quarta-feira, 25 de julho de 2012

História Bizarra:O coma de Ash





O acidente com a bicicleta (no primeiro episódio do anime) colocou Ash em coma. Dias mais tarde ele foi encontrado e foi levado as pressas ao hospital e tratado com fortes remédios, o que explica porque a Equipe Rocket tornou-se menos perigosa. Os remédios fizeram efeito e estabilizaram o seu coma, tornando os sonhos, antes assustadores, agora agradáveis, permitindo a ele viver as suas fantasias de mestre Pokémon.
Após os primeiros episódios, a série é o resultado do subconsciente de Ash realizando seus desejos, alem de tentar escapar da realidade. Se Ash perceber que está em coma, ele iria acordar, mas sofreria dano cerebral, portanto ele tem de derrubar todas as suas barreiras mentais uma por uma ate que ele possa entender a si mesmo e escapar do coma (já que sua mente não vai deixá-lo escapar ate que ele aceite a si mesmo).

Mais evidencias vem do fato de que apesar das suas jornadas levarem-no a vastas distancias, ele nunca anda de bicicleta por ter desenvolvido uma fobia.

O coma e a fantasia também explicam porque ele não muda muito fisicamente. Também explica o socialismo mundial, pois ele imaginou um sistema de governo seguro que iria operar suavemente e manter o mundo 'girando', permitindo que as suas aventuras ocorram do jeito que ocorrem. Também explica como uma criança pode sair sozinha em um mudo cheio de perigosos e selvagens animais, e porque toda cidade tem a mesma policial e todo centro Pokémon tem a mesma enfermeira. Joy e Jenny ele conhecia de sua cidade, e elas agem como uma rede de segurança ou âncora, permitindo a ele se sentir seguro não importa onde ele vá. Joy e Jenny representam estabilidade. Os professores representam os ideais de Ash, e é por isso que Gary vira um professor. A fantasia também explica porque toda vez que ele entra uma nova região, praticamente ninguém ouviu falar dele, apesar de suas conquistas. Como poderia Paul, o rival da região de Sinnoh, não conhecer alguém que ficou pelo menos entre os 16 primeiros nas 3 ligas e aniquilou a Liga Laranja e a Batalha da Fronteira?

Continuando para os personagens próximos a ele, os parceiros de viagem de Ash são os aspectos de si que ele aprecia, mas não gosta de associar a si. Brock é a sexualidade reprimida de Ash. Ash entrou em coma ainda virgem e precisava de uma válvula de escape para suas crescentes frustrações sexuais; como ele nunca experimentou o ****, Brock nunca deve conseguir também. Mas Brock não é só a projeção da sexualidade de Ash, ele também é uma projeção dos instintos paternais de Ash. Brock deixa seus irmãos para sair em uma jornada com Ash porque Ash não consegue lidar com tanta responsabilidade na sua idade. A permanência de Brock com a professora Ivy foi uma tentativa de suprimir sua sexualidade. Você pode perceber que James teve muito mais diálogos durante essa parte da série, alem de ser muito mais sensível e emocional com seus Pokémon e revelando a maioria de seu passado. Ash não gostou muito disso, portanto Brock retorna horrorizado e recusa a falar sobre o assunto (o subconsciente de Ash estava reprimindo ele durante aquele tempo, então ao invés de um sentimento de medo, ele não sabe o que aconteceu). Mais evidencia de que Brock é a sexualidade de Ash é que ele retorna a série sempre que Ash descobre um novo aspecto feminino de si mesmo.

Misty é o primeiro desses aspectos que encontramos. Como ela é a primeira e porque ele é apenas um aspecto de Ash são explicações para o porque de Misty ser tão presente na série mas é, no fim das contas, inalcançável (porque ele praticamente não conhecia ela antes do coma). Como Misty é o seu primeiro interesse amoroso, mesmo que subconscientemente, ele precisava que ela crescesse mais. Ele achava que pessoas só poderiam haver relacionamentos após ficarem adultos. Na pratica, porem, ele descobre que não consegue lidar com isso (por não ter experiência no mundo real) e quer a Misty agressiva e arrogante que ele conheceu, portanto não deixando ela ficar com o Togepi. É notável nessa parte da história um abuso constante para com a sua sexualidade (Brock), e o eventual amansamento até que ela acaba ficando por trás dos panos. Como Ash era muito apegado a ela, isso foi traumatizante e após essa experiência, todos ao seu redor que ameace ficar mais maduro rapidamente acaba saindo e dando lugar a um substituto mais inocente.

Gary Carvalho é o que Ash deseja ser. Gary queria ser o melhor, conseguiu isso, e depois retornou a uma vida normal. Ash precisa que alguém seja bem sucedido em seu mundo ou então ele não poderá validá-lo e ele começará a questionar porque ele está onde está. É uma armadilha do subconsciente para evitar que ele fique ciente de sua situação. Sua mente deve ter concluído que o descobrimento do coma por Ash imediatamente o tiraria dele, causando dano cerebral, então ele pegou algo que Ash já gostava e com ele construiu um caminho seguro que o levaria para fora do coma. Porém, Ash é muito complacente para manter-se de pé e lutar para sair da sua situação, e, portanto, não pode escapar. Por isso ele continua encontrando Pokémons lendários. É a forma que a mente usa para mostrar a ele que ele pode fazer grandes coisas se ele tentar, e é uma forma de encorajá-lo a seguir adiante.

A Equipe Rocket são as qualidades de si mesmo que Ash acha ser negativas mas está vindo a aceitar. Jesse e James querem agradar Giovanni, o pai de Ash, e Jessie engana o submisso James em executar seus planos para conseguir isso. Meowth (Nota: a p***** do gato lá que fala, pra quem não sabe. Vulgo miau) especialmente quer agradar a ele porque ele lembra dos bons tempos com Giovanni. Isso coloca Meowth em uma categoria conhecida como a inocência (corrompida) de Ash. Isso é aparente porque Meowth pode falar. Na verdade, a motivo de Meowth poder falar é para que Ash possa eventualmente aceitar os aspectos da Equipe Rocket como partes de si mesmo.

