, preparando-se para ir ao seu local de diversão, a árvore, mais uma vez. Na página seguinte, no entanto, mostra sua mãe gritando com ela por ela estar sempre saindo de casa. Depois disso, o livro mostrava ela arrumando suas coisas, então sua mãe veio de novo e disse que ela só poderia pegar coisas que eram realmente necessárias. A imagem seguinte mostrava ela olhando pela janela, enquanto o céu tinha uma estranha cor avermelhada. Em seguida, o livro mostrava ela escrevendo seu livro na árvore uma última vez, pois ela dizia que iria perder a árvore, assim como sua casa e seus pertences.

Em seguida, ela entra em um ônibus. Neste ponto, a razão pela qual ela está deixando sua casa ainda não é explicada. A página final mostrava ela olhando pela parte de trás do ônibus e um meteoro atingindo sua casa. Ele era tão grande quanto a casa e até hoje eu ainda me pergunto como ela sobreviveu. Bem, já faz cinco anos e eu não encontrei nenhuma evidência sobre este livro. Se eu fosse mais velho, teria mostrado para alguém, mas eu tinha sete anos na época e não sabia de nada e não notei o quanto aquilo era anormal. Talvez fosse apenas um sonho, talvez seja real, quem sabe, mas até então eu vou passar minha vida inteira tentando encontrar evidências. Eu vou voltar para a minha sala de aula ou então eu vou procurar no eBay.

Se você encontrar provas, por favor mande uma mensagem mim, eu preciso de provas sólidas. Eu preciso disso. Por favor, me ajude.

fonte: 
http://creepypasta.wikia.com/wiki/The_Special_Book

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Olá amiguinhos, tudo bem com vocês ?
Só passei aqui pra avisar que já recebi uma creepypasta dos leitores, e ela será postada no sábado, se vocês quiserem mandar mais algumas seria bem legal.
Boa leitura!

Boa noite

Ela morava em um pequeno apartamento com o marido e seus dois cães. Uma vez que o edifício era antigo e suas paredes eram finas, cada barulho feito na entrada e na sala de estar poderia ser ouvido mesmo a partir do quarto. No tardar da noite, ela decidiu ir para a cama, enquanto seu marido levava os cães para forapara fazer a sua última caminhada do dia antes de dormir. Depois que ela entrou no quarto, ouviu o barulho dacoleiras dos cães e a abertura e o fechamento da porta da frente.

Quando ela começou a cochilar, ouviu a porta da frente abrir e fechar enquanto o seu marido entrava novamente no apartamento. Ela viu uma pequena faixa de luz quando ele abriu a porta do quarto e em seguida, calmamente a fechou por trás dele. Em silêncio, ele subiu na cama e ficou por debaixo das cobertasEla murmurou"Eu te amo" e adormeceu antes que ele pudesse responder.

Alguns minutos depois ela foi despertada quando ouviu a porta da frente abrir e fechar novamente.Então ela ouviu novamente o barulho da coleiras dos cães e então escutou a voz abafada do seu marido. No momento em que ela percebeu que o marido não estava na cama, ela sentiu uma fria mão no seu rosto.




fonte: 
http://www.creepypasta.com/goodnight/

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Diante dos seus olhos

Você já ouviu falar do conceito de sua vida passar diante dos seus olhos? Você provavelmente já ouviu isso por aí. Quando a sombria figura da morte finalmente bate na sua porta sua mente recapitula todos os grandes eventos de sua vida, é tudo o que sua mente pode fazer para ajudar a aliviar o estresse da sua morte prematura. É reconfortante, realmente. É reconfortante saber que mesmo na morte, você vai ter a memória do seu baile do colégio, ou então de seus filhos e netos.
Foi uma pena que você nunca lembrou da experiência de um dos melhores momentos da vida.
Naquele dia, você não estava nem mesmo estava prestando atenção. Quantos anos você tinha? 18? 24? Pouco importa agora eu suponho. Você ficou de cama por dias, a sua família chorando pela perda de um de seus próprios parentes. Suas lágrimas umedecendo as folhas que cobriam o corpo, a partir desse trágico acidente que nunca deveria acontecer.
O que sobrou desse acidente para você? Algumas boas lembranças de um casal de amigos próximos de vocês também de pé ao lado de sua cama de hospital, que acabaria por se tornar o lugar de descanso eterno de sua alma mortal. Você começa a reviver memórias. Infelizmente, você achava que seus anos eram cheios de felicidade, na verdade eram solitários. Você viveu sua vida isolada, atrás de uma mesa olhando para a tela brilhante conectado à web conhecida como internet.
Todos esses anos revivendo, mas tão só. Havia apenas alguns pedaços de felicidade de uma vida triste e obscura. Todas estas coisas culminadas para aquele um dia fatídico. Você estava apenas andando no centro para finalmente ir visitar a sua antiga namorada do ensino médio. Se você tivesse olhado para os dois lados da estrada, ou se não tivesse bebido. Assim, pequenos detalhes desse último dia levaram você para o caminho daquela colisão horrível. A ambulância chegou rapidamente, levando-o para o hospital, onde toda a sua família correu, chorando, então tudo se torna um flash.
E você começa a reviver sua vida mais uma vez...


fonte: http://creepypasta.wikia.com/wiki/Flashing_before_Your_Eyes

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Diário de um planeta morto chamado Terra

Entrada 1 (Data desconhecida)

Olá, eu sou Jessica, e eu moro em um pedaço de um planeta morto há muito tempo. Milhares de anos se passaram desde que um meteoro nos atingiu, desintegrando o nosso planeta maravilhoso em dezenas de luas. Foi um dia muito triste para todos nós. Desse ponto em diante a nossa tecnologia foi perdida e passamos a viver em cavernas. Tememos a escuridão e o frio, nos agarrando a rocha derretida. Mas acima de tudo, tememos a superfície e o seu frio implacável com uma pouca atmosfera para respirar.

Entrada 2 (3 ciclos orbitais desde a entrada 1)

Eu tenho usado a Entrada 1 como um método para registrar o tempo. Antes de a nossa terra natal desmoronar era utilizado um padrão objetivo para registrar o tempo e esse era o nosso ciclo orbital, então eu estou usando a entrada 1 como uma data de início e medir o que restou dos ciclos orbitais deste planeta em torno de seu próprio eixo através da pequena vigia de um submarino abandonado onde estou.

Entrada 3 (5 ciclos orbitais desde a entrada 1)

Hoje Stephen me deu um presente, um colar. Ele diz que ter isso significa que eu faço oficialmente parte da sua tribo, e estou muito feliz, pois eu não seria capaz de obter qualquer alimento sem Stephen por perto me ajudando a cuidar de mim e a sobreviver nesse mundo.

Entrada 4 (8 ciclos orbitais desde a entrada 1)

É engraçado. Eu percebi o quanto nós confiamos em alguns restos de tecnologia mesmo em nosso estado tribal. Stephen me deixou entrar em seu estabelecimento e também me deu um trabalho protegendo o submarino abandonado, bloqueando a entrada da caverna e certificando que ninguém despressurize a caverna, abrindo-a. Há algumas plantas no interior dela, acho que é por isso que temos um pouco de oxigênio por aqui.