Ash tem problemas com seu pai, então ele o colocou na liderança da organização do mal e o satanizou. Pode até haver uma Equipe Rocket (no mundo real) mas dificilmente o pai de Ash é o líder deles. Ash provavelmente acredita que a separação entre seus pais foi parcialmente culpa sua, mas também culpa parcialmente seu pai. A separação fez sua mãe sair da cidade e ir para Pallet e é a razão inicial para Ash sair em sua jornada: escapar do caos da sua casa. Mas toda a Equipe Rocket, incluindo Butch e Cassidy, simbolizam sua incapacidade de escapar das armações de seu pai.

James é a homossexualidade implícita (o que necessariamente não torna Ash homossexual) e ingenuidade, e Jesse é a vaidade e manipulação. Como Meowth tem potencial para se curar, e não quer ser do mal, isso novamente encaixa na teoria das personalidades conflitantes e odio próprio. A Equipe Rocket se traveste (Nota: não no sentido de serem travestis, mas sempre nos planos deles quando eles usam disfarces, James se veste de mulher, e a Jesse se veste de homem) porque Ash está explorando sua sexualidade (uma faceta diferente da que Brock representa) e isso é um método que permite seu lado gay/vaidoso experimentar livremente. Quando ele percebeu que isso (travestismo) não era algo para ele, o seu lado livre parava de experimentar com isso.

Max veio com May. Ele representou o Ego e ela representou o Id com grandes ambições naquela sessão. (Nota: da uma googlada que você entende do que se trata. Só Freud explica, literalmente) Eles trabalharam durante um tempo, mas como Ash é um adolescente, sua sexualidade tinha que retornar. Ele continuou a se reinventar e eventualmente escreveu novos aspectos de si, mas sua mente lentamente trouxe os velhos de volta como um suporte para tornar a transição mais fácil.

Dawn é Ash dando a si mesmo uma chance para amar. Como ele já estabeleceu Misty como alguém que ele não vai a lugar nenhum, ele criou uma nova garota, uma que era mais parecida com ele, e menos violenta. Você pode notar que enquanto May e Misty não toleravam Brock, Dawn parece ignorá-lo.

Tracey, o criador, era um futuro possível para Ash que ele descartou. Esse futuro era um em que ele saia para trabalhar com o professor (a visão de Ash de um pai perfeito) quanto Tracey corrompeu a dinâmica que Ash tinha com suas outras possibilidades. Com a mente de Ash lutando contra o coma e Ash vendo essa pessoa como um companheiro, Tracey foi rapidamente substituído por um rival mais ameaçador.

Pikachu representa a humanidade de Ash, por isso que há os episódios em que eles se separam e Ash quer desesperadamente encontrá-lo, ao ponto de trabalhar junto com a Equipe Rocket (aspectos de si que ele normalmente não se associaria). A Equipe Rocket quer roubar o Pikachu e dá-lo a Giovanni. Jesse e James vão sempre se opor a Ash porque o mero pensar de que sua humanidade está nas mãos de seu pai assusta Ash. Porem, essa é a mesma razão que faz com que ele trabalhe com essas partes de si para evitar que sua humanidade seja perdida. Ash não conseguiu evoluir Pikachu porque isso significaria desafiar o conceito de quem ele era, o que o deixaria inconfortável enquanto ele ainda enfrenta seus problemas iniciais.

O narrador é a manas superior de Ash (Nota: um conceito da teosofia. Google explica), recapitulando e explicando o progresso que ele fez e o que ele vai encarar pela frente, permitindo a si mesmo observações sobre qual a melhor forma de o acordar.

Os métodos da Equipe Rocket gradativamente ficam mais e mais engraçados/absurdos porque Ash é apenas uma criança imaginando essas coisas. Por isso todo mundo acredita nos disfarces da Equipe Rocket. Ele sabe que são eles (pelo menos no subconsciente), mas escolhe ignorar isso para que ele possa melhorar a si mesmo. De certa forma, o Ash que quer escapar está sabotando o Ash que quer ficar perdido em sua mente para que possa haver mais conflito, e possivelmente a eventual fuga. A fuga sendo conseqüência de finalmente aceitar quem ele é, pois, como mencionado anteriormente, a Equipe Rocket é a forma de Ash lidar com aspectos que ele se sente desconfortável de lidar sozinho.



Você pode lembrar que no início da seria existiam animais e referencias a animais. Por exemplo, o peixe no aquário do ginásio de Cerulean, ou que a Pokedex descreve Pikachu como similar a um rato. Esses animais não importam para a psique de Ash e portanto não vem muito a tona. Se Ash adorasse cachorros, tudo seria sobre diferentes raças de cães, e torneios de luta entre cães, mas enquanto a serie prossegue, você vê menos animais e mais Pokémons. Isso pode ser um sinal de que a mente de Ash está se deteriorando. Como ele está em coma, ele está esquecendo de alguns animais e máquinas e os substituindo por Pokémons. Isso pode explicar coisas como Pokémons elétricos funcionando como geradores de energia; esses são sinais de que a sua memória do mundo real está escapando cada vez mais conforme o tempo passa. O reino dos Pokémons será idealizado continuamente já que ele não tem estímulos do mundo real. A mente de Ash pode ou não estar deteriorando, mas ele está ficando cada vez mais acostumado as regras do seu mundo de mentira. Os Pokémons são as racionalizações para o funcionamento de sua fantasia. É a síndrome foi um mago quem fez. Se ele não sabe como que algo funciona, suam mente diz Pokémon.

Os Pokémons na equipe de Ash, porem, servem para mostrar os problemas e aspectos de si. Por exemplo, Charmander representa o seu ímpeto sexual (não sua sexualidade, como Brock). Inicialmente é uma coisa fácil de controlar, mas eventualmente se transforma em um inferno de chamas de desobediência pois Ash não entende sua sexualidade e portanto não tem como aliviar ela ou mantê-la em níveis normais. Bulbasaur (Nota: Bulbassauro) era sua recusa em mudar, refletida em quando ele decide não evoluir e quase ficou para trás ao menos que Ash batalhasse contra ele. Squirtle era sua vontade de seguir os outros, evidenciado pela gangue que ele andava, apesar de ele ser o chefe da gangue, eles eram vistos como um grupo, e o subconsciente de Ash apenas lhe deu o mais forte. Butterfree era sua esmagadora solidão, o que ele conseguiu resolver quando ele soltou o Pokémon para se juntar a um bando. Os seus Pokémons tipo Voador são sua imprudência, sempre disposto a sacrificar algo sem aviso para vencer. Quando Ash está trocando Pokémons, é uma tentativa de empurrar seus próprios problemas para outra pessoa; porem, ele percebe isso e normalmente troca de volta rapidamente.

Não só os Pokémons de Ash são manifestações de diferentes partes de si mesmo, os Pokémons de outros treinadores são também. Koffing e Ekans simbolizavam a vontade da Equipe Rocket de mudar, por isso eles evoluem. Quando a sua mente pode superar essa barreira e permitir a eles mudar uma vez, isso deu a ele a chance de realmente mudar.

Uma nota interessante é que Pupitar é uma racionalização: um Pokémon que um rival pegou antes de encontrar ele. Até Ash acharia estranho se todo mundo que ele encontrasse não tivesse nada dos lugares que essa pessoa visitou antes.

Outros treinadores são formas mais diretas dos seus problemas; são os que ele tem que ou aceitar ou simplesmente suprimir. Lideres de Ginásio são aspectos mais primários de sua personalidade, com cada Pokémon sendo mais forte que o ultimo, para mostrar um nível de habilidade que ele pode ter caso ele se dedique. Na verdade, ele está batalhando com uma parte dele que ele não gostaria de ter sob controle. Originalmente, Ash tinha as batalhas, que evoluíram em batalhas em equipe e concursos. A explicação para isso é que os problemas de Ash ficaram cada vez mais complexos. O fato que ele usa problemas que ele já dominou para vencer são sinais de que ele está ficando mais forte.

Ash solta seus Pokémons porque sua mente está forçando ele a se livrar deles. Assim que ele treina um time extremamente forte, um torneio chega, e após todas as lutas do torneio ele tem que ir a uma nova terra para novos desafios. Mas com um time extremamente forte, não haverão desafios, e não haverão formas de motivá-lo a ir além, então a parte de Ash que quer ficar em coma e continuar a jornada se livra de seus problemas solucionados ara que ele possa continuar e superar os não solucionados. Isso é essencialmente sua mente forçando ele a resolver seus problemas.

Os rivais de Ash e a Elite dos Quatro são a parte mais forte desse ciclo. Possuindo Pokémons praticamente imbatíveis, eles representam o que pode e o que não pode ser obtido. Os rivais de Ash são todos possíveis futuros que ele imagina para si (perceba que todos eles são mais velhos que ele). Isso iniciou com Gary, alguém que Ash conhecia da vida real e acabou virando quase um deus em sua mente, mas Gary progrediu e mudou para acomodar a visão de Ash de si próprio e seu maior desejo, eventualmente virando um professor após vencer a Elite dos Quatro. Com Gary aposentado, sua mente precisava de um novo rival para ele, daí o nascimento de Richie (a boa parte de sua rivalidade) e Paul.

Paul é a ultima tentativa da mente de Ash de tirá-lo do coma, para forçar Ash a entender que esse mundo perfeito não é a melhor opção ou caminho para acordar. Paul é a sombra de Ash, uma pessoa que quer sempre se esforçar cada vez mais, e a parte dele que vai fazer de tudo para escapar desse mundo do coma.

Mewtwo é uma nova forma de tratamento, feita com impulsos elétricos e uma maquina para tentar fazer Ash acordar, derrubando todas as suas barreiras mentais (os Pokémons do primeiro filme). Na mente de Ash, Mewtwo e seus clones eram (no mundo real) o tratamento para os sentinelas mentais que estavam protegendo Ash e mantendo-o em coma: os Pokémon do seu mundo. Os clones eram a oposição aos problemas que Ash achava ter solucionado, portanto cada um apareceu para Ash como a cópia exata da sua defesa. Os clones não jogavam pelas regras do mundo de Ash, eles não usavam nenhum golpe especial dos Pokémon; eles apenas derrotavam suas contrapartes através de força bruta. O tratamento estava funcionando.

Houveram efeitos colaterais. As descargas elétricas começaram a afetar o sistema nervoso de Ash, e se o tratamento continuasse, ele seria paralisado. Sua mente manifestou isso no mundo imaginário quando Ash foi petrificado. Se não fosse pelo fim do tratamento pela mãe de Ash (que sabia que seu filho não queria viver em um mundo que não poderia explorar), Ash poderia continuar petrificado para sempre. Depois disso, Ash precisava se recuperar dos danos causados pela terapia. Para reduzir o perigo que a consciência de Ash sentia disso, seu subconsciente começou a diminuir o efeito da eletricidade em seu mundo, o que explica porque os ataques elétricos de Pikachu, antes destacados pela sua potência pela Equipe Rocket, não tem mais nenhum efeito em Ash, alem de ser motivo de piadas.

Como podemos ver, Ash pode muito bem ter ficado aprisionado nesse mundo para sempre. Mas como todo sonho, como tudo, existe um início e um fim. Na sala do hospital, vemos Delia, entristecida, falando com um doutor com uma expressão sinistra no rosto. Ele diz que o plano de saúde acabou, e o garoto não teve mudança na atividade cerebral em sete anos. Diz também que o choque do desligamento das máquinas tem uma pequena chance de fazê-lo acordar. Ela concorda, em lágrimas.

De volta ao mundo de Ash, ele finalmente derrotou a Elite dos Quatro, e um por um, as pessoas ao redor dele começaram a desaparecer. Eventualmente, tudo está preto. Pikachu corre até ele, brilhando cada vez mais na escuridão. Finalmente, ele alcança Ash e os dois se abraçam uma ultima vez.