Entrada 5 (9 ciclos orbitais desde a entrada 1)

Minha lanterna desligou, eu tive que pegar algumas pilhas novas de Stephen. Ele está realmente apaixonado por mim. Ele só me dá o que eu quero quando eu quero. Quando voltei para a câmara, eu vi uma coisa horrível, era uma criatura... oh deus, era horrível... Ele estava usando uma roupa com um capacete circular, mas eu podia ver algumas das características corporais dele. Ele só tinha duas pernas e apenas dois braços. Ele nem sequer tinha três olhos ou antenas como o restante de nós.

Tinha também um pontudo crescimento sobre a sua face com dois buracos que só posso presumir que serviam para a sua respiração e uma boca inchada com uma tonalidade rosa clara. A criatura estava perto de um veículo em forma de cone estranho do qual emergiu um outro ser igual ele que estava carregando uma vara de metal adornada com um pano vermelho branco e azul.

Sinto muito Stephen, eu tivesse que fazer isso. Abri a câmara, o que eu vi foi algo que eu não poderia deixar de ver. Por favor, me perdoe...

...

Encontramos este diário perto de um pedaço de metal saliente do solo lunar. Eu presumo que isso foi escrito com antecedência por um dos nossos próprios homens, mas foi escrito em um antigo dialeto do sânscrito que ainda é desconhecido para mim.

Atenciosamente,

Comandante Armstrong.

fonte:
http://ndaydude001.blogspot.com.br/2013/10/a-diary-from-dead-planet-called-earth.html

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Olá amigos e amigas, como vão vocês ?
Hoje deveria ocorrer a postagem da "historinha dos leitores", mas devido a alguns imprevistos ela terá de ser atrasada para o próximo sábado/domingo, então para compensar vou postar duas creepypastas pra vocês.
Boa Leitura !

Os Filhos da Semente

O texto seguinte faz parte das evidências do ataque de um estranho culto, até então desconhecido, que ocorreu no antigo armazém Boston Ice, na zona da Praça Newmarket. O texto chegou a confundir sociedades teosóficas em todo o mundo e até mesmo o especialista em ocultismo Bernd Becker, que teria dito: "Isso é extraordinariamente diferente de tudo já visto até mesmo nos círculos mais obscuros e mais secretos do ocultismo".
Não houve comentários das autoridades, mas policiais foram vistos sendo escoltados para fora do armazém pouco depois de entrar e muitos forem dados como desaparecidos. Não está claro o que causou o ataque em primeiro lugar, mas houve menções de uma denúncia anônima atingindo Howard B. Prince, um oficial que naquele época estava patrulhando a área do armazém.
...
O homem não se lembra de seu patrimônio, sua mente muito inconstante sempre vai co-existir com a verdade de sua insignificância diante o universo, um pequeno bug em seu próprio ecossistema sem importância. No entanto, há aqueles que são fascinados pelas larva estúpidas que vivem no toco podre do mundo, eu criei um interesse, uma espécie de fascinação pela humanidade. Eu o estudei, fiquei intrigado. Ele começou a me adorar com nomes, sempre mudando de um lugar para outro. Ele me deu muitas faces, e abracei todas elas, malévolamente e benevolente da forma como elas eram.
Eu não tinha prazer no acasalamento com as fêmeas e nem eles quando percebiam a plenitude do meu ciclo reprodutivo, mas ainda alguns sobreviveram e então uma lenta reprodução adiante minha descendência a partir de um grande número de gerações. Os machos serviriam apenas para transformar o que eu estava prestes a trazer a este mundo, e alguns, é claro, foram guardados para meus estudos pessoais.
Eu achei muito divertido descobrir uma das minhas encarnações religiosas. Parece haver manchas de memória deixados em cima do vidro frágil que é a mente do homem. Eu vi como as guerras foram travadas em minha honra, ambos os lados embalando seus equívocos de criador e criatura. Eu vi como seria iluminado dar um passo à frente, e eu comecei a me maravilhar com os planos para encontrar a sua origem, para que me conheçam verdadeiramente. Eu até tentei revelar a verdade para alguns deles, mas suas mentes débeis tinham apenas uma simples visão de mim, seu pai.
Então, decidi abordá-los como eles eram, minha imagem e minha carne. Desta vez, minha mensagem foi recebida, alguns riram e outros cambalearam e fugiram, mas alguns, escolha seguida por poucos, escutaram minha voz. Eles se tornaram servos ligados a mim em carne e em espírito, mas mesmo assim eles não sabiam de nada.
Pela primeira vez desde o nascimento do meu primeiro filho, eles me conheciam, eles me seguiam, eles se deleitava com minhas verdades. Eles nomearam-se Filhos da Semente e me nomearam como seu Pai. Meus filhos estão ficando cada vez mais fortes, se preparando para travar uma guerra contra os seus irmãos inferiores. E assim, mais uma vez, a verdadeira raça virá e vencerá a inferior, mas desta vez ninguém será poupado.

fonte: http://creepypasta.wikia.com/wiki/Children_of_the_Seed

A Sensação

Nós todos sentimos isso.
Você está acordado até tarde. Trabalhando, estudando, assistindo a um filme, lendo e mexendo no seu computador. Não importa o que você estiver fazendo. Você já está cansado, seus olhos ardem e você começa a ter aquela sensação que acontece depois de não dormir por muito tempo. Ok, você não pode ir para a cama agora, mas mesmo assim você fecha os olhos por alguns minutos. Tente colocar um pouco de umidade para trás de seus olhos. Então, você vai sentir a sensação. Será como entrar dentro de um penhasco, como se você estivesse em uma queda livre embora seu corpo não estivesse realmente em movimento.
Então, como uma corda elástica te catapultando de volta, você vai acordar e o seu coração vai bater um pouco mais rápido, piscando rapidamente, se perguntando o que aconteceu. Os médicos chamam isso de empurrão hipnogógico. É apenas uma reação natural, dizem eles, seu cérebro apenas pensou por um momento que você está morrendo, quando sua respiração e batimentos cardíacos ficam lentos enquanto você tenta adormecer.
O que os médicos não sabem é que seu cérebro está certo. Toda vez que você se deixa adormecer, cada vez que você tem essa sensação, você não está caindo, na verdade, você está sendo puxado para baixo. E um dia... Seu cérebro não será capaz de puxá-lo de volta.
E então, eles terão você.

fonte: 
http://creepypasta.wikia.com/wiki/The_Feeling

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Ruídos Casuais

Alguma vez você já ficou até tarde tentando pegar no sono? Se jogando e virando na cama, tentando encontrar uma posição confortável para descansar, mas você não consegue? Por qualquer motivo que seja, como as pernas ficando muito quentes, ou travesseiro ficando muito desconfortável, ou então o cobertor não é suficiente para preencher uma parte do corpo, etc.

Sozinho, na escuridão de seu quarto à noite. Agora, aqui, este é o seu próprio pequeno santuário, onde você sabe onde está tudo ao seu redor. Como sua coleção de jogos e filmes, o seu laptop repleto dos vídeos e imagens mais recentes. Mas se algo inteiramente diferente surgir no seu quarto? O que eu estou tentando dizer é aquelas rápidas e repentinas rachaduras e ruídos que se ouve quando a sala fica muito quieta. Você já ouviu? Claro que sim. Eles podem ser frequentes e muito rápidos, tão rápidos quanto um simples piscar de olhos.