De volta a sala do hospital, seus sinais vitais diminuindo, Ash murmura suas ultimas palavras.

Eu... quero ser... o melhor...

Ele vai morrer, sem nunca realizar o seu sonho, exceto o fracasso em seus sonhos. Quando ele voltou a realidade, ele percebeu toda a mentira que aquilo era, percebeu que era tudo imaginação. Sabendo que seus esforços, ambições e amigos eram nada, ele desistiu.

Enquanto ele fala sua ultima frase, ele abre um pouco seus olhos e vê a silhueta de sua mãe, seu rosto coberto pelas suas mãos que limpam as lágrimas. Eles olham um nos olhos do outro, e uma ultima descoberta lhe vem a tona antes de ele perder toda sua força.

Ele vê que sua mãe sempre teve a esperança de que ele iria recuperar-se todo esse tempo. Ele a vê e percebe que a esperança dela foi quebrada ao perceber que ele viveu mais que seu único filho. Ele morre sabendo que ele é amado, mas isso significa que a pessoa mais próximo e mais real para ele está completamente arrasada.

Ainda assim, existem outras possibilidades. A fonte de tempo flui de maneira misteriosa. Você não pode ir para trás, contra a corrente, como Gatsby, mas nunca podia ver o que está esperando por ele a jusante. Ash finalmente vence Lance, só para ser confrontado por não Gary Oak, mas uma imagem espelho de silêncio em si.
A voz do narrador fala com ele, dizendo-lhe que agora ele pode finalmente escapar da prisão de sua própria mente. Um por um, seus amigos aparecem e derreter-se em mais exemplares, todos aplaudindo-o. Depois de uma longa e difícil batalha contra si mesmo com a ajuda de todos os seus Pokémon que ele tinha amigos, ele sacode acordado.

Em seu quarto de hospital ele vê seus pais dormindo, ele se vê incapaz de falar.
Ash empurra para a frente para sua recuperação. Passando por fisioterapia, treinando cada vez mais difícil com Pokémon de reabilitação, até que ele possa caminhar sozinho novamente. Desta vez, um cinza mais velho e mais sábio para ir em uma viagem. Como da última vez, está ficando tarde no laboratório do Professor Oak. E quando há apenas um Pokémon deixados .... De repente, ele relembra todas as suas memórias de sua "vida" e percebe que todos os seus amigos se foram para sempre.

Como ele estabelece com seu novo parceiro, acha que o mundo é mais escura do que ele imaginava. Mais "real" Pokémon e as pessoas morrem, ele envelheceu.

Ele promete se tornar o mestre sonhou que ele era. Ele promete para si mesmo.
Ele promete para "eles".

Eu vou ser o melhor!










segunda-feira, 23 de julho de 2012

História Bizarra:Nyan Cat


"Então, você conhece o “Nyan Cat”, certo? O gatinho no poptart voando pelo espaço com o som mais grudento que existe, é, ele! Bom, tem um segredo sobre ele.
Quando Nyan Cat apareceu pela primeira vez, o site “nyan.cat” saiu, era a mesma idéia, apenas o gato voando pelo espaço. As pessoas ficaram viciadas nele, e, eventualmente, apareceu um contador para ver quanto tempo você podia agüentar ouvi-lo. Mas um garoto em particular alegou que podia ficar o maior tempo possível sem dormir. Seu nome, Jim Sheif. Então ele conseguiu, “Nyaning for 34 hours, and 56 seconds.” Muitas pessoas tentaram, mas ninguém conseguia bater o recorde.


Michael Willis. Ele ouviu por uma semana direto sem dormir, as pessoas o viram também, ele ficava sentado ali, que nem um zumbi, só encarando o gatinho fofo. Mas no dia seguinte à sua vitória, ele disse que “havia algo estranho com aquele gato”
Então Jim ficou intimidado e tentou novamente.

Ele bateu o recorde com um tempo muito maior. 3 SEMANAS DIREITO. Como ele conseguiu? Ninguém sabe. Mas ele disse que podia ter ficado mais tempo. Mas ele manteve a razão para isso em segredo. Mas seu amigo próximo finalmente fez com que ele falasse. Ele disse que Jim falou que, nos minutos finais de sua jornada, “o contador parou em 666 minutos, e .6 segundos.” Era inacreditável.

Seu amigo próximo, Matt, quis ver se era verdade. No dia seguinte, ele tentou, mas era pior do que ele imaginava, o contador parou perfeitamente em 666.6 segundos. Mas havia mais. O pequeno Nyan Cat ficou horrível. Seu rosto ficou azul e os olhos ficaram vermelhos e o espaço atrás dele também, com fotos de pessoas mutiladas que diziam “Eles tentaram Nyan Cat”. 


Então a música abaixou para um tom terrível com sons de pessoas gritando de medo. Matt estava chocado, ele tentou dormir, mas não conseguiu. Nos seus sonhos, tudo o que ele via era a face má do Nyan Cat, provocando-o. 

Quando ele acordou, a música não saía de sua cabeça. Então Matt terminou com tudo isso se enforcando. No dia seguinte, Michael e Jim foram encontrados no mesmo apartamento, mortos, com arranhões nos seus abdomens que pareciam de um gato, e diziam “ninguém consegue...”"

Cartucho Maldito:Pokemon- Snow on Mt.Silver

Olá Amantes do terror,contarei hoje mais uma das várias creeepypastas dos jogos do pokemon. Pela minhas "fuçadas" na net para tentar achar novas histórias bizarras,interessantes e assustadoras para ler,encontrei essa creepypasta,bom espero que gostem.
 Se eu criar coragem(eu  também tenho medo sabia,não sou de ferro kkk),vou ler e postar a creepypasta do jeff killer.
  Sem mais enrrolação vamos a história,boa leitura ^^ 




Então, meu irmão e eu meio que crescemos com Pokemon. Muitos garotos fizeram isso por aqui. Isso funcionou perfeitamente para nós, já que, cada vez que uma nova geração saia, um de nós recebia uma versão e um de nós recebia a outra. Visto que nossa mãe gostava de nos estragar um pouco, tínhamos um terceiro jogo. A princípio, isso vai soar como uma história agridoce sobre dois irmãos que crescem com um par de jogos que, eventualmente, irá levá-los para duas estradas diferentes... Bem, é um pouco mais do que isso.