A maioria de nós simplesmente os considera um simples fenômeno. Isso acontece tão frequentemente, então por que você deveria se importar? A maioria de nós provavelmente encontra uma forma de explicar isso para nos consolar. O aquecedor está ligado, e o fluir através das aberturas que expande o metal quando é aquecido dá origem a esses ruídos.

Ninguém pensa nisso. Ninguém se preocupa em perseguir e descobrir tanto assim sobre eles. Um pequeno barulho com pouco valor. Vamos enfrentá-los então. Independentemente do que você pensa deles, você pode segui-los. Cada pequeno barulho parece estar vindo de algum lugar, o seu quarto. Talvez você não os siga com os olhos, mas com a cabeça.

Vire à esquerda, vire ligeira mente para a direita, olhe para cima. Você pode seguir com a sua cabeça, mas você pode seguir o barulho para descobrir qual é sua fonte? O que esses estranhos ruídos poderiam ser?

Aqui vai uma pergunta: Que tipo de piso que você usa, Madeira? Tapete? Caminhando sobre o piso você começa a reproduzir um barulho. A madeira vai chiar em voz alta, enquanto o tapete pode chiar um pouco mais fraco. Leve isso em consideração quando você ouvir estes ruídos enquanto dorme. Pode não ser, digamos, o aquecedor, como você pensa que é. O mais interessante é que há pouca ou nenhuma distinção entre o andar no chão e aqueles ruídos que você escuta à noite, no seu quarto.

fonte: http://creepypasta.wikia.com/wiki/Casual_Noises

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Olá viajantes da interwebs, como vão vocês ?
Parece que a ideia da "historia dos leitores" tem dado muito certo em pouco tempo.
Então, por que não fazer disso uma coisa semanal ?
O plano é o seguinte, vocês me mandam seus textos durante a semana e eu posto eles no domingo ou sábado.
E agora um texto que eu traduzi, para vocês apreciarem.
Boa leitura!

Ressuscitar

Olá, linda.

Se você puder ler isso, por favor, ouça minha confissão. Você provavelmente não me conhece, mas eu te conheço há muito tempo. E eu não sei se deveria dizer isso ainda mas... Eu te amo.
Sim, eu amo. Eu realmente te amo.
Eu te amo tanto que eu construí um mundo inteiro, então você poderia viver e seguir adiante. Eu o construi apenas depois que conheci você. Você era tão bonito com seus olhos ternamente fechados. Sua pele quase translúcida que parecia estar ficando cada vez mais pálida a cada segundo. A forma como seus membros ficaram torcidos, quando suas articulações se mutilavam delicadamente para formar uma visão tão sobrenatural de vulnerabilidade. Oh, que deve ter sido uma grande queda. Não só pelo prédio possuir um altura incrível, mas porque eu sei que o mais glorioso dos anjos deve ter caído de longe. O meu anjo.

Meu anjo se contorceu no chão. Sua carne macia tinha se torcido nos lugares certos, revelando a formação artística do seu corpo. Ninguém jamais poderia apreciar tal visão, apenas eu. Ninguém além de mim jamais poderia admirar a curvatura do seu pescoço, que havia se inclinado em um perfeito ângulo de noventa graus. Assim que eu te vi lá, eu só estendi minha mão e toquei. Eu tremia em antecipação enquanto eu seguia os meus dedos para baixo de seu corpo, certo para onde ele já estava para se dividir. Ele me surpreendeu com entusiasmo, enquanto assistia seus tendões estourarem.

E eu te carreguei nos braços. Eu fui muito cuidadoso, certificando de não danificar o que restou do seu belo corpo. Alguns fragmentos do seu crânio caíram no caminho, então eu te trouxe para minha casa e te coloquei na minha cama, apreciei seus braços quebrados e os pedaços de concreto que atravessaram seu peito. Você se parecia com as pessoas que eu lia em contos de fadas antigos, ainda mais quando eu te arrumei com o vestido de casamento da minha mãe. Peguei meu livro de feitiços e estava pronto para ressuscitar você. Mas não, não era o momento certo. Eu estava com medo de que eu pudesse assustar você. Então, eu criei a sua vida após a morte como o mundo que você conheceu. Então eu poderia continuar amando você e suas feridas e isso iria durar por toda a eternidade.

Mas eu acho que você está pronto agora, para contemplar os meus olhos. Você vai viver mais uma vez e seu amor e sua beleza nunca vão morrer, os seus ferimentos serão sempre frescos e os seus ossos estarão tão mutilados como eram quando eu te conheci e você vai ser capaz de sentir o meu toque pela primeira vez. Nossos fluidos se misturarão e seu sangue frio vai se misturar ao meu(necrofilia feelings).

Não se preocupe, meu amor.

Eu vou ser tão gentil como sempre fui.

fonte: 
http://www.creepypasta.com/come-resurrection/
Olá companheiros, como tens passado ?
Mais uma postagem dos leitores, dessa vez nossa amiguinha Rafaela Valentim mandou a descrição detalhada de um sonho que teve.
Não veio com título, mas mesmo assim não deixa de ser muito legal.
Boa leitura!

Eu estava andando em uma rua conhecida, quando vi um café que nunca tinha visto, achei estranho, então por curiosidade humana entrei lá. Achei minhas amigas reunidas em volta de uma mesa, com outras meninas. Se não fosse elas, não tinha mais ninguém lá, nem atendentes, nem nada. Quando elas me viram, uma das meninas correu e trancou a porta. Uma de minhas amiga falou assim:
- Rafa, você aqui? Como encontrou esse lugar?
Eu não respondi. Elas se fecharam em volta da mesa e eu ouvi murmúrios vindo de lá do tipo "devemos matá-la", "ela nos achou", "não podemos". Até que uma menina chegou bem perto de mim e falou:
- Bem-vinda a nossa irmandade.
Depois elas me explicaram que só quem acha o café são os escolhidos, e eu já estava confusa de mais. Afinal, que irmandade? Elas me explicaram que era um jogo magico. No meio do dia aparece no seu bolso cinco cartas magicas, com tarefas que devem ser seguidas em ordem. E eu achei legal, sempre gostei de jogos em grupo. Elas disseram que quem terminasse primeiro ganhava um ponto. Quem chegasse em cem pontos realizava o seu maior desejo.
Elas disseram que eu não tinha escolha depois de ter achado o café, ou jogava ou morria. Eu podia continuar minha vida normal, mas tinha de jogar, e não podia contar a ninguém. Tudo bem, eu ia jogar. Voltei pra casa e fui dormir. No outro dia eu estava brincando com meu cachorro e com meu gato, quando senti algo no bolso. Apalpei. Cartas. Peguei elas e comecei a realizar as ações.
" Coma uma uva "
" Suba as escadas "
" Dance loucamente "
Começou a ficar meio estranho, não me importei:
" Olhe para seus animais, sou um deles "
" Quem eu sou? "
Achei muito estranho. Amassei a carta que estava aquela pergunta e joguei para meus bichinhos. O cachorro só cheirou e saiu. O gato se aproximou, cheirou e engoliu.
Sorri e entendi que quem controlava o jogo era meu gato.
Mas como?
Ok, era um jogo sobrenatural, meu gato controlava.
...
Joguei por muitos dias, até que todas nós da irmandade se reunimos no meu jardim, para conversar, fazer um lanche juntas. Sentimos as cartas no bolso. Pegamos e ficamos olhando para as cartas. Eram vermelhas. Elas sempre foram brancas. Mas ok. A primeira era assim "estou te olhando". Estranho. Deveria ser uma ordem. A segunda ainda mais "Vai para o segundo andar". Quando virei o verso da carta estava escrito "pela sua vida". Corri pra lá. Quando vi oque não deveria nunca ter visto. Um homem gordo, cortando corpo das minhas amigas, como um açougueiro. Eu e minha ultima amiga corremos. Corremos. Estávamos desesperadas.
Então acordei.
Foi tudo um sonho.
Virei pro lado, e no meu criado mudo meu celular acendeu.
Uma mensagem anonima dizia
"Continuo te observando".

autora: Rafaela Valentim AKA Rafa AKA Dois
Olá pessoas, tudo bom com vocês ? (essa introdução já esta ficando chata, mas tudo bem)
Parece que já temos um texto dos leitores.Hoje nosso amigo Lucas Prado mandou um texto que eu particularmente achei incrível, fiquei vidrado na historia  do começo até o fim e espero receber mais e-mails de vocês.
Boa Leitura !

FAMÍLIA A TRÊS

Não me lembro de onde, apenas para onde.
Estava voltando para minha casa em uma tarde ensolarada, e é isto que me lembro.
Meu nome é Eric. Sei que pouco importa, mas não vejo o porquê de não dizê-lo.
Sei também que provavelmente você não se lembrará do meu nome quando eu terminar de contar minha história. Mas estou bem com isso.
Este fato aconteceu durante minha infância. Quando eu tinha apenas doze anos de idade.
Morava em uma pequena cidade, o que significa que não tínhamos muito do que fazer.
Estávamos acostumados à monotonia da paisagem rural, ao qual provavelmente as pessoas da “cidade-grande” podem não associar-se.
Mas, como disse, voltando sabe-se lá de onde, passei por uma pequena estrada de terra. É claro que já havia, há muito, passado por ali. Esta foi provavelmente a última delas.
Desta vez, em particular, notei um pequeno desvio no caminho.
É provável que você me pergunte como não o notara anteriormente, mas a verdade é que eu não sei a resposta. Talvez estivesse distraído nas outras vezes.
(É... Talvez estivesse.).
Percebi que esta estrada não era usada há muito tempo, diferente daquela que eu já estava acostumado e que levava novamente ao asfalto trincado da cidade.
Algo dentro de mim, bem ao longe, me dizia: “Está ficando tarde, deveria ir para casa”.
Mas como sempre acontece em todas essas histórias, é óbvio que eu, no auge do brilhantismo próprio (ou vago senso de aventura incitado por desenhos de TV), resolvi verificar os caminhos por onde aquela estrada levava.
Provavelmente estivesse imaginando que teria algo de interessante para contar quando voltasse para a escola e a professora de literatura nos pedisse para escrever sobre isso.
Sabe? Aquela coisa abominável sob o título "O que eu fiz nas minhas férias de verão" ou qualquer outra porcaria do tipo.
Enfim... Não importando as razões ao certo, tomei o caminho inexplorado.
A estrada não era pequena. Na verdade, após alguns metros, tornava-se enlanguescida o bastante para um carro.
No entanto, conforme andava, percebia o porquê de seu abandono. Uma extensa cobertura de matos, valas, erosões e rochas desprendidas sobrepunham a maior parte do caminho.
Andei durante muitos metros. Centenas, ou mais.
O sol acompanhava meus passos, enquanto eu observada minha própria sombra alongar-se à frente.
Passados poucos minutos, pude ver que ao meu lado esquerdo apareciam sinais de um pequeno cercado, acompanhando a beira da estrada. Frágeis madeiras, corroídas por cupins, ainda lutavam para permanecerem em pé sobre o solo arenoso.
Ao fundo, pude observar o céu alaranjado sobre as poucas árvores cor de cinza e sem folhas, que teimavam em crescer sobre gramíneas ralas e secas.
Foi então que vi, de relance, uma pequena figura.
Não uma, pois conforme o sol caminhava atrás de mim, pude ver que eram duas, talvez três, se contasse o último contorno escurecido à distância.
Passei por debaixo do arame envolto às cercas que se pendiam na terra e cheguei mais perto.
Era um pequeno espantalho. Ao contrário do que se pode imaginar, não era nem um pouco assustador. Na verdade, era algo cômico e tosco, o bastante para até mesmo os pássaros rirem.
Vestia uma roupagem ridícula, provavelmente de algum filho de fazendeiro que estivesse apertada demais para o garoto usar. Estava rasgada e carcomida, enquanto que o pano estufado por mato seco ainda resistia por baixo.
O pequeno espantalho, no entanto, usava um boné que ainda estava intacto, apenas um pouco desbotado por conta do intenso calor do sol.
Pensei comigo mesmo, que talvez fosse uma boa ideia levar ao menos um suvenir.
Não seria roubar? Seria? Afinal, havia outros espantalhos, qual o problema em pegar um pequeno memento de um deles?
E não. Não aconteceu nada. Nada ridículo como o espantalho ganhar vida e engolir meus dedos com uma bocarra cheia de pregos no lugar de dentes. Não.
O que aconteceu foi que algo mais havia chamado minha atenção. É claro que sabia que ele estava lá. Afinal, o havia percebido antes mesmo de me aproximar do pequeno espantalho.
A cerca de cem metros de onde me encontrava, escondido sob as copas das árvores secas e cinzentas, havia um galpão.
 Um galpão. Comum e envelhecido. Que há muito deveria ser usado como despensa de materiais rurais.
 Fui até a única porta. Percebi que a fechadura não sobrevivera ao tempo.
Apenas um pedaço de ferrugem e nada mais.
Empurrei a porta, que não ofereceu nenhuma resistência, e fiquei parado, assistindo, enquanto que ela me revelava o seu conteúdo.
Até então, me encontrava em um estado de excitação absurda. E o coração acelerando conforme me adentrava naquele mausoléu de enxadas, pás e arados.
Agora aquela voz que vinha de dentro ficou mais forte:
“Volte! Volte agora. Você já viu o suficiente.”.
Mas o senso idiota de aventura ainda estava em mim.
Havia um cheiro muito forte. Não o cheiro de podre e velho, característico de lugares assombrados que as pessoas estão acostumadas a ler, mas nunca sentir.
Era o cheiro de óleo, pretejado e estragado pelo tempo. Pude ver uma estranha máquina (talvez uma grande moedora) encostada na extremidade do galpão, derramando o liquido escuro que se infiltrava sobre o assoalho de madeira podre.
Não havia muito. Apenas materiais, sacos de sementes e alguns poucos animais mortos, na maioria ratos. Um deles parecia mexer-se estranhamente. Porém observei melhor e pude ver que eram larvas brotando do buraco que um dia fora sua barriga.
Decidi que vira o bastante, estava na hora de voltar. Sentia-me apavorado e um pouco enjoado com o lugar. Não queria ficar ali.
No momento em que me virei para a única saída, eis que vejo parado sobre a soleira da porta, o contorno escurecido que anteriormente, em minha ingenuidade, pensei que fosse o terceiro espantalho.
Ao contrário do que podem imaginar, não era uma entidade sobrenatural, nem um maníaco vestido de alguma máscara assustadora.
Era um simples fazendeiro. Um senhor, que provavelmente aparentava ser muito mais velho do que sua real idade.
A expressão em seus olhos era vaga, vazia. Em parte, foi o que fez meu sangue congelar.
Ele não olhava para mim, olhava através de mim, se é que fosse possível.
O homem não ousava entrar no galpão, do qual eu me encontrava bem ao centro.
Apenas apontou em minha direção, murmurando: “O boné. Devolva-o.”.
Confesso que estava apavorado, apavorado demais para sentir vergonha ou algo do tipo. Apenas pequei o boné e andei o bastante para estendê-lo até o braço apontado do fazendeiro.
Ele o pegou, e sem nenhuma outra palavra deu as costas e desapareceu da minha visão.
Fiquei ali, estático. Demorei poucos segundos para me recuperar do susto. Recobrando melhor os sentidos, achei que deveria pedir desculpas ao homem.
Saí do galpão, deixando a porta atrás de mim entreaberta. Procurei pelo fazendeiro, mas não o encontrei.
Quando passei pelo pequeno espantalho novamente, vi que o boné estava em seu devido lugar. Parei, no entanto, para notar melhor o segundo espantalho, do qual não havia me atentado.
Ele tinha longas palhas pretas, que desprendiam de sua cabeça, talvez enegrecidas pelo óleo ou qualquer outra coisa. A roupa era de um vestido simples, porém menos desgastado do que as roupas do espantalho-garoto.
Neste momento, uma sensação de calafrios percorreu o meu corpo.
Tive a impressão de que algo estava errado.
Saí dali. No inicio a curtos passos, e, conforme me afastava, comecei a correr.
Sentia algo me observando.
Não olhei para trás, exceto uma vez.
E juro que quando olhei, bem ali, ao lado do espantalho-garoto e do espantalho-mulher, eu pude ver um terceiro espantalho.
Pregado, assim como os outros, me encarando com os olhos vagos e vazios.
Usando roupas de fazendeiro.