Os anos se passaram e continuamos colecionando. Gameboys ficaram velhos; foram substituídos. Os cartuchos foram jogados fora, pegamos novas cópias. Mas começamos a seguir caminhos completamente diferentes antes de R/S/E sair. Veja bem, meu irmão passou a usar Gameshark. Tínhamos ouvido todos os hacks e cheats que você poderia imaginar, e como fazê-los, mesmo que começássemos o jogo um pouco mais tarde, isso soava legal. 

Nosso primeiro cartucho era do meu irmão, uma versão Blue antiga. Nós apenas jogamos com ele um pouco, nada grave. Mas acabamos ferrando com o cartucho. Depois de adicionarmos dois códigos, ele estragou completamente e tornou-se impossível de jogar. Ficamos chateados no começo; meu irmão lamentava pela perda de suas horas de trabalho, e eu compreendia. Eu lhe disse: "Está tudo bem, podemos substituí-lo, eu acho. Gamesharks estúpidos são um desperdício de dinheiro."

Mas, a partir daqui, finalmente nossos caminhos se separaram. Depois da confusão que houve com a versão Blue, eu fiquei contra a ideia de usar hack ou cheat em meus jogos. (O que eu posso dizer? Eu sou uma pintinha, tenho sentimentos com os pequenos bichos de pixel.) Pelo menos com Gameshark. Mas meu irmão havia levado a destruição do seu jogo como um desafio pessoal ou algo assim, não acho que ele já tenha jogado algo sem hackear de alguma forma. Sim, nós jogamos uma *** de Pokemons, cara. Mas para nós não há muito o que fazer; vivemos em um lugar sem muitas crianças, e os agricultores não as querem em suas propriedades. Desta forma, nós jogamos Pokemon no gramado quase todo o dia, todos os dias. É divertido para nós, pelo menos.

Perdemos o Gameshark quando nós mudamos de quarto. Um novo anexo foi construído em nossa casa e ele desapareceu na bagunça da *** que entulhava dentro do novo closet.

R/S/E chegou, e depois de brincarmos algumas vezes, estávamos de acordo que tinha algo faltando nele, em comparação com a última geração. Nós estávamos tentando jogar de forma honesta, e apesar de termos terminado, nos deixou com uma boa e velha nostalgia. Onde estavam os nossos velhos cartuchos G/S/C? Demorou um mês para vasculharmos as caixas, mas finalmente encontramos uma porrada de jogos e aparelhos eletrônicos antigos: meu antigo Game Boy Color roxo ainda funcionada, o vermelho dele não estava com as baterias no lugar. Nossos GBAs estavam bem, as extensões e os cabos de ligação - aqueles com um pequeno conector no meio - estavam embrulhados cuidadosamente para evitar desgastes e serem condenado ao lixo, como nosso antigo cabo.

Nós pegamos tudo o que pudíamos. Foi tão bom ter Yellow (que tinha sido o meu primeiro jogo e o mais caro), Red e Gold de volta.

Logo fomos verificar nossos arquivos antigos, tendo nossas velhas memórias, e percebemos que as coisas das primeiras gerações eram muito nostálgicas para nos livrarmos. Eu recomecei Gold, ele recomeçou Silver. Imediatamente, ele pegou o Gameshark na caixa e colocou-o na parte de trás do GBA. Eu apenas balancei a cabeça para ele. E lembro de ter dito:

- Essa coisa vai matar seu jogo, você sabe.

Ele nunca gostava quando eu pregava sobre o "abuso de pixels". Fechei minha boca depois disso, mas o deixei de lado. Eu achava que apenas uma vez era demais; eu deveria manter meus pensamentos para mim mesma, realmente...

Era dois dias depois do ocorrido. Eu estava na varanda, Game Boy na mão, prestes a ir para o E4, quando percebi que precisava de uma ajudinha. Minha equipe foi mal balanceada graças a minha jogabilidade voltada para lazer, e na época não tinha nenhum grande treinador que eu poderia recorrer a artifícios. Eu sabia que meu irmão tinha dois emblemas na minha frente quando tínhamos verificados um com o outro, então eu esperava que talvez ele me desse um ou dois empurrões.

Agora, a coisa foi que passei as últimas 24 horas na casa de uma amiga. Eu tinha, literalmente, chegado em casa, jogado minha mochila no quarto, e ido para fora com meu GBA para jogar. Eu não tinha ideia do que ele tinha feito. Eu soube que ele tinha feito um jogo novo e... O que imaginei. Era tudo melhor para mim, uma vez que ele não precisaria dos Pokemons e eu tinha uma chance maior. Então me levantei e fui para casa, e quando eu estava atravessando a sala, notei que todos os jogos estavam no chão. Alguns cartuchos estavam destroçados, como se tivessem sido cortados por alguma coisa afiada. Até a antiga versão Blue, há muito tempo morta e sentimental demais para se jogar fora, estava quase dividida no meio, completamente inutilizável - mais ainda se estivesse funcionando.

Fiquei um pouco assustada. Isso deveria ter acontecido esta manhã, caso contrário, nossa mãe teria visto e reclamaria sobre o tapete. Coloquei meu GBA no bolso e fui até o quarto do meu irmão, encontrando a porta destrancada. De alguma forma, isso foi ainda mais preocupante.

Eu encontrei meu irmão sentado na beira da cama. As peças do seu GBA estavam aos seus pés, esmagadas. Ao lado da cama, estava um martelo e a tesoura de jardinagem da nossa mãe. Seu rosto estava mais pálido que eu já havia visto, mais pálido do que da vez que tínhamos ido até a rua, e um cego louco tinha perseguido ele com uma espingarda. Neste momento, notei o gameshark no chão e um cartucho prateado brilhando sobre sua cama. De alguma forma, eles tinham sido poupados da ira do martelo.

- Você está bem? - perguntei. Lembro-me do calafrio que me percorreu. Ele era meu irmão mais novo, vê-lo assim foi horrível.

- Foi horrível, - eu me lembro de sua voz rouca, e a forma como ela soou me fez estremecer. - Oh Deus. Branco por toda parte, depois preto...

Lembro-me de tê-lo abraçado. E eu me lembro, seu braço caiu e foi de encontro ao Game Boy do meu bolso. Ele gritou de repente, bem no meu ouvido, me fazendo pular e morder minha língua por acidente. Ele o arrancou do meu bolso e o atirou na parede. Gritei e fui correndo buscá-lo, esperando não encontrá-lo amassado. A tela estava escura, e embora temesse o pior, quando liguei o interruptor, ele estava normal. Eu esperei lá no canto, tentando fingir que o GBA não importava o suficiente.

O volume estava ligado.

O tema de abertura começou, e ele gritou novamente, pegando o martelo. Dessa vez, eu também gritei, e sai correndo do quarto com o GBA agarrado ao meu corpo, como um escudo.

Ele acabou na ala psique do hospital durante dois dias. Quando fomos visitá-lo, deixei meu GBA em casa. Ninguém conseguia descobrir o que havia deixado seu comportamento estranho. Houve uma conversa que eu não entendia na época, sobre algum tipo de transtorno que ele pode ou não ter tido, mas apesar da minha mãe e eu termos coletado e trazido todos os cartuchos para serem olhados (a ideia foi dela, não minha), ninguém tinha pensado em ligá-lo ao jogo... Talvez essa foi minha culpa. Eu não havia dito uma palavra sobre o que tinha acontecido quando ele, acidentalmente, tocou no meu Game Boy. Ou o terror cego e branco que ele tinha sido atirado quando a música começou.

Em minha última visita ao hospital, antes das aulas, eu fui deixada sozinha no quarto com ele, quanto a minha mãe teve uma conversa privada com o médico sobre as precauções a serem tomadas, caso ocorra novamente. Eu sentei em uma cadeira ao lado da cama, ele estava olhando para o teto. De repente, ele sentou-se, fazendo-me estremecer.

- Hey, - ele me disse - Angie. Vá no meu quarto quando você chegar em casa. 

Eu não entendi o que ele quis me dizer, e então lembrei das coisas que não tinhas nas malas... O jogo e os instrumentos de hack debaixo da cama.

- Livre-se deles. Eu não quero tocar neles novamente.

Sua voz estava cansada e desesperada... Ele parecia um velho em seu leito de morte. Meu pobre irmão estava com problemas... Como eu poderia recusar?

- Promete que vai se livrar deles.

- Tudo bem. Eu prometo.

Pela tarde, eu estava saindo da escola. Eu mantive a promessa dele na minha cabeça o dia todo. Eu não sabia disso na época, mas esta seria a última vez que eu poderia desempenhar o papel de irmã mais velha e ajudá-lo. Eu só tinha que chegar em casa e me livrar desse jogo... Mas, do jeito que o dia foi, uma curiosidade doentia começou a passar pela minha cabeça. O que poderia ter acontecido nesse jogo para assustá-lo tanto? Eu estava assustada, eu mesma, mas eu tinha que saber. Eu tinha que fazer.

Cheguei em casa e fui direto para seu quarto, decidindo descobrir que tipo de horror estava esperando por mim. Mamãe tinha limpado o quarto, o cartucho e o gameshartk não estavam mais visíveis. Eu me abaixei e rastejei debaixo da cama, sentindo-me tímida, mas segurando a promessa que fiz. Debaixo da cama havia poeira suficiente para me fazer tossir, legos antigos e vários outros brinquedos que eu não poderia definir apenas esbarrando com meus cotovelos. Mas finalmente vi dois objetos. Eles tinham sido empurrados para o canto, em cima de um caderno que parecia novo demais para estar aqui há muito tempo. Sem pensar, agarrei o canto do papel e arrastei tudo comigo, ainda ofegante da poeira. (Alergia.)

Eles pareciam tão inocentes, brinquedos simples. Quando desvio a atenção para a versão Silver e o gameshark no chão, passei a olhar o caderno de anotações. Nele, foram rabiscados pelo menos vinte códigos diferentes, mas um tinha sido riscado com hidrocor sobre o local onde, inicialmente, tinha sido escrito com caneta. Isto foi confuso. Ele tinha tentado apagá-lo com o marcador, mas ele pressionou com tanta força que a tinta havia molhado a parte de trás. A caneta tem um jeito de furar ao redor, então eu peguei o caderno e inclinei a parte de trás na luz. O reflexo do hidrocor revelou alguns rabiscos que ele tinha escrito. O código era uma bagunça incompreensível de letras e números, e as palavras ao me deixaram ainda mais confusa.

"Easter Egg - Snow on Mt. Silver"

Lembrei-me do que ele tinha dito quando o encontrei... Ele ficou entusiasmado com branco, branco e em seguida, preto... Significaria neve? Mesmo que fosse Agosto e a temperatura continuasse subindo a "90 todos os dias (/nota de tradução: esse número está na escala fahrenheit, seria em torno de 32.2º celsius), um arrepio percorreu minha espinha. Será que me atrevo...?

Peguei tudo, levei para o meu quarto e deitei-me no tapete, ao lado dos meu próprio GBA. Por um longo tempo, eu apenas olhava para ele. Quanto mais eu olhava, mais o rosto do Lugia tornava-se maníaco... Como uma espécie de sorriso torcido, como se estivesse me desafiando a descobrir o que havia acontecido com meu irmão. Eu era uma garota de 14 anos. Será que eu realmente deveria arriscar a sorte e acabar como ele? Eu olhei para o Lugia por mais algum tempo.