autor: Lucas Prado AKA 
Drin, L. P.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Olá pessoas, tudo bom com vocês ?
Hoje não trago nenhuma creepypasta (pelo menos nessa postagem).
Estou aqui pra sugerir uma ideia pra vocês leitores e leitoras do blog. Essa ideia consiste em vocês, me mandando seus textos/sugestões pelo meu e-mail, e dessa forma eu posso posta-las aqui no blog.
Pode não ser uma ideia original, mas é uma boa forma de interagir com os leitores.
Então é só isso.
Abraços muito grandes.

e-mail: joaopangelico@gmail.com

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Noite de Filmes

Você está animado para este dia. Você deveria estar, afinal de contas, você tem trabalhado duro e merece ter um pouco de diversão. Para hoje à noite você planejou uma noite de cinema com um casal de velhos amigos. Filmes de terror, é claro, como você fazia de costume desde seus dias mais jovens. Você assistiu tudo com os olhos arregalados e com mãos trêmulas enquanto contava piadas e neganva sentir qualquer medo. Ninguém quer parecer fraco, certo?

Foi por volta das 04:00 quando o último filme acabou e todo mundo foi para casa, te deixando sozinho. Você percebeu os rangidos e gemidos da noite que pareciam muito mais perceptível durante o silêncio, principalmente após assistir sobre fantasmas e gore. Eventualmente, você decidiu ir para a cama, mas não antes de uma última ida para o banheiro.

A caminhada parecia longa e difícil como sempre era depois de uma noite de sustos. Você não parava de olhar para trás, verificando se havia algo à espreita nas sombras. Você sabia que você estava sendo ridículo, mas os sentimentos de angustia teimavam em continuar. Nem mesmo dormir iria acalmar sua mente. Você se jogou na cama, virou-se e murmurou durante toda a noite. Não havia sentido em negar isso, mas eu sei que você negou, era natural.

Pois eu vi você

fonte: 
http://www.creepypasta.com/movie-night/

O Diário dos Sonhos de James

























07 de julho

Eu me sinto tão estúpido em escrever isso. Alan sugeriu que eu escrevesse um diário detalhando meus sonhos porque talvez eu possa descobrir por que eu sempre fico com tanto medo depois que eu acordo. Bem, eu acho que eu vou acabar com isso aqui até que eu realmente tiver um sonho para escrever.

James.
 09 de julho

Olhos... Aqueles penetrantes olhos negros. Me ueimando por dentro, mostrando tudo o que eu já fiz de errado. Me senti envergonhado, eles estavam ali de pé, imóveis como uma estátua. Imóveis, me julgando. Isso é tudo o que me lembro. Meu coração ainda está batendo muito rápido.

12 de julho

Eu era incapaz de me mover. Eles estavam mais perto dessa vez, não muito, mas ainda perceptíveis. Os mesmos penetrantes olhos negros.. Eu era incapaz de me mover ou gritar como seu olhar que queimava cada centímetro do meu corpo. A dor era excruciante. Não consigo nem descrevê-la com palavras. Eu queria morrer. Seus lábios se moviam e eu me lembro da sua voz rouca profunda, mas não me lembro o que suas palavras significavam. Espero que isso termine logo.

James.

JoJ3 17 de julho

O sorriso era inconfundível. Ele estava rindo da minha dor. Desta vez ele estava mais perto, ele estava bem na minha cara com aqueles olhos impenetráveis ​que estavam à um pé de distância da minha cabeça. Os gritos, eu até estremeço lembrando deles... e aqueles sinistros lábios repetindo a mesma palavra sem parar: 'VOCÊ'.


James.
JoJ4 
30 de julho

Eu não estou animado para escrever. O cheiro de ferrugem estava me deixando louco. Tentei cobrir meu nariz, e me vi preso à uma cama médica verticais pelos pulsos, cintura, pescoço e tornozelos. Comecei a sentir a queimação novamente enquanto uma porta se abria atrás de mim. Tudo o que eu podia ouvir era o seu profundo riso e o que parecia ser alguém pedindo para ser morto. Eu sabia que estava próximo.

Eu quero ser o próximo.

01 de agosto

A tortura não é mais tão ruim. Pelo menos eu posso me concentrar na luz fluorescente que pisca, deixando o a escuridão momentânea do quarto. Essa é a única vez que eu não posso ver seus olhos e a dor que eles trazem junto com eles. É nesse breve flash que eu possa relaxar e respirar de novo. Eu nem me importo o cheiro do sangue. O sangue que está escorrendo lentamente dos cortes deixaram de lutar contra as restrições do aço e caindo dentro de um balde debaixo de mim. Toda vez que esse sonho começa a caçamba está vazia, por causa do barulho oco do metal atingido pelas primeiras gotas de sangue.

Por que isso não vai acabar

James.

JoJ5

02 de agosto

Eu nem me lembro de ter dormido. Eu estava tentando ficar acordado agora, e eu não tenho consigo dormir. Ele está sempre lá, olhando para mim, esperando por mim. Olhando para mim com seu sorriso imutável. Seus olhos me queimando por dentro, aquele cheiro cheiro. Eu tenho que quebrar as amarras. Eu tenho que tirar o sangue, eu sei que é o que ele quer mas não consigo resistir. O que isso tudo significa?

Estou implorando por um fim.

02 de agosto

O cheiro foi embora e o sangue que estava no balde sumiu. Eu vou matá-lo! Essa era a porra do meu sangue! Eu tenho que ir dormir, eu devo me vingar!

James.

02 de agosto

Eu o encontrei e peguei o meu sangue de volta e o bebi também. Estou muito nesse momento sonolento, tenho que ir para a cama agora.

13 de dezembro

Eu tinha esquecido completamente desse diário. É estranho como tudo muda, não é? Eu sei que você que está lendo isso não entendeu. Eu não desejaria esses 25 dias de tortura para ninguém, mas é sempre um alívio saber a verdadeira diferença entre um sonho e a realidade. Acho que isso vai ser a minha última entrada. Afinal de contas, tudo isso é apenas fruto da minha imaginação.

James.

fonte: 
http://creepypasta.wikia.com/wiki/The_Dream_Journal_of_James

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O Caminho para o Yin

Em apenas quantas maneiras se pode reconhecer o desespero? Descobrir a escuridão escondida na mente de uma sala bem iluminada? São essas sequências de falhas sempre presentes que assombram todo o sucesso? Ou talvez apenas o conhecimento de que não há nada mais para o mundo que te espera para ser descoberto? Quando o véu é puxado para trás e você percebe que a magia sempre foi um mito, e não há nenhum tipo de ser eterno pronto para te levar embora, a vida perde o seu brilho. 
Claro, às vezes você pode vislumbrar o efeito de esforços e recompensas, mas eles sempre parecem necessitar de mais trabalho que precisa para ser feito. E depois do trabalho, predomina o tédio solitário e miséria. É ciclo inescapável. Então, qual é o ponto da nossa existência superficial? Apenas para acordar, trabalhar, comer e dormir? Esse é o destino das massas assim o seu também. Mas se você quiser, eu posso te ensinar o Caminho para o Yin.
Primeiro, eu quero que você medite. Não, não é o tipo de meditação que controla sua respiração e permite-lhe entrar na beautitude budista ou qualquer coisa assim. Eu preciso que você feche os olhos e se concentre. Concentre em toda a dor que você já sentiu. Todo o medo, tristeza , vergonha, tristeza, angústia e sofrimento que já abateu você. Você precisa revivê-los de uma forma tão vívida que esses sentimentos vão estar perto de sobrecarregá-lo, e não abra seus olhos.
Na verdade, você deve apertar eles tão forte até que você começe a ver luzes. Em cerca de 10 minutos, terríveis memórias e imagens devem inundar seu olho interior. Seu corpo vai tremer, e o suor vai começar a derramar através de sua pele. Neste ponto, tudo o que você quer fazer é abrir os olhos para fazer essas imagens irem embora, mas você não pode fazer isso. Se você tiver algum sentimento feliz em sua mente, descarte-o agora. Você deve reconhecer o peso de seu desespero nesse momento. Você vai começar a sentir uma atração enquanto o horror chega ao seu clímax. Enquanto você entra em colapso, seu corpo vai relaxar, e o contorno de olhos será brevemente impresso em sua visão.
Depois de meditar, você vai encontrar uma porta que não estava lá antes. Pode ser o lugar onde você mora ou onde você trabalha mas vai ser idêntica a todas as outras portas do lugar onde você está. Você só vai encontrá-la quando estiver sozinho, você também pode encontrá-la imediatamente ou no decorrer dos anos. Não há como ter certeza, mas geralmente vem quando você está menos preparado. A porta estará sempre desbloqueada. Quando aberta, você verá uma escuridão mais escura que sua capacidade de discernir a profundidade pode perceber. Você também vai sentir uma pontada de medo dentro de você, mas você não pode desanimar. Não vá embora para encontrar uma lanterna ou para se preparar de qualquer maneira, pois você nunca vai encontrar a porta novamente. Essa é a sua última chance.
A porta se fechará atrás de você, e você vai ser engolido pela escuridão. Não entre em pânico. O próprio caos vai ficar ao seu redor e a dor que você sentiu durante a meditação será nada comparado a isso. Você agora estará experimentando toda a agonia acumulada do mundo. Cada vida perdida, cada coração partido, e cada consciência se juntando por sua destruição. 
Este é o lugar onde as almas mais tristes e pobres são perdidas. Eles ou lutam contra a maré, se dilacerando ou vão para o desespero e são absorvidos pelo mar negro como a tinta. Você não tem que lutar.  Você deve reconhecer a dor. Deixe-a fluir através de você e levá-lo, no entanto, mantenha sua presença de espírito. Em breve você verá uma réstia de luz. Não lute contra o seu caminho para chegar até a luz, pois será ela que vai chegar até você. Ele vai chegar até você.
Uma vez dentro, você vai estar flutuando através de uma pequena esfera branca. As bordas desta esfera parecem estar mantendo você longe da escuridão na baía. Parabéns, pois você conseguiu fazer isso. Imediatamente você vai se sentir quente, energizado e em paz com o seu interior. Você também vai notar que estará compartilhando este espaço com uma outra alma. Você deve reconhecer o contorno dos seus olhos. Este homem é Yin, ou a corrente dele. 
Ele vai falar sobre o mundo como um Taijitu, rodando, sempre equilibrado, com as forças da paz e do caos fazendo companhia um ao outro. Ele vai alegar que não existe nem um bom nem um mal absoluto , pois cada instância de cada um contém uma fração do outro. Você é um testemunho desse fato, como você sobreviveu ao caos para encontrar a paz interior. Ele também irá fazer uma reflexão sobre a responsabilidade de sua atual posição. Assim como te salva contra a escuridão, ele também te protege contra a luz. Você pode se perguntar por que Yang não deixa a luz livre para conquistar tudo. Yin vai sacudir a cabeça e explicará que o lado esquerdo poderia corromper seu próprio propósito e não deixaria nada, corrompendo o equilíbrio.
Ele, então, irá te dar uma liberdade sem limites ao projetar sua forma astral física de volta à Terra. Uma liberdade de um deus e a liberdade de afetar a própria realidade. E de seu dever implacável. Você deve levar em conta tudo isso para a decisão em breve você vai fazer. Yin viveu uma eternidade e o tempo tem tomado a sua portagem sobre ele, e tudo o que ele quer agora é um fim. A sua maior liberdade reside na capacidade de acabar com sua própria existência. Com isso, ele vai finalmente encontrar a verdadeira paz. Ele simplesmente precisa de um substituto para transportar sua carga.
Por favor, considere este pedido final, você é a única chance que eu tenho. 