Eu tinha que ver.

Retirei o Gold do meu GBA e encaixei o Silver no lugar. Levei quase 15 minutos para recompor e ligá-lo.

Começou a funcionar normalmente. Deixei o som baixo, com medo do que poderia ouvir, e muito curiosa para seguir caminho. A tela do título estava normal, também. Lugia novamente, mas, de alguma forma, estava ameaçador - apesar do meu bom senso me dizer que era exatamente a mesma imagem. Como isso poderia ser ruim? Perguntei a mim mesma. Suas notas diziam Easter Egg. Quer dizer que estava programado no jogo?

O menu veio... Absolutamente normal. Seu personagem era Blake, como dizia o pokedex... Mas o tempo era estranho. 999:99. Eu sabia que ele não poderia ter feito tanto tempo, eu mal tinha registrado 50 horas no meu próprio jogo e estava em E4. E eu estava jogando lentamente. Provavelmente são os hacks ferrando o arquivo, eu pensei. Bom, que seja então... O jogo iniciou, e a primeira coisa que notei foi a tela preta prolongada. Demorou quase um minuto e não mudou nada, e não havia nenhum som. Os cabelos na parte de trás do meu pescoço já estavam de pé, mas já era tarde demais para voltar atrás.

Finalmente, um tipo de mapa veio na tela... Mas parecia estático. O que estava acontecendo? Olhei para baixo e percebi, com uma pontada terrível, que era realmente o mapa Mt. Silver... Mas o que eu achava ser estática era uma pesada tempestade de neve. Esse era o lugar que ele havia salvado seu jogo da última vez. Eu verifiquei sua party... Um time muito normal para alguém que estava usando gameshark: Typhlosion, Feraligatr, Meganium, Pidgeot, Tyranitar, Lugia, todos com nível 100... típico para ele. Algo sobre os sprites parecia... estranho. Eles pareciam irritados, de alguma forma. Suas cores pareciam desbotadas e suas expressões faltavam o vigor de costume. Pareciam faltar pixels ou coisas assim, talvez por causa dos hacks.

O mapa parecia brilhar quando eu fechei o menu. Na verdade, a neve, de alguma forma, parecia cair fortemente; pixels dançavam pela tela tão rápido que foi difícil ver onde o sprite do meu irmão estava. Alguma coisa estava fora dele, também. Quando chequei as informações dele, seu sprite estava como os dos Pokemons; as cores eram sem vida. Na verdade, agora que eu pensava sobre isso, ele quase parecia congelado.

Meu estômago apertou; eu me virei e tentei voltar para baixo da montanha. Quando fui a determinado local, algumas palavras apareceram, e lá estava, finalmente, um som - meu sprite começou a bater numa parede invisível.

"Eu não posso mais voltar atrás."

Isso era... Perturbador. Fui para meu Pokemon e tentei usar a habilidade "Fly" do Pidgeot.

"Eu não posso voar aqui!" obviamente, se referia a neve.

*** isso. Entrei em sua bag. Havia uma corda de escape, e tentei usá-la.

"Eu não posso mais voltar atrás."

O que estava acontecendo? Mais uma vez, tentei caminhar de volta para baixo da montanha, e para meu espanto, as palavras alternavam a cada tentativa.

"Eu não posso fugir."

"Eu não posso voltar para baixo."

"Eu nunca poderei voltar."

Esta última me congelou o coração. Não havia nenhuma maneira de retornar para baixo da montanha. Eu tinha que subir. Virando o sprite um pouco, eu o mudei para frente.

Não havia nada, embora minha velocidade de caminhada estivesse estranhamente lenta. Realmente estranho foi a falta grama, de treinadores, não havia nada além da neve branca, tornando impossível ver qualquer coisa na tela. Como me movi para uma parte mais alta, sua velocidade de caminhada tornou-se ainda mais lenta. A cortina de pixels de estática tornou-se ainda mais espessa, e eu mal podia usar os recursos do mapa. Mas parece que a única forma de mudança é ir em frente mesmo. Eu alcancei um tipo de escadas na extremidade superior da tela. Não lembro disso estar lá antes. Como eu tentei me mover para cima, o sprite pausou.

"Estou com frio".

Eu havia ficado ainda mais arrepiada. Sua velocidade de caminhada se tornou dolorosamente lenta, como se alguma coisa estivesse impedindo. Ao subir a escada... Mais um texto na tela.

"Meganium morreu."

Que **** é essa, pensei. Pokemon não morrem nestes jogos. Ao verificar minha party, e fiquei assustada e confusa com o que vi.

O sprite de Meganium tinha sido substituído por um X vermelho. Os outros Pokemons ostentavam diferentes graus de dano, embora eu não tivesse lutado. Eu fui na minha bag e encontrei um único Reviver, e tentei usá-lo. 

"É tarde demais", disse. Que tipo de Easter Egg é esse?

Não havia mais o que fazer... Ao tentar dar a volta, as mensagens de antes voltaram. Então eu continuei andando para frente. 

"Pidgeot morreu."

Eu verifiquei novamente... Com certeza, lá estava o pequeno X vermelho. Dessa vez eu selecionei ele, olhando para o Pokemon em si, tentando descobrir o que estava errado... Eu não deveria ter feito isso. O sprite foi mutilado; pedaços dele estavam ausentes. O que restou foi uma mancha azul-acinzentada, e seus olhos estavam num preto sólido. Ao verificar Meganium, estava do mesmo jeito; faltando uma perna, um pedaço do seu pescoço, a maioria de sua cabeça e os olhos pretos, mortos.

A curiosidade mórbida me pedia para seguir em frente. Durante o tempo que caminhei, a estrada permanecia reta. Ao longo do caminho, de vez em quando, um outro Pokemon da parte "morria" e, ao analisar seu sprite, ele se mostrava na mesma condição que os outros. O que me restava era o Typhlosion. Em frente havia outra escada. Ao subí-la, me preparava para o horror que me esperava. 

Eu bati o cume.