fonte:  http://creepypasta.wikia.com/wiki/The_Way_to_Yin

Aço Alemão

Eu a vi em uma dessas lojas de utensílios de cozinha, era uma magnífica faca de aço alemão, tão limpa que você poderia até mesmo ver seu reflexo nela. Eu me tornei um chef, comecei o trabalho há pouco tempo. Eu também tinha um segundo emprego como um açougueiro, então achei que poderia ser útil no meu mais novo trabalho. Dei uma olhada no preço e ela custava um preço exorbitante, 550 dólares! Eu tinha que encontrar uma faca como aquela mas com um preço melhor.
Eu olhei no Craigslist e depois de uma semana ou algo assim, eu tinha uma boa faca de aço alemã, assim como a que eu encontrei na loja. Ela custava apenas 20 dólares! Aceitei de bom grado e quando cheguei em casa depois do trabalho, eu trouxe para casa alguns restos de carne. Eu desembrulhei a faca e fui para o porão com ela. Com a faca na minha mão, eu me sentia bem. Muito bem para ser exato. Cortei o lombo facilmente, sem qualquer esforço ou resistência alguma.
"Incrível!" Eu proclamei.
Eu continuei cortando a carne em fatias finas. Fiz uma bela salada sem ter de deslizar a faca. Uma vez que tudo estava feito, eu comi e provei do mais magnífico prato que qualquer outro que eu tinha experimentado na vida. Então eu gostaria de saber o quão forte essa faca era. Depois que eu terminei de fazer os pratos, eu lavei a faca. Uma vez que a faca tocou a água, ela ficava impecável. Eu a cheirei (por curiosidade natural) e podia sentir o aroma limpo dos limões. 
"Cheira tão bem..." eu comentei.
Comecei a testar a força e a nitidez da faca. Peguei uma velha lata de metal. Pus lâmina da faca suavemente ao lado da lata e comecei a serrar. Para minha surpresa, em apenas dois finos cortes a lata foi cortada de forma limpa pela metade.
"Incrível..."
Poucos dias depois, eu decidi ir caçar. Peguei meu rifle e saí no meu caminhão. Eu trouxe a minha faca comigo, só no caso de haver algo bom. Fui até uma árvore e me escondi à espera de algum animal. Eu pensei que, desde que eu levasse a minha faca, eu sempre fazia os melhores pratos, então encontrei alguns cervos aqui na floresta. O seu sangue ainda estava quente em minhas mãos, ele estava quase morto, mas ainda estava agarrado à vida enquanto eu cortava suas vísceras. Quando voltei para casa eu assei os cervos e a refeição foi ainda melhor do que a anterior. Fiquei satisfeito com o meu trabalho. Eu logo tentei com todos os tipos de alimentos. Fiquei cada vez mais perto da faca, levando-a em todos os lugares que eu ia.
Um dia eu fiquei fora no que eu achava que havia passado apenas algumas horas, e quando voltei para casa, minha namorada estava preocupada. Ela disse que eu fiquei fora por semanas. Ela também sabia sobre a minha linda faca. Ela me disse que era um problema. Nós lutamos pela faca, mas, finalmente, chegamos a um acordo, mais ou menos. Quando eu percebi que ela estava dizendo a verdade, eu contemplei se devia ou não se livrar da faca. Mas, eu decidi que não. Afinal, esta faca é minha agora, ela é a melhor coisa do mundo, é a minha vida. Ah, o acordo?
Bem, vamos apenas dizer que carne humana não tem um gosto muito bom...

fonte: 
http://creepypasta.wikia.com/wiki/German_Steel

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Olá pessoas, tudo bom com vocês ?
Pelo que parece, minha última postagem não deu em nada, então vou apenas continuar me esforçando para mandar o máximo de conteúdo para vocês queridos leitores.
Só peço que compreendam que não sou o melhor postador do mundo e posso errar algumas vezes, e também como não sou o "chefe" e não tenho experiencia com blogs e layouts, não tenho como fazer grandes mudanças, como tornar os textos acessíveis aos leitores pelo celular.
Traduzi esse texto há algumas horas, espero que gostem.
Boa leitura !

Todos os Cisnes se foram

Eu costumava sair de casa para fazer alguns passeios ao longo do canal ao lado de meu apartamento, acenava para os barcos que atravessavam aquele canal e olhava para a beleza dos cisnes. Eu costumava ouvir as crianças rindo no parque. Eu costumava comprar algo para o mendigo que morava debaixo da ponte, eu costumava chamá-lo de "Hobo Baggins", ele também costumava se recusar a me dizer seu verdadeiro nome. Sim, essa costumava ser minha rotina.
Está tudo mais "tranquilo" agora. Não vejo mais cisnes por aqui há dois anos. As embarcações foram abandonadas e marcadas com um aviso escrito em vermelho preso nas portas, e agora você raramente vê alguém passando pelas ruas. Depois do desaparecimento dos cisnes, a cidade começou a ficar coberta de cartazes de desaparecidos, de cães a gatos e vários outros tipos de animais. Os proprietários encontravam as partes dos seus corpos despejados e jogados atrás das casas ou na rua. Lembro-me que uma vez que eu encontrei algumas caudas de raposas na parte de trás do meu apartamento. Naquela época as chamadas de emergência, aquelas que informavam que algum lugar está sendo invadido, tocavam várias vezes. Por mais cruel que pareça, eu faria qualquer coisa para ouvi-las novamente.
A polícia começou a investigar os desaparecimentos que se relacionavam com o sumiço dos cisnes. Eles não puderam concluir o que os atacou. Os pedaços de animais que eram deixados, na maioria das vezes eram pequenos demais para identificar quaisquer marcas de dentes ou de garras de acordo com os jornais. As pessoas na cidade começaram a ficar com muito medo de sair à noite, convencidos de que algo poderia ter escapado de um jardim zoológico. Desde então eu comecei a ver um monte daqueles caras do controle de animais ao redor da vizinhança.
Uma noite, há um ano atrás, eu comecei a pensar mais nisso. Sempre houve atropelamentos na cidade, mas estava se tornando algo assustador, pois já havia se tornado comum você ver uma carcaça de esquilo descartada ao caminhar pelo parque, ou penas de aves espalhados pelo chão e os restos de um pato preso nas árvores. As autoridades nunca culparam um predador quando os cisnes foram todos embora. Antes isso era culpa das raposas. Agora eles sabem que não. Eu acho que o que quer que fosse, precisaria ter presas bem maiores.
Presas maiores. Liguei para a polícia no dia seguinte para relatar que "Hobo Baggins" tinha sumido, pois eu não o vi em minha caminhada habitual ao longo do canal. Eles disseram que não podiam fazer nada, e que talvez ele poderia ter se mudado para outro lugar. Quem poderia culpá-lo? Eu nem sequer sabia o seu nome real. Meses se passaram e as noites ficaram ainda mais silenciosas. Não havia mais os barulhos dos pássaros para nos fazer acordar de madrugada. Não havia nem mesmo bêbados tropeçando após uma noite de bebedeira. A maioria dos bares e restaurantes fecharam e as pessoas simplesmente não se sentiam mais seguras saindo de casa. A polícia ainda estava "investigando", mas eu nunca mais os vi na rua, assim como nunca mais vi qualquer pessoa.
Está cidade está muito solitária nas últimas semanas. Um monte de pessoas se mudaram para fora da cidade. Os únicos que permanecem não podem se dar ao luxo de deixar, assim como eu. Eu mal estou cobrindo as contas e não conseguiria bancar uma viagem dessas. Você só vê as pessoas durante o dia e elas sempre estão dentro de seus carros. Ao pôr do sol, não há mais ninguém nas ruas, todas as cortinas estão fechadas e as pessoas deixam suas luzes apagadas. Eles deixam o seu lixo bem longe de casa, mas não tão longe que possa bloquear a passagem ou as ruas 
Pela manhã, os sacos estão em pedaços. Qualquer coisa comestível neles terá desaparecido. As ruas estão cheias de lixo que as pessoas tem jogado na rua, e o estado já parou de enviar homens para recolher. Eu telefonei para eles uma vez, mas a única resposta que recebi foi "Este serviço está suspenso devido à reestruturação de departamentos. Desculpe-nos o transtorno".
Na semana passada, eu recebi dois telefonemas. O primeiro era de meu chefe. "Não se preocupe em vir aqui. Estamos fechando a loja. Vou tentar deixar o seu último pagamento para você pegá-lo assim que eu puder." Ele fez uma pausa. "Eu eu vou tentar pagar uma indemnização por despedimento também. Use-o para sair da cidade." Eu nunca recebi esse dinheiro. A segunda chamada era do meu senhorio. Ele apenas deixou uma mensagem de voz. "Olá, [Nome Redigido] cancelei o débito directo, não me dê mais dinheiro. Eu me sinto mal em tomá-lo de você, por favor, basta sair da cidade." Nós todos sabemos o que deveríamos fazer. Talvez se eu tivesse recebido esse dinheiro do meu chefe eu poderia ter fugido, não que eu tinha para onde ir. Apenas sair daqui teria sido melhor do que ficar.
Eu fiz a minha última caminhada ao longo do canal na terça-feira. Quando me aproximei da ponte, notei algo na água. Um pedaço de uma caixa torácica flutuando dentro d'água. Eu espero que não pertença a quem eu estava pensando, mas eu sabia que era verdade. Liguei para a polícia. Eu já sabia o que iria ouvir. O oficial fazendo um rápido relatório sobre o incidente me dizendo para não tirar conclusões precipitadas, que um oficial vai investigar. Eu sabia que ninguém iria. Eu estava exausta, desgastada, sobrecarregada pelo conhecimento de que nada poderia ser feito. Ele nunca sequer me disse o seu nome verdadeiro.
Eu estava conversando com meu vizinho ontem, um senhor mais velho. Ele já vivia aqui quando me mudei. Ele estava no mesmo barco que eu, sem amigos, sem família, sem nenhum lugar para onde ir. Ele até mesmo tentou me convencer a sair. "Uma menina bonita como você deveria ir para longe daqui. Não precisa de nenhum dinheiro quando se é tão bonita assim", zombou. De qualquer forma, não havia mais ninguém por aqui para me levar a lugar nenhum agora.
"Ele está chegando mais perto das casas." Eu disse a ele, enquanto olhávamos para as nossas janelas do primeiro andar ao longo do canal.
"Sim... Você escutou os sons que ele faz? Eu nunca ouvi sons parecido vindo de uma raposa ou texugo." Ele continuou, olhando para fora da janela balançando a cabeça lentamente.
"Não. Eles não soam assim..." Eu olhei para fora da janela. As árvores ao longo da margem do canal tinham arranhões e estavam com os galhos quebrados, como se algo grande tivesse subido lá em cima. "Você viu o que aconteceu com a janela do piso térreo?"
"Sim". Ela tinha sido arrancada do quadro, deixando uma grande lacuna estampada na parede. O interior do apartamento tinha sido revirado, os móveis foram quebrados e havia sangue, cabelo, pedaços de carne e ossos por toda a sala da frente.
"Quem morava lá?"
Suas mãos tremiam enquanto ele falava: "Um homem que viva junto de sua filhinha. Se lembra? Você foi na casa dele uma vez, quando ele estava doente".
Eu não consegui responder.
"George" Meu vizinho disse: "Ele se chamava George". Ele fazia um gesto, enquanto colocava a mão nas marcas e arranhões que estavam no lugar.
Eu ia perguntar por que, mas porque se preocupar? "Com o que mais..." 
A noite passada foi a pior de todas. Os gritos e uivos que eu ouvi não eram parecidos como nada que já tinha ouvido falar. Eu tinha deixado a minha janela aberta, mas como o fechamento cego, pois estava muito quente para dormir. Assim que estava prestes a cair no sono, eu ouvi passos pesados e um som de ronco. Eu congelei, apavorada. Eu podia sentir minhas pálpebras descascando para trás no meu crânio e o meu peito ficou frio, eu estava com medo. Minhas pernas e braços se retraíram em posição fetal, então eu esperei de costas para a janela.
Depois de alguns minutos, a sala inteira tremeu quando um baque pesado bateu na parede atrás de mim. Um rugido reverberou através de mim, quando um barulho de unhas arranhando algo começou. O som rapidamente se tornou mais pronunciado, mais cruel. A raspagem, rosnando, coçando, fui atrás de explicações menos assustadoras para tentar me tranquilizar. Poderia ser o vento, ou então as árvores, ou mesmo a chuva, poderia ser qualquer coisa, exceto o que era de verdade. "É isso", pensei. "Esta é a minha noite". Eu até mesmo pensei por um momento que ele poderia entrar aqui.
Eventualmente eu devo ter adormecido. Quando acordei na manhã seguinte, eu esperava que tudo poderia ter sido um sonho, um pesadelo. Então eu fui para fora ver o meu vizinho. A porta estava trancada e ele não respondia. Saí para ver se eu podia vê-lo através de uma janela. Então eu vi, do lado de fora da minha janela. Arranhões. Longas cicatrizes debaixo da minha janela. Não pareciam com qualquer outra coisa que eu tinha visto antes. Estou com medo neste momento. Não apenas assustada, não apenas preocupada. Eu estou muito medo. Liguei para a polícia novamente. Nem sequer havia alguém atendendo, havia apenas uma mensagem automática. 
"[Localização Redigida] A Delegacia de Polícia é incapaz de processar chamadas neste momento. Aconselhamos os moradores a ficar com a família ou amigos que moram longe, se possível, enquanto investigamos esses eventos. Se isso não for possível, por favor, permaneçam dentro de casa e tranquem suas casas. Evite fazer viagens desnecessárias. Sob nenhuma circunstância deixe a sua casa de noite. Não investigue quaisquer ruídos ou eventos estranhos. Apenas mantenha a calma, estamos investigando".
Quer saber, eu estou feliz por eu não ter visto isso. Fico feliz por ter ouvido apenas os arranhões e barulhos, e pegadas de sangue espalhadas no canteiro. Eu estou acostumada a viver com medo agora, mas eu também não quero viver com pesadelos. Seja lá o que for, está ficando maior. Como é que algo tão grande poderia andar por aí sem que ninguém o veja?
Então aqui estou eu. Tenho certeza de que este é o meu último dia por aqui, e enquanto eu ainda tenho um meio para me comunicar com o mundo exterior, estou lhe contando tudo isso. Tudo o que aconteceu aqui. Sobre como estava sendo fácil para mim manter a minha cabeça na areia e dizer a mim mesma que nada disso estava acontecendo, mas a verdade é que eu estou presa aqui. Está provavelmente a última coisa que alguém vai me ouvir dizer, então dou um aviso.
Se você ouvir falar de uma pacata cidade, famosa por seus belos canais e cisnes, não vá até lá, pois todos os cisnes se foram.

fonte:
 http://www.creepypasta.com/all-the-swans-are-gone/