Ele estava deserto - Red estava longe de ser encontrado.

A neve parou de cair. 

O centro do mapa era de algo fora da neve. Parecia uma pokebola. Ok, talvez esse horror todo fosse parte do clímax; a batalha final estava ali. Se eu a pegasse, talvez Red iria sair do esconderijo. Eu andei mais um pouco, examinando, e houve uma explosão de ruídos estáticos que me fez pular. 

O que apareceu na tela foi uma animação de batalha. O sprite do meu treinador, a pele tingida de azul... Contra outro Pokemon desconfigurado.

Era Celebi. 

No centro do um buraco negro que parecia seu olho, um único ponto vermelho queimava como uma brasa. Parecia algo podre. Eu nem tinha movido meu Typhlosion para fora. 

"Celebi usou Perish Song".

Um grito saiu do meu GBA, e eu quase o deixei cair enquanto a tela ficava branca. Uma parte de mim ficou aliviada, pensando que, se meu Pokemon final foi KO, eu seria transportada para um Centro Pokemon... Mas eu estava errada. Meu sprite reapareceu num tipo de caverna; estava agora dentro da montanha? Eu verifiquei meu cartão de treinador e me senti mal. O sprite havia sido atacado, como um Pokemon, e agora estava sem uma perna. Um único olho restante, escuro como a noite e um olhar tão triste, com lágrimas no canto... E todas as cores dele haviam sido substituídas por aqueles tons de gelados de azul e cinza. Cada stat no cartão foi reduzido a 0, com exceção do tempo, que continuava 999:99.

Eu rapidamente voltei ao mapa. Seu sprite imitava o horror que estava em seu cartão de treinador; peças estavam em falta, tudo estava descolorido. Eu tentei andar, mas no começo recebi uma mensagem.

"É tão frio."

Havia apenas uma direção para ir: para cima. Eu segui em frente, e de vez em quando era interrompida por mensagens que faziam meu coração afundar mais e mais.

"Mãe..."

"É tão frio..."

"Eu não posso continuar..."

Quanto mais eu andava, mais tornava-se escuro, até que tudo estava completamente preto.

Havia uma saída lá, marcada apenas por um contorno branco. Eu não tinha escolha senão atravessá-la.

Era um tipo de quarto, também branco sólido... A única maneira de distinguir as paredes era por uma linha cinza e fina que marcava como separado do chão. Contra a parede oposta, havia um outro objeto. O sprite de Red. Intacto. Eu tinha chegado tão longe, eu precisava acabar com isso. Eu andei até ele e pressionei A.

"..."

Uma batalha começou.

O sprite de Red não tinha nenhuma das minhas deformidades. Suas cores também eram azuis e cinzas, mas ele estava intacto. Ele apenas olhou... Extremamente triste. Seu primeiro Pokemon saiu; Venusaur. Era exatamente como deveria ser, mas no nível 0, com pouca saúde. Mandei Typlosion, que tinha apenas 6 pontos de vida. Não houve nenhum tipo de som quando eles foram trazidos para a batalha.

"Venusaur usou Struggle!"

Não houve animação, apenas um único ponto de dano causado a Typhlosion e, em seguida, o sprite adversário caiu.

"Venusaur morreu!"

Não houve nenhum texto me pedindo para mudar. Em vez disso, era o que considerei um diálogo de Red.

"..."

Seu próximo Pokemon foi Blastoise, ainda mais desconfigurado que tinha sido Venusaur. Ele também lutou e morreu. Após cada rodada, havia um sinistro "..." do treinador. Cada sprite aparecia mais desconfigurado que o anterior; seu Espeon mal parecia um Pokemon. Eu percebi que ele os mandava fora de ordem, e que salvou um Pokemon para último...

Um Pikachu foi chamado, e ele era grotesco. Também era descolorido, como se estivesse congelado. Estava faltando uma orelha, metade do seu corpo e a cauda; a cabeça estava intacta na maior parte, mas seus olhos eram muito maiores que o normal, e olhava para mim como janelas para o inferno. Mas o que me deixava mais desconfortável era o sorriso gigante que se estendia até as bordas de sua cabeça. Minhas mãos tremiam. Eu não tive a oportunidade de atacar.

"Pikachu usou Pain Split."

"Pikachu morreu! Typhlosion morreu! "

Algo cortou a imagem do sprite do Red, e agora ele parecia como o meu. Seu corpo estava tão massacrado que parecia um cadáver despojado. Tinha os mesmos olhos desalmados do Pikachu.

Eu finalmente entendi o que aconteceu. Eles foram mortos. Eles foram mortos, e este subnível da montanha era como o inferno.

Red finalmente falou.

"Acabou."

A tela piscava em preto e branco durante algum tempo.

"Usado Destiny Bond!"

Um horrível gritou ecoou do meu GBA. A tela ficou branca e gritando para mim, eu o joguei no chão e apertei minhas costas contra a cama. O barulho horrível continuou por bastante tempo, enquanto a tela ficava branca.

Então escureceu.

Então houve um silêncio.

Levei alguns minutos, mas finalmente me levantei. Peguei o gameshark e o caderno de anotações. Tomei essa droga de jogo possuído. Peguei todos tudo e fui levá-los até o lixo, como já havíamos estabelecido ao coletor levá-lo pela manhã. No final da longa e enrolada calçada... Joguei dentro. Quando voltei para casa, eu não sei o que me fez fazer isto, mas eu peguei a versão Yellow e inseri no meu Game Boy. Acho que parte mim queria se certificar que não tinha sido contaminada também.

A música começou. O jogo iniciado. Virei-me para meu Pikachu e pressionei A. Seu rosto feliz cumprimentou-me com um grande sorriso, pixelizado. Um sorriso agradável e normal. Retirei o jogo, e passei a próxima hora chorando no chão. Meu irmão e eu nunca jogamos Pokemon juntos novamente - ele desistiu de vez. Eu continuei a repetir meu conforto: jogos sem hack.


Naquele inverno, a neve caía espessa.